Pioneiro, ex-vereador de Macapá, escritor e decano da Maçonaria amapaense, fez a passagem no dia 1ª/11, aos 92 anos
O pioneiro de Macapá, ex-vereador da capital amapaense, empresário, escritor e decano da Maçonaria do Amapá, Juvenal Salgado Canto, faleceu hoje (1), aos 92 anos, de insuficiência respiratória.
Juvenal Salgado Canto nasceu no município de Juruti (PA), em 22 de abril de 1930. No final dos anos 40, migrou para Macapá, capital do então Território Federal do Amapá, criado recentemente e que, na época, oferecia oportunidade para trabalhadores vindos de todos os rincões brasileiros. Começou a trabalhar como funcionário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e depois por conta própria, tornando-se um dos primeiros chauffeures (motoristas de táxi) da cidade.
Em 1950 casou-se com a professora Sol Elarrat Canto, com quem viria a ter quatro filhos homens e uma filha, adotiva. Fundou e foi o primeiro presidente da União dos Motoristas do Amapá, tendo lançado a pedra fundamental e construído a sede própria da categoria.
Com o decorrer do tempo tornou-se um empresário muito bem-sucedido nas áreas do comércio, comunicação, autoescola, olaria, criação de gado, serviços, etc.
Juvenal entrou na carreira política e foi vereador atuante na Câmara de Vereadores de Macapá por dez anos (uma legislatura de quatro anos e outra de seis, no período de mudança das datas de eleição, 1978-1988).
Pertenceu à Loja Maçônica Duque de Caxias Nº 01 – Macapá-AP, filiada à Grande Loja do Amapá, onde foi iniciado em 30 de julho de 1955, fez sua elevação em 11 de março de 1956 e foi exaltado como M.: M.: em 30 de junho de 1956.
Juvenal foi Venerável Mestre da Loja Maçônica Duque de Caxias nº 1, no período de 2011 a 2013. Em 2014, ele foi eleito para a cadeira nº 33 da Academia Amapaense Maçônica de Letras, cujo patrono no Silogeu é Hermes da Fonseca.
Ele escreveu os livros “A Ferra na Marreca” e “Do filete d’água ao mar – Viagens Memoriais e Imaginárias de um Ribeirinho Amazônico”.
Até pouco tempo, Juvenal ainda vivia rodeado de amigos e parentes, exercitando o seu talento como cantor e tocador de violão. Sempre com muita alegria, bons papos e uma boa cachaça.
Fui apresentado a ele pelo seu sobrinho e meu amigo Fernando Canto. Naquela noite, bebemos cachaça e comemos uma farofa de piracuí preparada por ele, lá no Bar da Maria, no centro de Macapá.
Juvenal foi/é, um cara porreta. Ele deixa um legado de como viver feliz. Minhas sinceras condolências aos familiares e amigos enlutados pela passagem dele.
*Com informações de Fernando Canto.
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