Auxílio emergencial de R$ 600 será pago
a partir de 10 de abril, diz governo
Senado
aprovou ainda extensão do auxílio para caminhoneiros, motoristas de aplicativo,
catadores, diaristas e outras categorias. Pagamento começa no dia 10 de abril
para que já está no CadÚnico.
Foi
sancionada a lei que libera R$ 200 bilhões em medidas para socorrer
trabalhadores e empresas e ajudar estados e municípios no enfrentamento da
pandemia do novo coronavírus. O Presidente Jair Bolsonaro anunciou no fim da
quarta (1º) que sancionou o projeto que prevê o auxílio emergencial de R$ 600
para trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa.
No
anúncio feito pela Empresa Brasil de Comunicação - EBC, o ministro da Economia,
Paulo Guedes explicou que esse auxílio custará R$ 98 bilhões aos cofres
públicos e deve beneficiar 54 milhões de brasileiros. "De forma que eles
tenham recursos nos próximos três meses para enfrentar a primeira onda de
impacto, que é a onda da saúde. Há uma outra onda vindo de desarticulação
econômica que nos ameaça", disse
O
auxílio emergencial de R$ 600,00 será pago aos trabalhadores informais e
pessoas que não recebam qualquer tipo de benefício previdenciário ou social
(exceto Bolsa Família); ou que tenham renda per capita de até meio salário
mínimo (R$ 522) ou renda familiar de até 3 salários mínimos (R$ 3.135,00). Pela
proposta, as mães chefes de família (sem marido ou companheiro) poderão receber
até R$ 1.200,00.
O
governo usará, inicialmente, os dados de pessoas do Cadastro Único (CadÚnico)
para liberação dos valores. Quem não for inscrito no CadÚnico, deverá
comprovar:
-
Ser Microempreendedor Individual (MEI) cadastrado na Receita Federal ; ou
-
Ser contribuinte individual da Previdência Social (mediante comprovação).
Para
quem não se enquadrar nestes requisitos, deverá fazer uma autodeclaração em
plataforma digital (pela internet), e o governo fará cruzamento de dados
utilizando o CPF da pessoa. Como será esta autodeclaração e onde fazê-la ainda
não foi informado.
O
auxílio emergencial deverá ser pago por meio de uma conta que será aberta
automaticamente em nome do beneficiário, com dispensa da apresentação de
documentos e isenção de tarifas de manutenção. Entretanto, ainda não estão
claras as definições sobre como funcionará este pagamento.
O
ministério alerta para ninguém procurar os bancos oficiais por enquanto nem
passar dados pessoais para ninguém, para não ser vítima de golpe. A forma de
inscrição será divulgada oficialmente e será feita pela internet com um passo a
passo para retirada e quem poderá sacar os valores.
Mudanças
O
Senado Federal aprovou na quarta-feira (1º) o projeto de lei PL 873/2020 que
expande o alcance do auxílio emergencial de R$ 600 a ser pago a trabalhadores
durante a pandemia. Agora, novas categorias serão também contempladas com a
ajuda.
Veja
quem mais vai receber:
Na
noite de quinta-feira, (02), o presidente Jair Bolsonaro sancionou o pagamento
do auxílio emergencial. A lei recebeu três vetos, mas nenhum deles altera o
valor do benefício ou os critérios para participação no programa. Em postagem
nas suas redes sociais, Bolsonaro informou que o auxílio emergencial deverá
atender, inicialmente, 54 milhões de pessoas — pouco mais de 25% da população
brasileira.
Um
dos três pontos vetados permitiria o cancelamento do auxílio antes do prazo de
três meses para quem deixasse de atender aos pré-requisitos. Para o governo,
tal medida contraria o interesse público e geraria o trabalho inviável de
conferir, mês a mês, cada benefício pago.
Também
será vetada uma restrição às contas bancárias que serão criadas para o
recebimento do auxílio. Elas só poderiam ser usadas para o depósito de
benefícios sociais. O Executivo entendeu que essa regra limitaria a liberdade
dos beneficiários.
Por
fim, um terceiro veto diz respeito à ampliação do Benefício de Prestação
Continuada (BPC), cujo critério de renda passaria para 50% do salário mínimo —
uma expansão da base de aferição. A equipe econômica manifestou preocupação com
o impacto nas contas públicas. Essa expansão, porém, já está programada para
acontecer em 2020, de acordo com a Lei 13.981.
Também
pelo Senado foram incluídos no programa os sócios de empresas que estão
inativas e as mães adolescentes (que antes não o receberiam porque o auxílio é
destinado aos maiores de dezoito anos).
Pagamento do auxílio emergencial começa
no dia 10 de abril
O
ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, disse que o governo não tem meios para
iniciar o pagamento antes de 10 de abril para quem está no CadÚnico e 16 de
abril para os demais que não estejam inscritos no programa. Deverá ser usada a
estrutura que garante o repasse de dinheiro do Bolsa Família, além do Cadastro
Único para esse fim.
Além
disso, será requisito para receber os R$ 600 mensais por 3 meses:
-
Ser maior de 18 anos;
-
Não ter emprego formal (CLT);
-
Não receber benefício previdenciário, seguro-desemprego ou outro programa do
governo federal (exceto o Bolsa Família);
-
Ter renda per capita de até R$ 522,50 ou renda familiar de até 3 salários
mínimos (R$ 3.135,00)
-
Não ter recebido rendimentos de até R$ 28.559,70 (base de cálculo do Imposto de
Renda) em 2018
O
repasse será feito por três meses, podendo ser prorrogado pelo governo federal.
Os saques poderão ser feitos por meio das agências de bancos públicos como
Banco do Brasil e Caixa Federal, além de lotéricas e bancos postais dos
Correios.
Briga
entre Planalto e Câmara
Na
última terça-feira, 31 de março, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
disse que o governo tem condições de pagar imediatamente os R$ 600,00 de ajuda
à população de baixa renda afetada pelo coronavírus aprovada por meio de Medida
Provisória (MP). A sanção presidencial era prevista para sair no Diário Oficial
da União desta quarta-feira, 1º de abril.
Mais
cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a liberação do auxílio de
R$ 600 para trabalhadores informais dependia ainda de uma PEC emergencial. Maia
afirmou que, se Guedes estiver certo, o governo "mentiu" ao acionar o
Supremo Tribunal Federal (STF) para afastar a aplicação de artigos da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF).
"Com
o encaminhamento desse pleito, o governo garantiu por liminar o afastamento
desses artigos. Isso garante ao governo a possibilidade, a certeza da edição de
uma medida provisória de crédito para pagar os R$ 600 que todos os brasileiros
aguardam a sanção do presidente da República", disse Rodrigo Maia.
O
presidente da Câmara ressaltou que sua fala não representa nenhuma crítica, mas
é contrária à transferência de responsabilidade a terceiros. "Não estou
aqui pra transferir responsabilidade para ninguém, mas para construir com
deputados e o governo as posições. Se ele estiver certo hoje, o governo mentiu
na ação que impetrou no Supremo", afirmou.
Com
informações das Agência Senado e Agência Câmara de Notícias


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