terça-feira, 23 de março de 2021

Fotografia como proposito para qualidade de vida.

 Fotografia como proposito para qualidade de vida.


Aluízio Cardoso 

Fotógrafo de natureza.



Filho de Celerina Cardoso, sou amapaense, nascido em Macapá, tenho 61 anos, servidor público aposentado pelo Ministério da Previdência Social, desempenhei minhas funções durante quase 30 anos de atividade na Gerencia Executiva do INSS Macapá, na seção de Comunicação Social, mais antes da minha passagem pelo INSS, trabalhei na Secretaria de Educação do Estado e na antiga Legião Brasileira de Assistência - LBA. 


Comecei a despertar a vontade de fotografar  na ex- LBA nos anos 80 quando fazia parte da Seção de Comunicação Social da instituição e fazíamos viagens pelo interior do Amapá para fotografar as atividades sociais, conheci todos os municípios do Estado e percebi as suas belezas naturais. 

Na época a fotografia era feita através filmes e revelada em papel fotográfico. Deixamos um grande arquivo na instituição, mais soube mais tarde, por servidores, que foi jogado todo fora, após a nossa saída, lamentei o fato. 


Já apaixonado pela fotografia, percebi que precisava conhecer mais sobre a essa magia de eternizar momentos especiais. E para entender mais sobre a linguagem da fotografia, em 1987 fui até Belém do Pará participar de um curso com o renomado fotógrafo, Miguel Chicaoka, durante dez dias tivemos o privilegio aprender sobre a fotografia em preto e branco, revelação em laboratório e outros. 


Quando cheguei no INSS, em 1994, fui trabalhar na Seção de Comunicação Social, já com experiência na área de fotojornalismo. Mas quando tinha tempo fazia as minhas fotos de natureza e nessa trajetória tive um parceiro de fotografia que me ajudou muito no meu conhecimento, foi um grande fotógrafo de natureza, Jonhy Senna, um irmão, que infelizmente morreu em um acidente trágico de carro, deixou um legado muito bonito na área da fotografia no Amapá. Com ele tivemos muitas aventuras e grandes histórias pelo interior do Estado, fazendo belos registros. Criamos um grupo de fotografia: Eu, Jonhy Senna, Sergio Dias e a Teca. Na época participei do grupo articulando a arte com varal de fotografia preto e branco.


Mas precisava buscar mais conhecimento e foi quando um amigo me indicou o Curso de Fotografia do Professor Alexandre Brito, que é um excelente Professor dessa área. Realmente, foi lá que conheci a linguagem da fotografia, o mecanismo do equipamento e seu manuseio. Claro que ainda preciso conhecer mais, no dia a dia busco ler, assistir e participar de palestras sobre o assunto.

Hoje já aposentado, estou viajando por muitos lugares que passei quando era servidor público e não tinha tempo para contemplar a natureza, agora posso sair fotografando as belezas naturais da minha terrinha.  E estou adorando fazer isso. Tenho um parceiro fotógrafo, Eude Rocha, que também tem me ensinado muito.

Tenho diversos projetos para desenvolver, um dos primeiros após essa pandemia é lançar um livro de fotografia e textos sobre os mais de cem anos da festa de São Sebastião de Jarilândia, terra natal da minha esposa, Luzete Góes, no município de Vitoria Jari, já estou mais dez anos coletando fotos dessa festa e seus moradores.


Nessa trajetória também aprendi gostar do tipo de fotografia que é observação de pássaros e junto com o  Eude Rocha, já fizemos diversas aventuras, recentemente estávamos observando um ninho de um gavião real no município de Porto Grande e na nossa última viagem agora, fomos até o munícipio de Cutias do Araguari, fotografar os campos do baixo  Rio Araguari, lá registramos  revoadas de Guaras, Colhereiros, Curicacas, gavião, marrecas e outros pássaros que compõe o manancial da região, isso é muito belo e estou mostrando através das minhas fotografias. 


O mais interessante dessa viagem foi a informação do nosso guia, falou que na fazenda vizinha tinha diversos ninhos de beija flor. Essa notícia nos deixou na maior expectava, já sonhando e imaginado a FOTO que iriamos fazer, partimos para o local, ficamos uma tarde e uma manhã dentro de lama onde passavam porcos, sendo ferrados de formigas, ameaçado por cachorros bravos, mas esperando o beija flor vir trazer comida para seus filhotes, e a foto veio e não imaginam a emoção de fazer aquele registro, que
estava só na nossa cabeça e ver realizado é a emoção pura. 

Nessa pandemia que estamos passando, a fotografia tem sido uma válvula de escape. Quando sonho com uma foto e vejo ela na minha frente, esqueço tudo, para focar no objetivo principal é a bela imagem que vou registrar. 

Nessa caminhada estou percebendo que a natureza está se exaurindo, a destruição é muito grande, os pássaros e animais estão desaparecendo e o homem está acabando com o meio ambiente sem piedade, estou querendo mostrar isso tudo através da fotografia. 


A fotografia para mim teve dois momentos. O primeiro foi na década de 80 quando comecei a fotografar por amor e como hobby sem muita técnica. A segunda fase foi quando busquei a profissionalização o conhecimento da linguagem fotográfica, percebi que o que fiz no passado estava tudo errado, serviu só de experiencia, hoje as minhas fotos estão no mundo, através de bancos de imagens, busco sempre me aprimorar cada vez mais. Com a aposentaria aprendi a valorizar e a compartilhar minhas fotos. Meu maior prazer é ver minhas fotos espalhadas em muitos lares amapaenses e até no mundo.  Faço fotos para decoração.

A fotografia quando feita com propósito, em parceria, com apoio da família, com as pessoas que amamos, ela tem um valor à mais. E isso não tem preço. Sou muito grato a Deus por tudo. 

 




 


Um comentário:

  1. Parabens meu irmao vc merece que Jesus lhe abencoando nessa nova etapa so sucessos.

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