– Direito & Cidadania –
Ano Novo, pandemia e replanejamento
Dr. Besaliel Rodrigues
Chegamos ao final de mais um ano difícil, pois o segundo consecutivo lutando contra uma pandemia que parecer não ter fim. Foram doze meses lutando em busca da volta de uma estabilidade que parece ser “conditio sine qua nom” para o restabelecimento daquela antiga normalidade.
Bem, então, mesmo diante de um ano “covidicamente” repetido, desejamos novamente a você e familiares boas festas e, à colação, lhe oferecemos uma breve reflexão sobre replanejamento, que poderá ser aplicada em sua vida neste novo ano de 2022 que está chegando.
Mas, o que é replanejar? É planejar de novo. E, para todos nós, cristãos, ainda é uma atitude eminentemente bíblica, pois Deus deu o exemplo maior, criando os céus, a terra e o ser humano de maneira bem organizada, como descrito em Gênesis, capítulos 1 e 2.
Desta referência em diante, o ato de planejar tornou-se herança para a história humana. Mas, com o tempo, as pessoas, as organizações etc., começaram a negligenciar o replanejamento, a recalibragem dos planos humanos em face das mudanças sobrenaturais das coisas e dos tempos, insistindo em viver de maneira improvisada e desorganizada, achando ainda está pautada por um plano que se desatualizou. Mas, voltando, o que é (re) planejamento?
De forma genérica, dizem os especialistas que o planejamento é um processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando melhorar o funcionamento da vida, das empresas, instituições, setores de trabalho, organizações coletivas e outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando a concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações. Então, para o nosso gasto aqui, replanejar é reavaliar tudo isso, mas com o intuito de readequar todo o cenário que nos interessa a essa nova realidade que a pandemia da Covid nos colocou.
Para completar este espaço de reflexão, lembramos que no âmbito das entidades evangélicas, verifica-se uma profunda negligência nesta área. Utilizando de forma equivocada as referências de Mateus 6.25-34, alguns se arvoram em dizer que ninguém necessita planejar nada porque o Espírito Santo está no controle de tudo e Ele dará o rumo!
Isto, sem nenhuma dúvida, é um equívoco. O Espírito Santo comanda realmente a Igreja, mas no âmbito transcendental. Na esfera material, cabe a nós, conduzir, porque aquilo que o homem pode fazer, Deus não faz! Estas são “leis” estabelecidas que ninguém pode quebrar!
Destarte, quem tem, por exemplo, de organizar as programações litúrgicas da Igreja, providenciar aquisição de som, bancos, material de limpeza, reformas, pagamento das contas de energia, prestações, material da Escola Dominical, providenciar os ajustes do templo etc., são os que estão à frente do trabalho. O Espírito de Deus estará atuando na área que lhe compete biblicamente falando, acompanhando no aspecto espiritual, evangelístico etc.
Ainda, diga-se, que planejar/replanejar não é prevê o futuro e nem ficar ansioso com o dia de amanhã. Não. Planejar/replanejar é se predispor a refletir como poderá ser tal coisa dentro das limites e condições que tivermos e possuirmos. Só isso! Planejamento/replanejamento é sinônimo de predisposição (disposição prévia) para pensar como vai ou pode fazer alguma coisa que nos compete.
Quem não se planeja/replaneja, mostra que não está a fim de fazer a mínima reflexão que seja no sentido de dar o mínimo de rumo às suas coisas e responsabilidades.
Agora, por óbvio, quanto mais planejamos/replanejamos, com certeza maior se torna a possibilidade das coisas darem certo; maior é a possibilidade de sucesso de nosso trabalho; menos erros acontecerão. É bem verdade que nem tudo que planejamos/replanejamos dá certo; algumas coisas necessitam de mais ou menos ajustes no decorrer da execução. Mas isso é peculiar à vida humana! É muito melhor as coisas não darem certo dentro de um planejamento/replanejamento, do que fora.
A falta de planejamento/replanejamento gera estresse, incertezas, fofocas, prejuízos, inimizades etc. Já a existência gera visão, visão de águia, visão do Reino, possibilidade maior de vitórias. Pense nisso!
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