GESTÃO ECONÔMICA
Governo federal lança “Balcão Único” para simplificar a abertura de
empresas
Por meio
de um formulário único e totalmente digital, empreendedores podem abrir
empresas em apenas um dia e sem necessidade de percorrer vários órgãos públicos
O Ministério da Economia acaba de lançar o “Balcão
Único”, um sistema que permite a qualquer cidadão abrir uma empresa de forma
simples e automática, reduzindo o tempo e os custos para iniciar um negócio no
Brasil. O projeto – liderado pela Secretaria Especial da Receita Federal e pela
Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do ME – foi
desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
A primeira cidade a aderir ao
projeto foi São Paulo, que tornou disponível o novo sistema na
última sexta-feira (15/1) para os interessados em abrir um negócio no
município. A próxima cidade a oferecer a facilidade aos empreendedores será o
Rio de Janeiro. A implementação do Balcão Único é feita em parceria entre
o governo federal e os governos municipais e estaduais. O Balcão Único é uma
integração de dados entre os órgãos de cada esfera de Governo. O sistema é
disponibilizado pela Junta Comercial do estado.
“Os empreendedores podem abrir uma empresa muito
mais rapidamente, sem burocracia, sem perder tempo com exigências e
deslocamentos desnecessários, resolvendo tudo em um só lugar. Vamos colocar o
Brasil no caminho das melhores práticas internacionais para a abertura de
negócios”, afirma o
secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do
Ministério da Economia, Caio Mario Paes de Andrade.
De acordo com o último relatório do Banco Mundial,
divulgado em outubro de 2019, para abrir uma empresa nas cidades do Rio de
Janeiro e São Paulo, era necessário cumprir 11 procedimentos – alguns, em
órgãos distintos – o que levava, em média, 17 dias e gerava um custo que
representa 4,2% da renda per capita. Essa burocracia colocou o Brasil na 138ª
posição no quesito “abertura de empresas”, entre os 190 países avaliados pelo
Banco Mundial.
A transformação digital em um
Balcão Único no modelo de one stop shop fará
o Brasil ganhar posições no ranking mundial quanto à facilidade de fazer
negócios. "Trata-se de inovação e simplificação importante para o ambiente
de negócio brasileiro, que busca reduzir o número de procedimentos para abrir
pessoas jurídicas no país. Esta diminuição de etapas garantirá que o Brasil
atinja melhor pontuação no ranking
Doing Business no quesito abertura de empresas, principalmente em
um cenário de retomada da economia", ressalta o secretário
especial da Receita Federal do Brasil, José Barroso Tostes Neto.
Com o
Balcão Único, a coleta de todos os dados necessários para o funcionamento da
empresa é feita pelo preenchimento de um formulário eletrônico único,
disponível na internet. Anteriormente, em São Paulo, o empreendedor tinha que
entrar em quatro portais diferentes – dois no governo federal, um no estado e
um no município – para realizar o registro e dar início ao funcionamento da
empresa, além de realizar outros sete procedimentos medidos pelo Banco Mundial.
Agora, tudo poderá ser feito em um só ambiente
virtual: recebimento das respostas necessárias da Prefeitura; registro da
empresa; obtenção do número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e
inscrições fiscais; desbloqueio do cadastro de contribuintes; recebimento das
licenças, quando necessárias; e ainda o cadastro dos empregados que serão contratados.
O Balcão Único permitirá que os empreendedores possam, no momento da abertura
da empresa, realizar o cadastro de empregados pelo e-Social.
“Dessa forma, todos os passos necessários
para o registro e funcionamento do negócio poderão ser realizados em um único
procedimento, de forma on-line, com respostas automáticas, e sem custo. É, sem
dúvida, uma revolução na abertura de empresas no Brasil”, ressalta o diretor do
Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração, André Santa Cruz.
Depois de São Paulo e Rio de Janeiro – cidades com
maior concentração de negócios no país – o governo federal pretende expandir o
projeto para todo o Brasil, beneficiando e estimulando empreendedores
brasileiros e estrangeiros que queiram investir no país.
Órgãos envolvidos
Entre os órgãos envolvidos no projeto estão a
Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do
Ministério da Economia; Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil
do Ministério da Economia; Secretaria Especial de Modernização do Estado da
Secretaria Geral da Presidência da República; Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho no Ministério da Economia; Sebrae Nacional e unidades
dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro; Secretaria de Desenvolvimento Econômico,
Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo; Junta Comercial do
Estado de São Paulo; a Prefeitura do Município de São Paulo; e o Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
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