ANSIEDADE, COMPORTAMENTOS TÓXICOS E SEROTONINA.
Quando comentam ou citam pessoas que estão passando por situações emocionais das mais leves às mais graves, nunca pensamos que passaremos por isso ou que teremos alguém perto de nós nessa situação.
Ansiedade, Depressão, Fobias, Delírios, Síndrome do Pensamento Acelerado, são distúrbios e doenças mentais de nosso tempo.
Encontrar alternativas e ferramentas para lidar, superar e prevenir esses distúrbios é papel dos profissionais da saúde, mas também é fundamental iniciarmos desde cedo a tomada de atitudes, escolhas e
comportamentos que nos darão força física e mental para evitar ou trata-los logo no começo. Apreensão, o medo, a desconfiança, a dúvida e o estresse são necessários para nossa defesa e proteção.
Precisamos ter mecanismos de personalidade capazes de lidar e até
driblar as situações negativas que nos afligem. Muitas ocorreram na infância, adolescência e juventude e ficaram incutidas na mente inconsciente. Outras são transmitidas pelos nossos antepassados, com marcas em nosso genoma.
Mas a Epigenética afirma que isso pode mudar, com mudanças de atitude, comportamentos, emoções positivas e até a alimentação. Podemos mudar a química das nossas células! Creiamos ou não, nosso corpo responde aos comandos de nossa mente, emoção e pensamento. E a resposta disso se processará no corpo e no cérebro conforme a intensidade e crença que damos a eles. O estresse positivo só se processa se os neurotransmissores cerebrais estiverem equilibrados. A doença, o distúrbio ocorrem quando o estresse negativo for mais forte.
O neurotransmissor serotonina é um hormônio produzido no Sistema Nervoso, Digestivo(intestino) e nas plaquetas, responsável pela regulação de funções orgânicas e mentais importantes como o humor, sono, apetite, libido, ritmo cardíaco, temperatura e funções intelectuais.
Ele não é produzido exclusivamente pelo cérebro. Hoje, se sabe que é produzido em maior quantidade pelo intestino e também pelas plaquetas. Mas para isso precisamos ter uma alimentação rica no seu percussor, o aminoácido triptofano, encontrado nos laticínios e carnes. Outros substratos importantes são o ômega 3, Complexo B e Magnésio, que que também forma a dopamina.
As atividades relaxantes, que liberam o sistema límbico, que modula as emoções, são fundamentais para ativar a sua produção e ação. Fazer massagens corporais, praticar sexo prazeroso (orgasmo), ter atitudes mentais positivas, meditação e oração, são medidas que nos dão força e resiliência interior para ativar a serotonina. O exercício regular estimula sua produção.
Tudo aquilo que deprime o SNC, desacelera a digestão, irrita o intestino e intoxica o sangue, reduz ação da serotonina. Drogas sintéticas, álcool em excesso, alimentos com excesso de açúcar refinado, sedentarismo, obesidade e estímulos emocionais negativos e comportamentos tóxicos (rancor, ressentimento, raiva, pessimismo, mágoa) levam a baixos níveis de serotonina, gerando distúrbios, como ansiedade e depressão.
Como consequência dessa pouca produção ou bloqueio na secreção
do hormônio do prazer, teremos: baixa na libido (desejo sexual), dificuldade da aprendizagem, irritabilidade, humor deprimido, insônia, apreensão e ansiedade, depressão, baixo limiar à dor e cansaço fácil (estafa). Ocorrerá excesso de produção de adrenalina, cortisol e ativação do sistema simpático.
Mas para que esses distúrbios se estabeleçam como doenças e não como um surto ou episódio passageiro, é necessário que os estímulos se repitam de maneira regular e permanente, se incorporando na maneira de viver da pessoa, fazendo parte do metabolismo das células e modulando as atividades cerebrais.
Umas das alternativas, além da alimentação balanceada, exercícios e praticas relaxantes, é lançar mão dos óleos essenciais críticos (Limão, Laranja, Toranja), mentolados (Hortelã, Manjerona, Manjerição) e amadeirados (Olíbano, Cedro e Sândalo), que possuem substâncias estimulantes que agem no sistema límbico, ativando a produção de serotonina.
Jarbas Ataíde, 07.9.2020
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