quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

SAÚDE EM FOCO = Síndrome da Fadiga Crônica (SFC) em Época de Pandemia

Síndrome da Fadiga Crônica (SFC) em Época de Pandemia



Por Jarbas de Ataíde

        A Síndrome da Fadiga Crônica é um distúrbio que se manifesta e acomete duas vezes mais mulheres do que homens, que incluí: cansaço, fraqueza, cefaleia, dificuldade de concentração, dor de garganta, mialgia, artralgia, distúrbios do sono, angustia e sinais depressivos, linfonodos sensíveis e febrícula. As causas ainda não estão bem esclarecidas. ( SAAD,G.A. et al, 2009).

       É comum (8%) o desenvolvimento de SFC após serem acometidos por uma infecção viral, como a pelo coronavírus (SarsCov2). Algumas pessoas, em particular as internadas e com sintomas mais graves, com comprometimento no coração, podem desenvolver essa síndrome. As alterações imunológicas,  de alguns anticorpos, afetariam a frequência cardíaca, a pressão arterial e a força muscular, ocasionando mudanças na circulação. Essa é uma hipótese para o surgimento dos sintomas.

      Então querer atacar os sintomas apenas com analgésicos, antinflamatórios e antidepressivos pode não surtir efeito, havendo necessidade de uma abordagem mais integral e multiprofissional, envolvendo os fatores psicoemocionais. Ela difere da Fibromialgia, pois dura de 8 a 12 meses e não melhora com o repouso. 

        Em função das manifestações clínicas, há indícios de que a SFC pode ser “indicativa de um sistema imune cronicamente perturbado ou comprometido” e os sintomas..., são tanto psicoemocionais, quanto fisiológicos/biomecânico (MURRAY, P.;PIZZORNO,J., 1994).

        A abordagem e conduta da síndrome requer atuar nos processos básicos: na desintoxicação e apoio imune (MURRAY, P. ;PIZZORNO,J., 1994). Dessa forma, para atingir esses aspectos, necessita de uma abordagem holística e adotando o princípio do sinergismo e da combinação das plantas.

        No processo de desintoxicação, recomenda-se a “remoção de todos os obstáculos à cura (Hahnemann), “eliminar todos os produtos tóxicos ..., e, assim, elevar a vitalidade”(Benedict Lust), diminuição da exposição às toxinas externa ( produtos químicos e toxinas da dieta), que causam alergia alimentar (MURRAY,P.;PIZZORNO,J., 1994).

Plantas Medicinais Tradicionais: as plantas teriam um mecanismo sinérgico de ação, interferindo no apoio imunológico, como a U. tomentosa (Unha-de-gato) e a T. impetiginosa(Mart. Ex DC)(Ipê-roxo ou pau d’arco); no processo de desintoxicação e depuração, com a Smilax sp( Salsaparinha), e nas funções de eliminação do fígado, a diurese, o intestinal e ação calmante,  com  C. scolymus L (Alcachofra) e a P. incarnata L (Maracujá)

Prescrição 1: depuração/apoio imunológico/calmante

               U.tomentosa (Unha-de-gato)....entre-casca.....1,0g

               T.impetiginosa (ipê-roxo)...........entre-casca.....6,0g

              Smilax sp (Salsaparinha)...........raiz..................4,0g

              P. incarnata (Maracujá)............folha fresca.....10,0g

                                                                     21,0g

Modo de uso: decocção das plantas em ½ litro de água, ferver por 5 minutos. Coar tomar 1 xícara 3 a 4xdia.

Prescrição 2: apoio imunológico/hepático/depuração

              T. impetiginosa (pau d’arco)....entre-casca.........6,0g

              S.nigra (Sabugueiro)................flor seca..............3,0g

             C.scolymus (Alcachofra)........folha rasurada......9,0g

Modo de uso: decocção da entre-casca em ½ litro d’água por 5 min. Depois deixar em infusão a flor e a folha rasurada por 10 min. Coar. Tomar 1 xícara 3xdia.

Fitoterápicos Tradicionais: H. canadenses (Hidraste), estimulante do sistema reticulo – endotelial, ação imunoestimulante ( infusão: 6g do pó da planta em 1 litro d’água fervente(MURRAY,P.;PIZZORNO,J., 1994); E. angustifólia (Equinácea), que estimula o sistema imune( tintura: 2 a 5 ml, 3xdia;extrato fluido: 1:1, 45%: 05, a 1 ml, 3xdia);P. ginseng (Ginseng),G. glabra (Alcaçuz), que possuí ação antiviral, estimuladora da imunidade e antioxidante(pó da planta: 5 a 15g/dia; extrato seco: 400mg, 2 a 3xdia;PANIZZA, S.T.; VEIGA, R.S; ALMEIDA, M.C.,2012 );C. asiática ( Centela), como ativadora da circulação periférica (pó da planta: 600mg a 1,8g/dia; extrato seco a 5% de terpenos(SAAD,G.A. et al, 2009)

Outros Tratamentos Complementares: Dietoterapia: o processo de desintoxicação, apoio ao sistema imunológico e eliminação (fígado, rins, intestino, baço), exigindo uma alimentação natural e pouco processada, com fibras e carboidratos complexos, ingestão de água natural e alcalinizada (8/10 copos/dia);suplementos multivitamínicos/minerais; Exercícios aeróbicos/alongamentos; Terapias corporais: Yoga e exercícios respiratórios. Recomenda-se a meditação e reflexão diária e sono repousante de 7/8 horas. 


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