CORTICOIDES: ALTERAÇÕES
COMPORTAMENTAIS NAS CRIANÇAS
Grandes conquistas da ciência e da prática
terapêutica revolucionaram a Medicina, salvam vidas em risco e foram utilizadas
também para matar, pois foram usadas nas guerras para manter vivos os
combatentes feridos.
Destaques são dados aos antibióticos,
como a penicilina e os corticoides, combatendo doenças graves e infecções
diversas. Mas o uso indiscriminado levou a resistência bacteriana, infecções
hospitalares de difícil controle e queda do sistema imunológico.
Os glicocorticoides são
antinflamatórios potentes e até “milagrosos” em casos de risco de vida, usados
nas urgências e emergências para redução rápida do processo inflamatório em
varias doenças: reumáticas renais, doenças alérgicas e respiratórias (asma,
laringites, urticárias, rinites), doenças do sangue (leucemias, púrpuras,
anemia hemolítica autoimune ), muito comuns na Pediatria.
Apesar das vantagens, teremos também
os efeitos adversos (alterações prejudiciais ), riscos e efeitos graves:
Insuficiência
Adrenal, com redução do cortisol endógeno, levando a inflamação; Inibição da produção do fator de crescimento,
causando supressão do crescimento
corporal; efeito cardiovascular, levando ao quadro de hipertensão arterial; alterações de humor e comportamento. Vamos
destacar essas manifestações.
A queda do cortisol endógeno, que é o
antinflamatório natural do corpo, deve-se á supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, com interferência na
produção e ação dos hormônios e neurotransmissores cerebrais, como adrenalina,
serotonina, dopamina e oxitocina/melatonina/GH/ACTH
(hipófise), causando precocemente distúrbios
neurológicos e emocionais.
Teremos, como consequência dessas alterações,
distúrbios comportamentais e cognitivos ( déficit da atenção, concentração e
memória), ansiedade, crises depressivas, distúrbios do humor, queda do
aprendizado, até autismo (DDA, TDAH) e TOC.
Essa
deficiência provocada no SNC afeta áreas fundamentais do hipotálamo, sistema
límbico, cerebelo, hipocampo, amígdala, córtex pré-frontal, responsáveis pelo
equilíbrio corporal, coordenação motora e controle emocional, levando a quadros
de convulsão, epilepsia, alterações do apetite, distúrbios do sono, comportamentos
dissociais e hiperativos, entre os quais o Autismo.
“Esses eventos moleculares possivelmente
são importantes para se compreender os efeitos sobre o comportamento exercidos
pelos esteróides, já que neurônios que contêm receptores esteróide-específicos
encontram-se largamente concentrados no hipocampo, área septal e amígdala - partes do cérebro intimamente envolvidas no
comportamento, humor, aprendizado e memória”.

Não queremos com isso atribuir
exclusivamente como causa dos distúrbios de cognição e autismo (DDA, TDAH) ao
uso dos corticóides de maneira crônica e prolongada, mas não podemos negar seus
efeitos adversos.
Queremos, sim, alertar para o uso abusivo e
sem recomendação médica dos corticoides, que são remédios considerados “faca de
dois gumes” e podem causar distúrbios e doenças irreparáveis para a vida toda,
interferindo na qualidade de vida, aprendizado e neurodesenvolvimento da
criança.
Entre as opções para evitar o uso dos
corticóides e antibióticos temos produtos naturais e óleos aromáticos que estão
a disposição para o uso em doenças inflamatórias. A Fitomedicina e a Aromaterapia
estão intrinsecamente ligadas nessa recuperação, ofertando uma abordagem
holística e medicamentos diversos que podem reverter ou atenuar esses efeitos
adversos.
Com isso, teremos a redução ou
ausência desses efeitos, contribuindo para que a criança não desenvolva essas
doenças neurológicas e emocionais de maneira precoce ou mesmo tardia, o que
poderá evitar na maturidade as depressões,
ansiedades, demências, Mal de Alzheimer e Parkinson. JARBAS ATAÍDE, 04.11.2019.
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