É uma honra para a nossa família ter uma
escola com o nome do nosso pai que sempre lutou muito para a educação da
comunidades rurais e Quilombolas. Professor Alci Jackson Soares da Silva
Professor Antônio Figueiredo da Silva (in memoriam *1933
– +2004)
Reinaldo Coelho
Esta semana, dedicada a Consciência Negra, a
editoria de pioneirismo tinha um leque de personagens negras que atuaram nesse
rincão Tucuju em benefício do desenvolvimento do Amapá, porém, encontramos um
cidadão que muito fez pela educação nas localidades rurais Quilombolas do Amapá
e que tem sua origem traçada por outro pioneiro da educação amapaense – o
professor Glicério de Souza Figueiredo, que foi o escavador para ser assentado
o alicerce da educação no recém criado Território Federal do Amapá, que se
apresentava com uma imagem severa e carrancuda, porém, era a simpatia em
pessoa, rígido em suas convicções e exigente na aplicação do
ensino-aprendizado, mas fazia seus educandos aprenderem a ler e escrever e se
tornarem cidadãs de bem. Pedalando sua bicicleta ia vinha para as escolas onde
foi designado Mestre, esse DNA de educador e de pessoa correta passou de pais
para filhos, e hoje Glicério e Antônio tem um representante atuante na Educação
do Amapá, e no atendimento e melhoria para os negros do Amapá, professor Alci
Jackson Soares da Silva, escritor e grande defensor da educação quilombola.
O professor Antônio Figueiredo da Silva recebeu
uma homenagem do Estado, tornando-se patrono de uma Escola Estadual, na Zona
Rural de Macapá, zona preferida para atuar na carreira do Magistério,
principalmente nas Comunidades Quilombolas. A escola está sediada na Rodovia
Macapá Jari Km 21, nº 1077, Conjunto Torrão do Matapi.
“É uma honra para a nossa família ter uma
escola com o nome do nosso pai que sempre lutou muito para a educação da comunidades
rurais e Quilombolas”, declarou o professor Alci Jackson Soares da Silva.
O nosso pioneiro da semana, Antônio
Figueiredo da Silva, era filho do Senhor Glicério de Souza Figueiredo e
Euflávia Figueiredo. Desempenhou as suas funções como professor do ensino
público do Amapá, mais precisamente na zona rural do município de Macapá
(Capital), onde dedicou 31 anos de sua vida atendendo de forma direta as
comunidades quilombolas deste Estado.
Alci Jackson Soares da Silva - professor e escritor |
Casou-se com a portuguesa Celina Maria Soares
da Silva, com quem teve oito filhos. Sendo que um destes faleceu nos primeiros
dias de vida. Dessa união nasceram três meninas e quatro meninos. Estes sendo:
Maria Selma, José Haroldo, Maria Suely, Sandra Maria, Almir Soares, Antônio do
Socorro e Alci Jackson Soares da Silva.
Antônio e Celina Maria adotaram mais três
crianças: Reginaldo Pereira Pinheiro, Rosemary dos Santos e André Soares, este
último neto.
Por ser nativo dessas terras sabia o quanto
era importante a educação escolar para essas regiões. Ferrenho e determinado na
sua concepção educacional o professor Antônio Figueiredo não media esforços
para que as pessoas que viviam na zona rural do Amapá tivesse a educação
didática pedagógica.
Foi professor, supervisor regional e em sua
última função de geo-educador coordenava todas as escolas estaduais da zona
rural do Município de Macapá. Onde se
concentra a maior parte das Comunidades Quilombolas do Amapá.
Por onde passou fez amizades, com seu jeito
simples, educado e carinhoso de tratar as pessoas, independentemente da sua
estratificação social. Fez parte da formação educacional de muitos amapaenses.
E, com certeza, deixou uma enorme lacuna na educação rural do nosso Estado.
Uma homenagem do professor Jackson da Silva a
sua mãe e esposa de Antônio Figueiredo da Silva e também uma educadora familiar
ímpar, Celina da Silva, portuguesa com certeza, mas amapaense ferrenha.
“Sua bênção minha Mãe. Essa é a minha mãe! D.
Celina, portuguesa de nascença. Sei o quanto fizestes para nos ver criados,
formados. Da sua labuta e perseverança em não desistir, mesmo o vento soprando
contra. Conseguistes junto ao nosso querido Pai (in memoriam) dar conta da sua
missão de mãe. Pois, fostes autodidata e, sem dúvida alguma a melhor educadora,
psicóloga, mestra na arte de nos conduzir pelo caminho do bem. Sou o que sou
porque tive espelhos, exemplos. Exemplos de honestidade, perseverança,
determinação e acima de tudo as suas palavras, os seus conselhos. Falar que te
amo, sem dúvida é muito pouco para externar o meu e os sentimentos de meus
irmãos. Neste dia quero te desejar muitas felicidades, saúde e que Deus sempre
te proteja e te ilumine. Um abraço bem apertado minha Mãe”.
Muito orgulho por fazer parte desta família linda e abençoada 🙌
ResponderExcluirMárcia Soares
Neta.