Prêmio para os que lutam por Valores Humanistas

Prêmio para os que lutam por Valores Humanistas

  

                    João Baptista Herkenhoff

                    Juiz de Direito aposentado (ES) e escritor

                    Email – jbpherkenhoff@gmail.com

O Prêmio Dom Luiz Gonzaga Fernandes homenageia a dedicação de personalidades que, individual ou coletivamente, lutam por Justiça, Valores Humanistas, Celebração da Vida,

seguindo o exemplo do patrono do prêmio.

Dom Luís foi Bispo em Vitória mas nasceu em Campina Grande, na Paraíba.

Campina Grande não esqueceu o filho ilustre e digno.

Dom Luís recebeu homenagem póstuma nessa cidade.

Tive a alegria de comparecer à sessão solene que consagrou Dom Luís.

Prestei depoimento sobre o trabalho que Dom Luís realizou em terras capixabas.

Desde quando o Prêmio foi criado, escrevo um artigo, que é publicado em jornais, a respeito das pessoas e entidades que foram contempladas com a láurea naquele ano.

Neste artigo, publicado em 2019, eu me referi às homenagens ocorridas naquele ano, numa sessão solene presidida pelo Governador Renato Casagrande.

O artigo não perde a oportunidade porque não é uma notícia, mas sim uma reflexão sobre o prêmio e sobre o mérito das pessoas homenageadas.

O prêmio não foi criado por Casagrande, um fato que merece registro.

Infelizmente é comum que iniciativas meritórias de um governante sejam abandonadas pelos sucessores.

Em 2019 o Prêmio Dom Luiz consagrou sete nomes, entre pessoas e entidades.

1) Agesandro da Costa Pereira (in memoriam) – Foi presidente da OAB por nove mandatos.

Recebeu a medalha Ruy Barbosa, do Conselho Federal da OAB.

Foi o principal articulador do Fórum Reage Espírito Santo, de combate à violência e â impunidade que grassavam no Estado.

2) Sérgio Lucena Mendes – Professor do Departamento de Ciências Biológicas da UFES.

Vencedor do Prêmio Faz Diferença, promovido pelo jornal O Globo (trabalho em defesa dos primatas que habitam a Mata Atlântica).

3) Rosa Maria Nascimento Miranda – Participa do projeto “Afro Kisile” que faz da cultura afro ponto relevante para a aceitação social.

É fundadora do Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra.

Recebeu a Comenda do Mérito Arautos da Paz, conferida pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo.

4) Ricardo Sardi – Agricultor, é um defensor do meio ambiente.

Há alguns anos está reflorestando seu terreno, que fica no interior de Alfredo Chaves.

Cem hectares de sua propriedade são formados por floresta nativa com madeiras nobres – jacarandá, jequitibá, canela e ipê-roxo. 

5) Comunidade Quilombola de Monte Alegre – Localizada na zona rural de Cachoeiro, a comunidade comemora a festa “Raiar da Liberdade”,

coordenada pela mestra de caxambu Maria Laurinda Adão, uma das personalidades mais importantes para a preservação das tradições afro-brasileiras. 

6) Associação Costumes Artes (Banco Sol) – Desenvolve vários programas:

a) Clínica Sol – atendimento aos moradores do Território do Sol;

b) Banco Sol – linhas de crédito habitacional e de consumo;

c) Fórum de Desenvolvimento Comunitário – espaço de discussão e deliberação;

d) Cadeia Produtiva da Bananeira  – replica o processo de reaproveitamento da fibra da bananeira;

e) Mulheres do Sol –  facilita o acesso a recursos do fundo rotativo solidário.

           7) Federação das Associações Pestalozzi do Espírito Santo – Com sede em Vila Velha, representa as Associações Pestalozzi localizadas no Estado.

           Atua na defesa dos direitos das pessoaa com deficiência, de forma integrada e interinstitucional, coerente com modernos princípios de inclusão social. 

           Os recursos utilizados são provenientes das contribuições de suas afiliadas, doações e campanhas