sexta-feira, 22 de novembro de 2019

PÍER DO PORTO DE MINERAÇÃO DE SANTANA FICA À DERIVA NO RIO AMAZONAS


PÍER DO PORTO DE MINERAÇÃO DE SANTANA FICA à DERIVA NO RIO AMAZONAS


REBOCADOR QUE FAZ MANOBRAS NA DOCA DE SANTANA, FOI QUEM CONSEGUIU RESGATAR O PIER COM ORIENTAÇÃO DA MARINHA DO BRASIL

ESSE É O PIER QUE SE SOLTOU E FICOU À DERIVA NO RIO AMAZONAS NESTA QUINTA-FEIRA (21)


“Ainda bem que estão fazendo essa ação da Marinha brasileira, nos nossos Rios aí deu agilidade para fazerem a condução do píer para local de origem evitando acidentes e perca milhões nessa estrutura se a mesma afundasse”, Marcelo Cardoso Lima – Arquiteto e morador da Ilha de Santana.


Reinaldo Coelho


Há seis anos e oito meses a estrutura do Porto de Mineração de Santana desabou no começo da madrugada de uma quinta-feira (28/03/2013) em Santana. Caminhões, guindastes e minério foram arrastados para dentro do Rio Amazonas. Seis pessoas pereceram e duas permanecem desaparecidas.

Nestes seis anos a situação operacional do local passou de mão em mãos e hoje está sob controle de  um investidor - a empresa JP Jindal - que deu iniciou as obras de recuperação com a instalação de um píer flutuante, em 2018, chamado de “Jack Up”, com o custou R$ 130 milhões, mas logo em seguida ficou abandonado e de acordo com os canoeiros que ali se aventuram já vinha  dando sinais de afundamento.
O PORTO EMBARQUE DE MINÉRIOS QUE DESABOU EM 2013

Isso foi confirmado tendo visto que a estrutura já havia sido parcialmente dilapidada pela ação dos chamados ‘ratos d’água’ e ameaçava adernar, ou seja, tombar para o lado até afundar e em consequências dois acidentes aconteceram.

PIER À DERIVA
 NO RIO AMAZONAS
 EM
FRENTE A
ILHA DE SANTANA
PIER À DERIVA

Na última quinta-feira (21), pela manhã, outro acidente aconteceu, recebemos imagens de moradores da Ilha de Santana que o referido píer, tinha se soltado das precárias amarras e estava flutuando à deriva nas águas caudalosas do Rio Amazonas. 
Principalmente, por que estava bem no canal utilizado pelas embarcações de grande porte e, um píer com esse tamanho à deriva, pode causar grandes danos as embarcações e pôr em risco a vidas de moradores que utilizam embarcações para seu dia a dia.  Destaque-se, que inexiste sinalização nessas estruturas ali abandonadas.

CORVETAS DA MARINHA DO BRASIL
PRESTANDO ATENDIMENTO
 A OCORRÊNCIA
RESOLVENDO O OCORRIDO

Um rebocador que atende as operações da Companhia Docas de Santana e as embarcações da Marinha brasileira conseguiram no fim da tarde da quinta-feira (21) levar para o porto que desabou, onde está outra parte e em precário estado de conservação, o píer e o amarraram com um cabo fornecido pela Capitânia dos Portos de Santana e  das corvetas e lanchas da Marinah do Brasil que conduziram os trabalhos, que felizmente estavam realizando uma ação nas proximidades.

“Ainda bem que estão fazendo essa ação da Marinha brasileira, nos nossos Rios aí deu agilidade para fazerem a condução do píer para local de origem evitando acidentes e perca milhões nessa estrutura se a mesma afundasse”, Marcelo Cardoso Lima – Arquiteto e morador da Ilha de Santana

Repetência do sinistro   
PARTE DA TUBULAÇÃO DE AÇO DESPRENDE-SE E ENCALHO NA ILHA DE SANTANA

Em agosto deste ano, já tinha acontecido um incidente  desse porte: Parte do porto flutuante de mineração, um tubo de ferro de aproximadamente 30 metros, que deveria ser usada para embarque de minério, ficou flutuando  em meio ao tráfego de pequenas embarcações, gerando risco aos navegantes.


Esse fato foi constada pelas duas equipes da Capitania dos Portos que foram acionadas e localizaram a parte em frente a Ilha de Santana, e com o apoio do Corpo de Bombeiros amarraram a estrutura que tinha se desprendido estava à deriva no Rio Amazonas.




O Corpo de Bombeiros informou que as guarnições dos 4° e 5° GBM foram ao local e, constataram que a peça encontrava-se encalhada na Ilha de Santana. Foi realizada uma inspeção com registro fotográfico. Na ocasião se verificou que um dispositivo de segurança da referida peça se soltou, ocasionando tal fato.

Segundo moradores do município de Santana e da Ilha de Santana, onde a estrutura ficou depositada, o risco de tudo ir ao fundo se explica pelo abandono da estrutura, sujeita às intempéries.

“Como está chovendo muito a gente tem observado que deve estar havendo infiltração na balsa, que está virando para o lado, quando deveria boiar normalmente”, diz um morador das imediações, que se diz preocupado com riscos de um novo acidente.
  
Relembre o caso


Na época do desmoronamento da estrutura portuária  o porto pertencia à mineradora Anglo Ferrous, e exportava ferro para vários países. Logo após o sinistro a empresa repassou a concessão para a mineradora Zamin Ferrous, por U$ 136 milhões (de dólares).

A compradora  se comprometia a manter o plano de recuperação do porto e as operações nas minas em Pedra Branca do Amapari, que prometeu investir milhões na revitalização da área portuária que até hoje nada avançou, o que preocupa os moradores e utilitários do rio, para seus transportes pessoais, de passageiros e comercial.

Mas, a Zamin Ferrous, abandonou a todos, operários, fornecedores, estruturais de canteiro de obras, estrada de ferros e entro em processo judicial e logicamente a píer ficou Á DERIVA.

A Zamin Ferrous entrou com processo de recuperação judicial, mas até mesmo as condicionantes para voltar a operar e pagar seus credores ela deixou de cumprir, sendo substituída por um investidor, a empresa JP Jindal. Mas pouca coisa já se viu ou ouviu falar a respeito do quanto essa nova empresa já avançou em termos de recuperar a estrutura portuária e as operações nas minas.
Representantes da empresa afirmaram que a causa foi uma onda gigante que se formou no Rio Amazonas. A força da água teria destruído tudo.
A onda realmente aconteceu, mas não foi pela força da natureza e sim pelo próprio desabamento da estrutura portuária. A Capitania dos Portos abriu inquérito e de acordo com o meteorologista Jeferson Vilhena, a causa pode ter sido o descolamento de terra provocado pelo excesso de peso.
“A causa do desabamento fez com que o peso caísse no rio, esse peso que caiu no rio, tonelada, causou essa onda”, avaliou ele.
E os restos ‘mortais’ da estrutura destruída, que causam prejuízos exorbitantes na economia amapaense, visto a paralisia que ficou submetido o setor de mineração, que não tem como escoar sua produção, ficando o Amapá somente com os prejuízos, financeiros, econômicos e sociais e com o espectro desse material que está abandonado na ‘beira’ do Rio Amazonas, podendo causar acidentes gravíssimos aos que por ali navegam, pois um objeto de proporções gigantescas à deriva em horário noturno não é fácil de se evitar.








Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...