domingo, 6 de novembro de 2022

TRANSTORNO DO ESTRESSE PÓS-ELEITORAL: COMO LIDAR?

 


TRANSTORNO DO ESTRESSE PÓS-ELEITORAL: COMO LIDAR?

 


Por Jarbas de Ataíde

            Há 8 anos, em julho de 2014, em um artigo sobre o cérebro e fatores  estressantes”, concluí que: “ Ter um estado de espírito otimista diante da vida, boas relações interpessoais e comportamentos mais prudentes desacelera...a mente das conturbações e cobranças do cotidiano,.... contribuem para a sobrevida e a longevidade”. 

          O processo eleitoral é sempre desgastante e conturbado, afetando toda a sociedade e, principalmente, os eleitores, que colocam confiança em seus candidatos. A mídia, as informações digitais e as fak news dominaram as eleições, mais do que as propostas. O resultado das eleições, também provoca frustação e decepção em milhares de eleitores.     

         Diante do mundo midiático e digital, as decepções do pleito passaram da Síndrome do Pensamento Acelerado (A. Cury), que nos deixa apreensivo e cansados, para a Síndrome do Estresse Pós-Eleitoral-TEPE (Stevem Stosny), afetando as emoções, pensamentos e o padrão de vida.     

        O cérebro responde às emoções positivas e aos estressores negativos. Nossa mente sofre influência do meio, das percepções e estímulos externos, os quais vão influenciar e desencadear respostas no Sistema Nervoso Central(SNC).

        Estamos há anos observando essas reações dos eleitores, que vendo seu “candidato escolhido perder ou ser levado para mais um turno de forma inesperada – sejam por falsas expectativas ou uma disputa muito acirrada”, apresentam “um fator de risco que pode piorar a saúde mental dos eleitores”.

       Já existem pesquisas americanas, que avaliaram 500 mil eleitores nas eleições de 2016, que alertou para o fato de afetar a saúde, criando uma “situação mental de angustia e ansiedade”. Um deles  foi realizado pelas universidades e publicados no Journal General Internal of Medicine, indicando que os eleitores do candidato perdedor são mais propensos a” uma piora imediata na saúde mental”

      No Brasil, essa reação de estresse “já foi sentida pelos brasileiros em 2018 com a polarização das eleições” e “o agravamento observado durante o processo deste ano [2022] deve se agravar após o resultado...” do 1º turno e ainda mais agora com o termino do 2º turno. Segundo a Ass. Americana de Psicologia, um índice de estresse de 81% nos adultos nos EUA, foi decorrente da expectativa do futuro político da nação.

      Reações emocionais extremas de ansiedade, angustia e raiva foram observadas durante as eleições de 2022, (Rodrigo Huguet, Ass. Mineira de Psiquiatria), devido a intensa polarização de discussão ideológica e até espiritual, gerando intensas descargas emocionais e sentimentais. Quando se prolonga, podem desencadear sofrimento, interferindo na qualidade de vida e até distúrbios psicossomáticos.

      Esse TEPE, se manifesta com sintomas físicos e emocionais, decorrentes do estresse crônico, como:” dor de cabeça, distúrbios gastrintestinais, medo, hipervigilância, ansiedade, preocupação extrema, insônia, isolamento social, raiva e depressão, além de obsessão com atualizações e notícias”.  

     Caso aconteça essa situação com você, como estamos observando em muitas pessoas, o ideal é procurar ajuda médica, pois o TEPE gera desconforto, descrença, pensamento negativista, impotência, isolamento social, timidez, medo de retaliações ou excitação mental exagerada, com explosões de raiva e até agressão infundada.

     Mas qual é a estratégia para lidar com essa situação?  Além de procura um profissional capaz de orientar,  pensar que essa perda não será o” fim do Brasil” e nem a “demonização do mundo”; que a alternância do poder faz parte do processo democrático; que a cada 4 anos ocorre novas eleições; buscar informações confiáveis e não apegar-se nas fake news  (noticias falsas), muito presentes nessa eleição.

     Outras formas de convívio é buscar não se isolar, observar alterações no corpo e no pensamento, buscando envolver-se em assuntos que tem mais conhecimento e domínio e estabelecer uma rotina em relação às redes sociais, melhorando sua empatia e relacionamento com as pessoas. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrio/2022/10/transtorno-do-estresse-pos-eleitoral-e-mais-intenso-apos-frustracoes-politicas-veja-como-lidar.shtml . JARBAS ATAÍDE, 1.11.2022. 

 

 

 

 

 

     

     

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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