Amapá Jazz Festival será na Praça da Samaúma com artistas, instrumentistas e público
O Amapá Jazz Festival
retorna com força e organização nesta 13ª edição do evento, coordenado pela
Associação dos Músicos do Amapá (AMCAP) com direção de Finéias Neluty. Neste
ano o palco muda de endereço, mas continua com toda elegância na beira do rio Amazonas,
na praça da Samaúma, no Araxá, com atrações regionais e uma justa homenagem ao
músico Aymoré Nunes. O Festival será nos dias 29 e 30 de novembro, a partir das
19h, com a produção, prestígio, clima e segurança que são marcas do evento que
valoriza a música instrumental e amapaense.
Grupo Amazon Music, Tom
Campos, Canícula Blues, Finéias Nelluty e Negro de Nós são as atrações da
primeira noite, que encerra em clima de festa com os swings da banda comandada
por Silmara Lobato. A segunda noite tem Vinícius Bastos, Ingridy Sato, Nelson
Dutra, Marrecos Land e pra celebrar o fim desta edição do festival, Patrícia
Bastos sobe no palco da Praça da Samaúma. “Em 2020 fizemos o festival online
devido a pandemia, e neste ano retornamos com público e as atrações locais,
todas com grande prestígio e talentos reconhecidos” disse Finéias.
O Festival foi criado
pela necessidade da popularização do jazz no Amapá, estilo que ganhava espaço
nos eventos culturais, a adesão dos músicos mais jovens que tinham a atenção de
quem já era apaixonado pelo estilo, mas que precisava conquistar a admiração de
uma nova platéia. Dos bares, restaurantes e palcos públicos, o jazz ganhou um
novo status com a formação do Amazon Music, que fez o público reservar as
quintas-feiras para prestigiá-los na beira do Amazonas, em um grande encontro
de músicos, fazedores de cultura e adoradores da música instrumental, que
incentivavam um evento de grande porte.
Não demorou e o palco
foi ampliado, nascendo assim, em 2008, o Amapá Jazz Festival, já com o carimbo
e passaporte internacional, fazendo o intercâmbio de músicos nacionais e
estrangeiros e sempre com uma merecida
homenagem. Artur Maia, Esdras de Souza, Ney Conceição, o moçambicano Ivan
Mazuze, Mestre Solano, a guianense Jean
Marceline, o francês Pierre-Marrie, o Quarteto Invention, formado por músicos
do Amapá e Guiana, Paulo Flores, foram alguns convidados de fora do Amapá que
já cruzaram seus acordes com os artistas amazônidas.
Enrico Di Miceli, Val
Milhomem, Joãozinho Gomes, Brenda Melo, Deize Pinheiro, são apenas algumas das
atrações amapaenses que já tiveram destaque no festival. O homenageado, Aymoré
Nunes, chamado de Aimorezinho, foi um multi-instrumentista que tocava com
excelência piano, escaleta, violão, acordeom, gaita, flauta e guitarra, talento
que o tornava indispensável nas rodas musicais, festas e bailes. Aluno do
antigo Conservatório Amapaense de Música e da Academia Mestre Oscar Santos,
participou de diversos grupos musicais no Pará e Amapá, escreveu seu nome em
Fortaleza e Rio de Janeiro, e faleceu em 2018, deixando registrada sua história
na música instrumental brasileira.
O Festival é o ápice, o
evento que projetou a terra do meio do mundo no cenário musical internacional,
mas a movimentação começa em agosto, quando os músicos participam do Jazz na
Calçada nos fins de tarde de sábado, um esquenta para energizar a platéia para
o grande momento, onde o rio Amazonas, o céu, o luar, o vento, ilustram as
apresentações. “Neste ano teremos ainda a encantaria da samaúma, que é uma
atração a mais. É a primeira vez que fazemos o festival nesta praça, que já tem
um histórico de eventos culturais, e estamos garantindo a mesma segurança e
organização de sempre” garante Finéias. (Mariléia Maciel)
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