O TRATOR QUE EMPURRA A ECONOMIA DO AMAPÁ
Por Rodolfo Juarez
Certamente
que o senador Davi Alcolumbre deve ter desenhado um plano macro na cabeça que
ainda não revelou para todos os seus interlocutores, mas que tem lógica de
planejamento e de organização.
Não
fosse isso, já teria havido algum prejuízo por causa da falta de referências
para o desenvolvimento do Estado. Observa-se que ele procura uniformizar a
distribuição dos recursos que consegue nos ministérios do Governo da República
pelos 16 municípios do Estado, ouvindo cada um dos prefeitos, em momentos
criado por ele e pela sua experiente assessoria.
O líder
precisa ter características bem definidas e uma das principais e a distribuição
justa com o povo de tudo o que consegue em nome do povo.
Pensa,
ao mesmo tempo, do Oiapoque a Vitória do Jari, de Itaubal a Tartarugalzinho,
como pensa nas duas maiores populações – a de Macapá e a de Santana.
Por
óbvio que conta com assessores político-administrativos que lhe favorece o
caminho, apesar do volume de propostas e das alternativas reais que se
apresentam.
Na lida
pública os recursos que o líder precisa, na maioria das vezes, não está onde
gostaria que estivesse e, muitas vezes a condição de prioridade é substituída
pela condição de disponibilidade de recursos, como pode ter sido o caso dos 83 milhões de reais acumulados e
“raspados” dos ministérios do Desenvolvimento Regional e do Turismo, no final
de 2019.
O
recurso da ponte sobre o Jari, por exemplo, é do ministério da Infraestrutura.
Neste caso veio imediatamente a pergunta: e quem faz a obra? A resposta,
lógica, tem que ser dada com certeza suficiente para despertar a confiança da
equipe do ministério, das equipes de controle de gastos para que, mais tarde,
não venha funcionar como um esconderijo de votos.
A mesma
coisa foi com os anúncios feitos no Oiapoque, em Vitória do Jari, em Amapá, em
Santana, em Pedra Branca do Amapari. Tantos lugares, com tantos interesses
diversificados dos moradores.
Além
disso, já vinha “jogando o prumo” para manter viva a obra do Hospital
Universitário e, logo depois, apresentar a forma de funcionamento e convencer o
Ministério da Saúde a assumir a despesa com pessoal e serviço.
Também
não é fácil!
Botar o
pessoal burocrata para trabalhar, incluindo governador, prefeito,
vice-governador e secretários não é tarefa fácil. O período é de férias
escolares e muitos profissionais funcionários públicos, estão acostumados a
confundir “férias das crianças” com “férias das famílias”.
Mas, de
qualquer maneira, precisa ter um mínimo de plano, nem que seja aquele da
cabeça, antes referido, pois o líder não pode errar e nem vacilar. Precisa
transmitir confiança e ter também confiança em tudo que está fazendo, pois, em
última análise, está colocando dificuldades para serem vencidas por ele mesmo.
O
apelido de trator é balbuciado até pelos os seus principais assessores, mas
sabe ele que, se não for dessa forma, nada vai sair do lugar, nada vai mudar,
nem mesmo a disposição daqueles que têm que fazer.
Sabe
também, que são essas propostas que vão trazer as oportunidades de emprego e a
possibilidade de renda para muitos pais de família que estão na informalidade
ou em desvio profissional.
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