ARTIGO DO REI
2020 - O ANO DAS CATÁSTROFES ESTÁ ACABANDO
Reinaldo Coelho
Mais um ano terminando, decoração nas lojas e nas ruas e aquela nostalgia toma conta. Épocas especiais como o Natal e Ano Novo costumam trazer memórias de bons tempos e, quase sempre, de pessoas que amamos. Porém, este ano de 2020 não teremos saudade de tudo, mais teremos de todos os que perdemos.
Indiscutivelmente, o ano de 2020 está sendo atípico em muitos aspectos. Por um lado, tivemos avanços determinantes no que tange à adoção maciça da tecnologia por diversas pessoas que passaram a trabalhar, a estudar ou a assistir as aulas, trabalhar, vender, comprar e até assistir as Santa Missa em cultos em suas casas, em função do isolamento social.
Lives, meet e outras palavras passaram a ocupar o nosso cotidiano. No outro extremo, tivemos perdas consideráveis em inúmeras áreas: aumento do desemprego, da pobreza e da crise social, dos casos de depressão e de ansiedade e, de alguma forma, a perda da noção de tempo, pois o dia 11 de março, dia em que a Organização Mundial da Saúde decretou a pandemia do novo Coronavírus, parece que foi ontem, mas já estamos no mês de dezembro, o último mês do ano.
Uma importante lição que estamos aprendendo com as dificuldades da pandemia da Covid-19 é a consciência de que não podemos ficar debruçados sobre nós mesmos, lamentando as nossas limitações e, por isso, devemos tirar do olhar o foco egoísta, a fim de que possamos alargá-lo com a percepção das necessidades do nosso próximo. Agindo assim, aprendemos a “manter os olhos fixos em Jesus, Autor e Consumador da nossa fé”. (Hb 12, 1).
No nosso amado estado do Amapá, o sofrimento em 2020 foi ampliado, a população teve sua vida abalada, modificada, destruída, desamparada com a pandemia, com o os 22 dias de apagão, as enchentes e alagamentos, o grande números de mortos de amigos e parentes para o novo coronavírus.
Para os macapaenses isso tudo está entremeado pela campanha politica, para as eleições municipais, com mudanças do calendário nacional, do calendário local, com novas datas e acima de tudo a 'politicagem' dos nossos problemas, por grupos que se sentem no direito de decidirem o que é bom para os amapaenses.
Mas, os macapaenses sabem o que é bom para eles, pois são eles que vivem na própria pele as dificuldades causadas pelas ausências do poder público nas comunidades mais sofridas. E neste domingo poderemos mudar, com o nosso voto e assim podermos começar a estruturar um 2021 com mais saúde, educação, segurança e saneamento básico com eficiência e não darmos continuidade a contaminação dessa víruslidade sanitária e politica.
É, 2020 foi um ano difícil, não foi um dos melhores anos, porém, um dos piores também. Mas o importante é que o ano está terminando e eu continuo de pé e de cabeça erguida.
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