Curados da Covid-19: um terço dos
pacientes com o novo coronavírus no Amapá recebeu alta
Dois dos 55 curados chegaram a ser atendidos no Centro de Atendimento Intensivo Covid-19 — Foto Marcelo Loureiro-Secom |
Até sexta-feira (10),
55 das 166 pessoas que testaram positivo para o Sars-Cov-2 foram consideradas
curadas e liberadas da quarentena, segundo boletim do governo.
Fonte: G1-Amapá
Dos 166 pacientes que
testaram positivo para o novo coronavírus no Amapá, entre 20 de março e
sexta-feira (10), 55 já são considerados curados. Isso representa um terço dos
casos confirmados no estado durante a pandemia. Os dados constam no boletim do
governo do Estado, divulgado na noite de sexta.
A Vigilância Epidemiológica
de Macapá, onde foi registrada a maioria dos casos, explicou que a orientação é
que os pacientes passem 15 dias em isolamento domiciliar, a contar da data de
início dos sintomas; após o 14º dia, ele pode ter contato com outros ambientes
e pessoas da casa, no entanto, deve continuar recluso na residência por mais
uma semana em observação.
Os 55 casos considerados
curados até sexta-feira passaram por essas etapas, de acordo com a prefeitura e
o governo, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde. A primeira alta
foi dada no dia 28 de março, detalhou a prefeitura.
Os pacientes com liberados
têm entre 16 e 76 anos. O desembargador-presidente João Guilherme Lages, de 54
anos, é um dos que já se recuperaram. Ele foi o 2º paciente confirmado com o
vírus no estado, no dia 25 de março.
O boletim do governo afirma
que entre os casos também estão duas pacientes de 43 e 47 anos, as primeiras
recuperadas no Centro de Atendimento Intensivo Covid-19.
O local atende
exclusivamente os casos de média e alta complexidade devido à contaminação do
novo coronavírus. Sem sintomas, as duas tiveram alta na sexta-feira, onde
estavam internadas desde terça-feira (7). No centro ainda havia 4 pacientes
internados até a noite de sexta.
Outros dados
A notícia de recuperação é
boa, porém mais de 100 pessoas ainda buscam vencer o novo coronavírus no Amapá,
que é um estado que, para o Ministério da Saúde, enfrenta uma situação de
emergência quando avaliados os casos a cada 100 mil habitantes.
Na sexta-feira, o Amapá
passou de 5ª para a 2ª maior taxa de incidência do novo coronavírus no país:
19,3 infectados a cada 100 mil habitantes; o índice nacional é de 9,3.
Gráfico do Ministério da
Saúde aponta coeficiência de incidência do novo coronavírus no Brasil -
10/04/2020 — Foto: Ministério da Saúde/Divulgação
O estado do Amazonas lidera
o ranking, com 23,3 casos a cada 100 mil habitantes. Seguem como emergência os
estados do Amapá, Amazonas, São Paulo, Ceará e Rio de Janeiro, e mais o
Distrito Federal.
O Brasil tem cerca de 19,6
mil pessoas infectadas pelo novo coronavírus e mais de 1 mil mortes pela
doença.
Quando foi avaliado o
coeficiente de mortalidade, o Amapá não aparece no âmbito de emergência (0,2
casos a cada 100 mil habitantes); até agora foram duas mortes confirmadas no
estado. O índice nacional era e 0,5; e a mais alta taxa do país é do Amazonas e
de São Paulo (ambos com 1,2 mortos a cada 100 mil habitantes).
O boletim também registra
que 767 pessoas apresentaram sintomas e aguardam resultados de exames para
saber se foram ou não infectados pelo novo coronavírus. Pelo menos 600 casos
estão em Macapá; 95 em Santana; e mais de 30 estão em investigação em outros 8
municípios do interior do estado.
As primeiras amostras para
análise foram enviadas em março para o Instituto Evandro Chagas, em Belém.
Agora, além do laboratório paraense, são realizados exames para detecção do
Covid-19 no Laboratório Central de Saúde Pública do Amapá, e num laboratório
particular contratado pelo governo.
Cuidados
Para evitar a proliferação
do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como
lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal,
cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e
jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam
limpas.
Coronavírus: infográfico
mostra principais formas de transmissão e sintomas da doença — Foto:
Infografia/G1
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