sexta-feira, 18 de setembro de 2020

SAÚDE EM FOCO - REINFECÇÃO OU RECIDIVA DA COVID-19: A DÚVIDA PERMANECE.

 

REINFECÇÃO OU RECIDIVA DA COVID-19: A DÚVIDA PERMANECE.



  Por Jarbas de Ataíde


Quem acha que já sabemos muito sobre o SARS-Cov2 ou estamos passando por uma fase de remissão da COVID- 19, ou que a vacina contra a doença já está em estados avançados de pesquisa e aplicação, pode estar enganado.

Assim como outras doenças infecciosas virais, como a Influenza, causada pelo vírus H1N1, o vírus está em constante processo de alteração do seu genoma (RNA), que sofre replicação no interior das células. Quanto mais ele se replica, mas ele sobre mutações, o que muda as manifestações clínicas, sintomas, virulência, tempo de tratamento, entre outros fatores.

Já tem estudos que estimam que o coronavírus tenha uma taxa de inferior a 25 mutações por ano, uma taxa bem menor do que a do H1N1, que tem 50 mutações anuais. Muitas delas são nulas, enquanto outras são prejudiciais ao vírus. Uma pequena porcentagem é benéfica ao próprio vírus.

Tudo isso deverá ser avaliado pelos estudos e pesquisas científicas. O queremos dizer é que ainda temos muitas incertezas e perguntas sobre a doença causada pelo SARS-Cov2. Até na China os cientistas não sabem se o vírus realmente está mudando, ou só agora estão percebendo com mais atenção os sintomas mais tardios.

As especulações, dúvidas e incertezas em relação à COVID-19 permanecem. Foram feitos investimentos massivos no tratamento e medidas de prevenção, visando evitar sua transmissão, que não foram seguidos por todos os entes federados no Brasil, gerando controvérsias e até especulações políticas, inclusive partindo da própria Organização Mundial da Saúde- OMS.

Hoje, devido a provável mutação genética, já se cogita que um vírus mutante poderia causar REINFECÇÃO. Seria um vírus, que alterado geneticamente, atingiria uma pessoa que já pegou a doença antes, causando novamente a doença. Outra possibilidade é a RECIDIVA, que não seria uma nova infecção, mas a permanência latente do vírus, que diante de queda da imunidade voltaria a ocasionar a doença, num estágio posterior.

O vírus H1N1 sofre muita alteração genética, o que exige atualizar as vacinas anualmente para manter a imunidade contra a influenza. Já o SARS-Cov2, que permaneceu estável, parece que está sofrendo mutação muito mais lentas do que a do H1N1.

Outra questão bastante importante, é se a doença causa imunidade imediata e prolongada, ou seja, se produz anticorpos capazes de defender o corpo diante do ataque do vírus inicial ou de um vírus mutante. E a vacina, em fase de estudos em vários países, será eficaz e segura?

Sabe-se que as pesquisas sobre o uso de vacinas não são imediatas, passando anos e até décadas para conclusão e colocação à disposição da sociedade. Tudo isso exige estruturas, recursos humanos qualificados e grande soma de recursos, o que foi repassado pelo Ministério da Saúde a muitos governos, que, no entanto, não priorizaram a prevenção e nem o tratamento da doença.

Mas alguns países saíram na frente das pesquisas. Estudos da Universidade do Arizona (USA) descobriu “a exclusão de 81 pares de bases de um gene capaz de infectar, replicar e se espalhar dentro do corpo”. Outra pesquisa do Laboratório Nacional de Los Alamos (USA), “levantou a hipótese de que uma cepa do vírus presente na Europa é mais infecciosa do que a original, de Wuhan”.

Ao todo, segundo o <g1.globo.com> foram repassados R$ 13,8 bilhões para todo o país. No Amapá houve a divisão entre o Estado e os 16 municípios, para compra de equipamentos, medicamentos, contratação de pessoal e outras atividades necessárias. Com base no critério populacional e no número de leitos de UTI, cerca de R$ 35 milhões foram repassados de uma só vez ao Amapá, um dos maiores repasses da pandemia. 

Fontes: G1 AP; blog <summitsaude.estadao.com.br>. JARBAS ATAÍDE. 14.09.2020.

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