O presidente da República em
exercício, Davi Alcolumbre (Democratas-AP), anunciou, nesta quinta-feira (24),
a edição de uma medida provisória com o objetivo de liberar recursos
emergenciais aos municípios do Litoral do Nordeste atingidos pelo vazamento de óleo.
Em agenda na região, Davi garantiu ainda que o governo vai prolongar, por mais
dois meses, o pagamento do seguro-defeso a 50 mil pescadores afetados pela
tragédia ambiental.
O ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, o governador de Alagoas, Renan Filho, e parlamentares dos
estados atingidos pelo óleo compõe a comitiva. Mais de 200 localidades foram
afetadas em 78 municípios da região.
“A
nossa presença no Nordeste, enquanto presidente da República em exercício, é um
gesto político e institucional para minimizar esta tragédia ambiental. É um
episódio único e de proporções inimagináveis, o maior desastre ambiental da
história do nosso país”, disse o presidente em exercício, em entrevista
coletiva em Barra de São Miguel.
No município alagoano, Davi
Alcolumbre esteve com representantes dos órgãos envolvidos na ação de combate a
contaminação das praias. Os governos federal, estadual e municipal, e moradores
realizam a coleta dos resíduos. Cerca de mil toneladas do material já foram
recolhidas das praias. As informações sobre a origem e as causas do acidente
ambiental ainda são incertas. É desconhecida também a quantidade de óleo
derramada no litoral brasileiro.
À tarde, o grupo seguirá para
Aracaju onde Davi Alcolumbre assinará um decreto da extensão do pagamento do
seguro-defeso. O benefício é uma política pública federal pago ao pescador
profissional artesanal durante o período de proibição da atividade de pesca
para a preservação das espécies de pescados.
Os
senadores Fernando Collor de Mello (Pros-AL), Renan Calheiros (MDB-AL), Rodrigo
Cunha (PSDB-AL), Rogério Carvalho (PT-SE), Alessandro Vieira (PPS-SE), Maria do
Carmo Alves (DEM-SE), Jean Paul Prates (PT-RN), Fabiano Contarato (Rede-ES)
acompanham a agenda.
União
de esforços
O
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, garantiu que o governo federal tem
disponibilizado tecnologias, equipes e parcerias internacionais para
identificar as causas do vazamento desde o início do problema. São cerca de 10
mil homens do Exército trabalhando de forma ininterrupta na área, segundo ele.
Ao ressaltar que o assunto não deve ser usado com motivações políticas ou
demagógicas, o ministro disse que o momento é de trabalho.
“Desde
as primeiras manchas que surgiram, os esforços para monitoramento e
identificação têm sido feitos. Ao contrário do que foi equivocadamente pensado,
sistemas de monitoramento sofisticados foram acionados de pronto. Da mesma
maneira, o avião-radar do Ibama vem sobrevoando o litoral brasileiro do
Maranhão à Bahia, mas a mancha tem aparecido somente próximo às praias. E o
trabalho que vem sendo feito, de forma impecável, é a retirada desse material
do mar, tão logo ele toca a costa”, afirmou o ministro.
O
senador Fernando Collor (Pros-AL) elogiou a iniciativa de Davi de, assim que
assumiu a Presidência da República, visitar Alagoas e Sergipe. Collor
disse que a medida demonstra a preocupação do Senado e do Congresso no
enfrentamento de todas as crises que afetam o país.
“A
crise no setor ambiental não pode ser negligenciada. As pequenas negligências
acarretam danos irreparáveis, destacou Collor”
Para
o senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), a visita da comitiva é uma demonstração de
que o governo federal deve assumir suas responsabilidades com urgência. Ele
comentou que as parcerias entre o Executivo e os poderes locais são
importantes, inclusive para esclarecer à população sobre o que tem sido
implementado pelas autoridades e evitar tragédias midiáticas.
“Fundamental
que o governo federal trabalhe para identificar a origem, porque o que nos traz
mais dificuldade, depois do dano ocorrido, é a incerteza de se vai chegar mais
óleo às praias ou não. No momento de um desastre como esse, o fundamental
também é estarmos todos integrados. Há um esforço concentrado entre os três
entes federativos que, juntos, têm atuado para minimizar os impactos”, disse o
govenador de Alagoas, Renan Filho.
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