sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

VACINA COVID-19 EM CRIANÇAS: UMA REALIDADE.

VACINA COVID-19 EM CRIANÇAS: UMA REALIDADE




  Por Jarbas de Ataide


         A vacinação em massa no Brasil já completou quase meio século (49 anos), sendo anterior à criação do SUS. Idealizada pelo Médico Sanitarista Osvaldo Cruz, quando criou o combate à varíola no R.de Janeiro (1904), marco esse que completou 118 anos. Essa medida levou a protestos, na chamada “Revolta da Vacina”. O conflito gerou mortos e feridos e a obrigatoriedade da vacina foi revogada.

       Como consequencia da revogação seguiu-se uma epidemia da doença, o que levou a milhares de vítimas. Parece que essa situação agora se repete com a discussão da vacinação de crianças contra a Covid-19.

       Em 1973 foi criado o Programa Nacional de Imunizações-PNI, “responsável pela política nacional de imunizações, tendo como missão reduzir a morbimortalidade por doenças imunopreveníveis, com fortalecimento de ações integradas de vigilância em saúde para promoção, proteção e prevenção em saúde...”. 

      Trata-se de uma politica de inclusão social, na medida que assiste todas as pessoas, em todos os recantos do país, sem distinção de qualquer natureza.

      Hoje, com a pandemia da Covid-19 essas garantias ficaram um tanto abaladas por diversos fatores que extrapolaram a esfera da saúde e da ciência, passando a ser uma discussão da população.

     Antes o que era decidido nos bastidores das instituições e pelos técnicos e cientistas, hoje, se transformou em algo mais democrático, com a instalação de Audiência Pública para ouvir a opinião e visão da sociedade. No caso da Covid-19 foi realizada pelo Ministério da Saúde-MS, dia 04.12.2022, a audiência pública para discutir a vacinação de crianças de 5 a 11anos.

       Essa recomendação foi aprovada pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde 16.12.2021, mas ainda não autorizada pelo MS. Contudo, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já se antecipou e informou que as doses pediátricas da vacina anti-Covid chegarão ao Brasil na segunda quinzena de janeiro/22, dizendo “que a vacina estará disponível para os pais que queiram imunizar seus filhos”.

      Para a Sociedade Brasileira de Pediatria-SBP, a FIOCRUZ e para outros especialistas, a vacinações das crianças é essencial, visando conter a pandemia e, também, para proteger as crianças diante do surgimento de novas cepas, bem como para garantia de segurança no retorno escolar presencial. A variante Omicron atinge mais os não vacinados, conforme a FIOCRUZ.

     Mesmo com proporções de agravamento inferiores aos adultos, as crianças também adoecem de Covid-19, “são veículos de transmissão e podem desenvolver formas graves (como A Síndrome Inflamatória Aguda Grave) e até evoluírem para o óbito”. A Anvisa autorizou a vacina Pfizer para uso infantil.

     Nos USA já foram imunizadas mais de 6,5 milhões de crianças, o que já está acontecendo em 16 países.

     Em nota conjunta a SBP e Sociedade de Cardiologia-SBC se posicionaram a favor da vacinação de crianças de 5 a 11 anos, mesmo as portadoras de cardiopatias. “Os benefícios nessa faixa etária superam os eventuais riscos..., que são semelhantes aos que acontecem com inúmeras outras vacinas”. 

     As vacinas atuais, que fazem parte do PNI, são: Hepatite B 2ª dose ( 1 mês); Tetravalente-DPT + Hib ( 2 meses); Poliomielite oral-2ª dose( 4 meses); Tetravalente-DPT + Hib ( 6 meses); Febre Amarela (9 meses); Tríplice viral- SRC ( 12 meses); Poliomielite oral (15 meses); Febre Amarela (10 anos).

    A inclusão de vacinas no PNI não é novidade, o que pode ser demonstrado com a introdução de novas vacina no calendário, a partir de 2019. Para crianças com 4 anos: 2º reforço da DPT (incluído a Polivalente); Poliomielite-2º reforço (VOP); Varicela- 1ª dose; Influenza- 1 ou 2 doses anuais. Para crianças de 9 a 14 anos: HPV- 2 doses; Meningocócica C – reforço ou dose única. Fonte: PNI e Nota da SBP.  JARBAS ATAÍDE, 03,01.22.    

 

 


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