Segundo matéria publicada recentemente pelo jornal Tribuna do Pará, o Estado do Amapá, está entre às dez unidades da federação com maior circulação de Óxi. A droga já se espalhou para outras capitais da região Norte, como Manaus (Amazonas), Belém (Pará) e Porto Velho (Rondônia). Nos últimos meses, houve apreensões e registros de usuários em Goiás, Distrito Federal, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Piauí.
Há poucos dias, foi registrado à primeira vítima fatal da droga no Amapá. Dia 10 de junho, uma jovem de 20 anos, deu entrada no Hospital de Emergência com à pele do corpo roxa e já com morte cerebral diagnosticada. Mesmo com o esforço dos médicos, não foi possível reverter aos danos provocados pela droga. A jovem ainda passou internada por uma semana até que o coração parasse. A própria família da vítima teria informado aos médicos, que ela era usuária de Crack e depois passou à consumir o Óxi.
Sòmente durante o período de internação da jovem no Hospital de Emergência, foram realizadas duas apreensões da droga no Estado. No dia 13 de junho, no bairro Novo Horizonte, dois homens foram presos pelos agentes da Delegacia Especializada de Tóxicos e Entorpecentes (DTE). Durante a operação, à polícia encontrou drogas, material de preparo e munição, em duas residências. Os agentes da DTE, flagraram os acusados com 29 papelotes de Óxi, Após à prisão, foram realizadas buscas em uma segunda residência. Lá, os policiais descobriram, aproximadamente, um quilo de Óxi e mais quatro porções da droga, pesando quase 12 gramas, cada.
Pouco antes dessa ação, à polícia que já havia realizado à operação “Águia Norte”, deu cumprimento a onze mandados de busca e apreensão nos bairros Jardim Felicidade II e Novo Horizonte. Nessa operação, um quilo de Óxi foi apreendido e quatro pessoas foram presas em flagrante.
De acordo com informações de servidores da Polícia Técnica- Cientifica do Estado (Politec), à quantidade de droga apreendida no Estado, no primeiro semestre de 2011, já é superior a toda à droga apreendida em 2010. Tanto as policias civil e militar, como à policia federal, têm realizado constantes apreensões de ´´Oxi e Crack, em Macapá e em Santana. Porém, o comércio dessas drogas avançou tanto, que à mais recente apreensão aconteceu no município de Mazagão, envolvendo uma dona de casa.
De acordo com informações de servidores da Polícia Técnica- Cientifica do Estado (Politec), à quantidade de droga apreendida no Estado, no primeiro semestre de 2011, já é superior a toda à droga apreendida em 2010. Tanto as policias civil e militar, como à policia federal, têm realizado constantes apreensões de ´´Oxi e Crack, em Macapá e em Santana. Porém, o comércio dessas drogas avançou tanto, que à mais recente apreensão aconteceu no município de Mazagão, envolvendo uma dona de casa.
Óxi e Crack
Desde à década de 1980, distante dos grandes centros brasileiros, o estado do Acre, convive com à destruição produzida pelo Óxi, que é uma mistura de pasta-base de cocaína, querosene e cal virgem, mais devastadora do que o temível Crack. A droga, vendida no formato de pedra, ao valor médio de 2 reais à unidade, já se popularizou na região Norte.
Ao menos duas características da droga, ajudam a explicar por que ela se espalha pelo país. A primeira, é seu potencial alucinógeno. Assim como o Crack, o Óxi pode estimular em um usuário, o dobro da euforia provocada pela cocaína. A segunda razão é seu preço. O crack não é uma droga cara, e o Óxi, é ainda mais barato.
Especialistas afirmam que, o lado mais assustador do Óxi, talvez seja à carência de dados sobre seu alcance no território brasileiro. Quem se debruça sobre o assunto, avalia que à droga atinge todas as classes sociais. Também faltam estudos científicos sobre sua ação sobre o ser humano. Por ora, sabe-se que, por causa da composição mais "suja", formada por elementos químicos agressivos, ela afeta o organismo mais rapidamente.
Reação por parte do Estado
Além das diversas apreensões de droga e prisões de traficantes, o Estado inaugurou no último dia 8 de junho, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS AD). O Centro, que estava desativado há aproximadamente seis meses no Amapá, é uma instituição onde usuários de drogas procuram tratamento.
O Caps, oferece atendimentos nas áreas de psiquiatria, psicologia, enfermagem, massoterapia, fisioterapia e técnica em enfermagem. São aproximadamente 15 profissionais que prestam atendimento aos pacientes em tratamento.
O serviço custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com contrapartida do governo do Estado, tem capacidade de atender até 250 pacientes por dia, o equivalente à mil atendimentos por mês. Em menos de um mês de funcionamento, cerca de sessenta usuários de drogas já procuraram, voluntariamente, ajuda para tratamento. São jovens e adultos, entre eles servidores públicos, profissionais liberais e empresários, vítimas das drogas.
O serviço custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com contrapartida do governo do Estado, tem capacidade de atender até 250 pacientes por dia, o equivalente à mil atendimentos por mês. Em menos de um mês de funcionamento, cerca de sessenta usuários de drogas já procuraram, voluntariamente, ajuda para tratamento. São jovens e adultos, entre eles servidores públicos, profissionais liberais e empresários, vítimas das drogas.
Alex Johnny Tavares, coordenador do “CAPS AD -Espaço Acolher”, afirma que o programa está apenas começando. “Serão implantados outros CAP, inclusive com atendimento diretos nos bairros. “ Vamos diretamente à comunidade oferecer atendimento para as pessoas vítimas das drogas”, diz Alex. A Sesa vai executar o projeto denominado “Consultório de Rua”, que consiste na abordagem de usuários e dependentes de álcool e drogas, que estejam em situação de extrema vulnerabilidade. Os profissionais de saúde, lotados no CAPS-AD, farão visitas nos locais onde esses dependentes costumam freqüentar, para obter álcool ou drogas com maior facilidade.
Audiência Pública
O tráfico e o consumo de drogas no Estado, foi tema da última audiência pública realizada dia 30, na Assembléia Legislativa do Estado, antes do recesso parlamentar. O evento, contou com à participação dos deputados federais, Evandro Milhomen (PCdoB/AP), Fátima Pelaes (PMDB) e Givaldo Carimbão (PSB), integrantes da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas da Câmara dos Deputados.
Segundo Milhomen, todas às ações realizadas, devem contribuir para à elaboração de um relatório que contenha propostas de políticas públicas, para o enfretamento das drogas ilícitas. O documento será apresentado em Brasília, durante audiência pública, que definirá, ainda, um plano de trabalho que aborde os temas: prevenção, tratamento e acolhimento, reinserção social, repressão ao tráfico e legislação.
O parlamentar afirmou, que à audiência ajudou a dimensionar à gravidade do problema no Amapá. “Essas vivências, e as informações que estamos colhendo, estão sendo de extrema importância, pois serão a base para à elaboração das iniciativas no enfrentamento do problema”. Analisou Milhomem.
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