sábado, 25 de novembro de 2017

Pioneirismo


É uma honra para a nossa família ter uma escola com o nome do nosso pai que sempre lutou muito para a educação da comunidades rurais e Quilombolas. Professor Alci Jackson Soares da Silva


Professor Antônio Figueiredo da Silva (in memoriam *1933 – +2004)

Reinaldo Coelho

Esta semana, dedicada a Consciência Negra, a editoria de pioneirismo tinha um leque de personagens negras que atuaram nesse rincão Tucuju em benefício do desenvolvimento do Amapá, porém, encontramos um cidadão que muito fez pela educação nas localidades rurais Quilombolas do Amapá e que tem sua origem traçada por outro pioneiro da educação amapaense – o professor Glicério de Souza Figueiredo, que foi o escavador para ser assentado o alicerce da educação no recém criado Território Federal do Amapá, que se apresentava com uma imagem severa e carrancuda, porém, era a simpatia em pessoa, rígido em suas convicções e exigente na aplicação do ensino-aprendizado, mas fazia seus educandos aprenderem a ler e escrever e se tornarem cidadãs de bem. Pedalando sua bicicleta ia vinha para as escolas onde foi designado Mestre, esse DNA de educador e de pessoa correta passou de pais para filhos, e hoje Glicério e Antônio tem um representante atuante na Educação do Amapá, e no atendimento e melhoria para os negros do Amapá, professor Alci Jackson Soares da Silva, escritor e grande defensor da educação quilombola.

O professor Antônio Figueiredo da Silva recebeu uma homenagem do Estado, tornando-se patrono de uma Escola Estadual, na Zona Rural de Macapá, zona preferida para atuar na carreira do Magistério, principalmente nas Comunidades Quilombolas. A escola está sediada na Rodovia Macapá Jari Km 21, nº 1077, Conjunto Torrão do Matapi.
“É uma honra para a nossa família ter uma escola com o nome do nosso pai que sempre lutou muito para a educação da comunidades rurais e Quilombolas”, declarou o professor Alci Jackson Soares da Silva.
O nosso pioneiro da semana, Antônio Figueiredo da Silva, era filho do Senhor Glicério de Souza Figueiredo e Euflávia Figueiredo. Desempenhou as suas funções como professor do ensino público do Amapá, mais precisamente na zona rural do município de Macapá (Capital), onde dedicou 31 anos de sua vida atendendo de forma direta as comunidades quilombolas deste Estado.

Alci Jackson Soares da Silva - professor e escritor

Casou-se com a portuguesa Celina Maria Soares da Silva, com quem teve oito filhos. Sendo que um destes faleceu nos primeiros dias de vida. Dessa união nasceram três meninas e quatro meninos. Estes sendo: Maria Selma, José Haroldo, Maria Suely, Sandra Maria, Almir Soares, Antônio do Socorro e Alci Jackson Soares da Silva.
Antônio e Celina Maria adotaram mais três crianças: Reginaldo Pereira Pinheiro, Rosemary dos Santos e André Soares, este último neto.
Por ser nativo dessas terras sabia o quanto era importante a educação escolar para essas regiões. Ferrenho e determinado na sua concepção educacional o professor Antônio Figueiredo não media esforços para que as pessoas que viviam na zona rural do Amapá tivesse a educação didática pedagógica.
Foi professor, supervisor regional e em sua última função de geo-educador coordenava todas as escolas estaduais da zona rural do Município de Macapá.  Onde se concentra a maior parte das Comunidades Quilombolas do Amapá.
Por onde passou fez amizades, com seu jeito simples, educado e carinhoso de tratar as pessoas, independentemente da sua estratificação social. Fez parte da formação educacional de muitos amapaenses. E, com certeza, deixou uma enorme lacuna na educação rural do nosso Estado.
Uma homenagem do professor Jackson da Silva a sua mãe e esposa de Antônio Figueiredo da Silva e também uma educadora familiar ímpar, Celina da Silva, portuguesa com certeza, mas amapaense ferrenha.

“Sua bênção minha Mãe. Essa é a minha mãe! D. Celina, portuguesa de nascença. Sei o quanto fizestes para nos ver criados, formados. Da sua labuta e perseverança em não desistir, mesmo o vento soprando contra. Conseguistes junto ao nosso querido Pai (in memoriam) dar conta da sua missão de mãe. Pois, fostes autodidata e, sem dúvida alguma a melhor educadora, psicóloga, mestra na arte de nos conduzir pelo caminho do bem. Sou o que sou porque tive espelhos, exemplos. Exemplos de honestidade, perseverança, determinação e acima de tudo as suas palavras, os seus conselhos. Falar que te amo, sem dúvida é muito pouco para externar o meu e os sentimentos de meus irmãos. Neste dia quero te desejar muitas felicidades, saúde e que Deus sempre te proteja e te ilumine. Um abraço bem apertado minha Mãe”.

Um comentário:

  1. Muito orgulho por fazer parte desta família linda e abençoada 🙌
    Márcia Soares
    Neta.

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