Presidente eleito do TJAP fala sobre carreira, família e visão de futuro
Na sexta-feira, dia 26 de fevereiro, toma posse como novo presidente do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), o desembargador Rommel Araújo de Oliveira, para o biênio 2021/2023. Magistrado de carreira, ingressou no Judiciário amapaense em 05 de outubro de 1991, após ter sido aprovado no primeiro concurso público para a magistratura do Amapá.
Filho do advogado Cícero Francisco de Oliveira e de dona Hildete Araújo Costa de Oliveira, Rommel Araújo chegou ao mundo no dia 07 de abril de 1966 para alegrar ainda mais a família que já era composta por sua irmã Yádia. “Sou parte de uma das primeiras gerações de brasileiros naturais da capital do país, Brasília, fundada em 21 de abril de 1960”, conta.
Ainda no Distrito Federal, seguindo a carreira do pai, formou-se em Direito, aos 23 anos, pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília.
Desde seu ingresso na Faculdade de Direito passou a trabalhar com o pai, “que ensinou princípios éticos sólidos sobre o exercício da advocacia”, lembra. Formado, inscreveu-se na Ordem dos Advogados do Brasil, Secção do Distrito Federal, dando início à carreira jurídica. “Iniciei minha carreira como técnico judiciário, após aprovação no primeiro concurso público do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Porém, meu sonho sempre foi conquistar a magistratura”.
Em 1991, com 25 anos de idade, foi aprovado no primeiro Concurso para Juiz de Direito do Estado do Amapá. “Fui deslocado para iniciar a carreira instalando a Comarca de Santana, sendo o primeiro Diretor do Fórum e Juiz Titular da 2ª Vara Criminal e de Infância e Juventude daquele município. Uma época de desbravamento, quando o Fórum funcionava em uma casa da Vila Amazonas e nossos equipamentos eram reduzidos”.
Em terras tucuju, além de realizar o anseio de ingressar na magistratura, também constituiu sua família com a esposa Maria Eliane, e as filhas Naiara e Gabriela. “Família sou eu inteiro. Minha infância, adolescência, vida adulta, casado, pai... é tudo. É onde busco forças, onde ensino e aprendo. É tanta coisa que não consigo resumir”, disse o desembargador.
Foi promovido para a Comarca de Macapá como Juiz de Direito Auxiliar, assumindo, posteriormente, a titularidade da 1ª Vara de Família, Órfãos e Sucessões, onde permaneceu por cinco anos. A pedido, foi removido para a 2ª Vara Criminal de Macapá, onde exerceu a titularidade por 15 anos. Os últimos anos como juiz de primeiro grau cumpriu como titular membro e presidente da Turma Recursal do Estado do Amapá. O magistrado também atuou como juiz eleitoral da 2ª Zona e também Juiz Membro do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá.
Dentre as comendas que recebeu, destacam-se a de Cidadão Macapaense, concedida pela Câmara de Vereadores de Macapá; o Colar do Mérito Judiciário, do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP); o Colar do Mérito Eleitoral, do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP); Amigo da Marinha, concedida pela Marinha do Brasil; e Amigo do Exército Brasileiro. O Magistrado é também membro efetivo da Academia de Letras Jurídicas do Amapá, na qualidade de acadêmico vitalício.
Após 25 anos atuando como juiz do Tribunal de Justiça do Amapá, tendo contribuído com a efetivação da Justiça estadual e crescendo junto com ela, em 29 de setembro de 2017 ascendeu ao desembargo pelo critério de merecimento. Em março de 2019 assumiu a presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, e a partir de 26 de fevereiro, pelos próximos dois anos, conduzirá o Poder Judiciário amapaense.
“A minha ideia é preparar o Judiciário para os próximos 30 anos, do mesmo modo como fizeram os pioneiros da Justiça do Amapá, que em 1991 pensavam a Justiça de hoje. A Justiça do futuro começou com o diálogo entre os processos analógicos e os digitais, e caminha para a consolidação do trabalho remoto, com o aperfeiçoamento do parque tecnológico e investimentos em inteligência artificial”, definiu o futuro presidente do Judiciário amapaense.
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