Educação
Chamada Escolar no Amapá, para o ano letivo de 2021, começa em 4 de janeiro.
As incertezas da vacinação e a queda na contaminação não garantem o retorno de aulas presenciais nas escolas estaduais do Amapá. As problemáticas no acesso as redes de internet dificulta as aulas virtuais para uma camada de crianças e jovens da periferia e da Zona Rual.
Reinaldo
Coelho
As
escolas já ficaram por muito tempo fechadas no Brasil por causa da pandemia, e
as perdas que iremos verificar vão muito além do aprendizado. É nobre todo o
esforço para garantir no próximo ano o retorno com segurança o quanto antes.
O
ano letivo de 2020 ficou estremecido seriamente devido a pandemia, que causou o
fechamento das escolas em todos os países. Passando as aulas acontecerem virtualmente,
porém, com deficiências seríssimas para os alunos que estão residindo na periferia
e sem acesso a internet.
Essa
situação além de assustar os pais, e o pedido do retorno das aulas presenciais,
visto que a nova ferramenta utilizado, as aulas virtuais, não estarem atendendo
a aprendizagem e eles não terem condições pedagógicas de ajudarem seus filhos e
o rendimento escolar dos filhos piorou neste ano.
Uma
decisão tomada em novembro pelo governo estadual e ratificada pelo Decreto
Estadual nº 3950, de 19 de novembro, que segue a recomendação feita pelo Comitê
Estratégico para Retomada das Atividades Educacionais Presenciais, determina
que o retorno das aulas presenciais na rede pública e particular de ensino
amapaense só acontecerão em 2021.
Com
referência as inscrições e matriculas para as escolas pública do Amapá, o
coordenador informou que a Chamada Escolar será realizada no período de 04 de
Janeiro de 2021 a 02 de fevereiro de 2021 e acontecerá VIA INTERNET, para os
interessados em estudar nas escolas públicas localizadas na zona urbana e rural
que tiver internet disponível dos municípios através do preenchimento de
formulário online acessando: www.escolapublica.ap.gov.br
Ryan Muller destacou que por meio de preenchimento do formulário impresso, somente aos interessados em estudar nas escolas estaduais e municipais localizadas na zona rural dos Municípios onde não haja acesso à internet. As informações pertinentes à inscrição contidas no Formulário de Inscrição Impresso serão inseridas no SIGEDUC pela Unidade Escolar onde o mesmo foi preenchido e entregue (somente para as escolas estaduais).
Ryan Muller, Coordenador de Educação Básica e Educação Profissional - CEBEP- SEED |
“Precisamos
avaliar a segurança, caso seja presencial, teremos que criar rotinas que
garantam a tranquilidade dessa ação. Os dados já existem no Sistema é provável
que a matrícula seja automática, isso para alunos novos, os que irão permanecer
na escola, a “rematrícula” será automática”.
COMO
ESTÃO AS VAGAS PARA O ENSINO BÁSICO E NUMERO DE ESCOLAS NO ESTADO?
“É
através da chamada escolar que a Secretaria de Estado da Educação e dos
Municípios conseguem visualizar as demandas e, através desses dados fazer o
reordenamento para 2021”.
Com
referência as matriculas e inicio das aulas nas Escolas de Gestão Compartilha
Militar terá um atendimento diferenciado das outras unidades escolar.
“Então,
elas terão Edital próprio que ainda será socializado, acredito que até o dia 15
de Janeiro já teremos o edital pronto com Matrícula em Fevereiro”, definiu o Coordenador Ryan Muller.
ESCOLAS DO NOVO SABER
O Colégio Amapaense faz parte da rede das Escolas do Novo Saber que iniciou em 2017. |
As
Escolas do Novo Saber são as escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, que no
ano de 2020 chegou a 23 das 119 escolas e a 9 dos 16 municípios, atendendo
também à zona rural de Macapá e Santana. E a previsão é chegar a 6.200 matrículas no ano letivo de
2021.
A coordenadora da equipe de implementação das Escolas em Tempo Integral/SEED, Carla Beatriz Miranda Carvalho, informou a reportagem que as aulas presenciais nessas unidades de ensino, não tinha situação determinada devido as incertezas da caminhada da pandemia
“Não
temos como responder ainda porque depende do coeficiente de contaminação pelo
coronavirus e dos decretos do Governo do Estado do Amapá mas independente disso
a SEED está trabalhando junto à equipes gestoras para promover medidas de
proteção individual e distanciamento. Se for permitido o retorno presencial
colocaremos em prática escalonamento de estudantes para evitar aglomeração nos
espaços de convivência e levar mais segurança para estudantes e professores”, detalhou a
coordenadora.
As
Escolas do Novo Saber, estão passando por adaptações e ampliação desde da implantação
do projeto em 2017 e de acordo com a coordenadora Carla Beatriz, esse serviço é
de competência da secretaria de Estado da Infraestrutura, porém adiantou
algumas escolas que já foram beneficiadas com os serviços estruturais. E
reforçou que a SEED realiza apenas pequenos reparos nas unidades escolares.
A Escola Tiradentes foi reinaugurada e recebeu ampliação e adaptação para atender a demanda de alunos matriculados |
“O
que posso atualizar neste sentido é que temos prontas as obras de ampliação e
adaptação das escolas Tiradentes e
Colégio Amparense, em Macapá, e Augusto Antunes, em Santana. Escola
Jesus de Nazaré, também em Macapá, está pronta”.
As
Escola Elizabeth Esteves em Santana também já teve a obra entregue; Escola Alberto
Santos Dumont, em Santana; Escola Professor José Firmo do Nascimento e Maria do
Carmo Viana dos Anjos, em Macapá, estão com as obras bem adiantadas, as duas
últimas em fase de finalização; Maria Carmelita do Carmo, Lucimar Amoras del
Castillo e Raimunda Virgolino receberam manutenção preventiva e corretiva e
adaptação de diversos espaços para dar mais conforto a todos
“Todas
as 23 escolas receberam algum tipo de manutenção predial e adaptação de
espaços, principalmente refeitório e cozinha, possibilitando mais conforto e
melhores condições para estudantes e merendeiras”, finalizou.
AULAS
REMOTAS E VIRTUAIS
Suspensas
desde 18 de março, as aulas deixaram de ser presenciais e passaram a ocorrer de
maneira remota, como parte das medidas adotadas pela gestão estadual a fim de
conter a pandemia pelo novo coronavírus. Desde então, os 120 mil estudantes da
rede estadual contam com diversas ferramentas para a execução das atividades de
forma não presencial.
A
constatação de que as atividades remotas são insuficientes para substituir o
ensino presencial, nada indica que já poderemos começar o próximo ano letivo
como antes da pandemia. As vacinas mais avançadas até agora não estarão
disponíveis para toda a população, conforme admitido pelo Ministério da Saúde
na semana passada. O cenário mais realista a considerar por ora ainda é o de
aulas remotas intercaladas com as presenciais.
Certo
é que o início das aulas ainda acontecerá diante de muita incerteza. Nesse
sentido, é preocupante a sinalização de que o MEC, com o intento de pressionar
o retorno presencial o quanto antes, pode não homologar na íntegra o parecer do
Conselho Nacional de Educação que estendia até o fim de 2021 a possiblidade das
redes de ensino computarem aulas remotas no cálculo da carga horária mínima
exigida por lei. Sem essa segurança, o planejamento do próximo ano letivo
ficará ainda mais prejudicado.
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