Amapá reduz número de óbitos
No balanço realizado pela Agência Nacional de Vigilância em Saúde Pública, no primeiro semestre de 2011, sobre os casos graves de dengue, foi confirmada uma queda de 45%, em comparação ao mesmo período de 2010.
De janeiro ao início de julho de 2011, foram confirmados 8.102 casos graves da doença, contra 14.685 no primeiro semestre de 2010. Os dados constam no balanço do primeiro semestre de 2011, divulgados dia seis, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pelo secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
As regiões Sudeste e Nordeste concentram o maior número de mortes confirmadas. A maior incidência de óbitos (70%) ocorreu nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Bahia, além do Amazonas (região Norte).
Por outro lado, nos estados de Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Piauí, Paraíba, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, houve uma redução significativa no número de mortes, em comparação com 2010.
No Amapá, mais especificamente em Macapá esses números foram conseguidos graças à mobilização que aconteceu quando houve o agravamento das notificações dos números de casos de dengue no inicio do ano.
Por ser um período chuvoso a tendência foi crescer. As ações de combate a dengue no Estado, principalmente em Macapá teve uma parceria com governo do Estado, que entrou com os insumos. Para o chefe da coordenadoria municipal epidemiológica, Natanael dos Santos Gama, essa parceria vem funcionando precariamente, pois o município tem a maior parte da responsabilidade no combate a Dengue. “Sabemos que cada uma das três esferas tem sua responsabilidade. O Estado participou com alguns insumos no inicio, mais temos ainda deficiências, caso do INS1 que hoje apenas a Unidade de Saúde Marcelo Cândia tem implantado, e que deveria ter acontecido em todos os hospitais da rede pública.”
O coordenador também se referiu quando a questão da sorologia que está implantada somente no Laboratório do Congóis, apenas ambulatorial, quanto todo o Estado é atendido pelo Laboratório Central (Lacen).
“O município de Macapá vem realizando seu trabalho está queda nos óbitos e o aumento das notificações não diz que estamos vencendo a Dengue, pois é natural que no primeiro semestre tenha o aumento, motivado pelo tempo chuvoso e nos segundo a queda pelo verão. Não temos de descuidar e a população se conscientizar que o criadouro está nos lixos domésticos. Precisamos limpar e manter limpa a cidade para que em 2012 esses números diminuem mais ainda. Temos muito serviço pela frente.” Finaliza o coordenador
No Brasil
O número de mortes pela doença no Brasil sofreu uma redução de 44% em comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro até agora, foram confirmados 310 óbitos, sendo que no mesmo período do ano passado foram 554 casos. A maior dos casos graves confirmados (57%) está concentrada nas regiões Sudeste e Nordeste, nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Ceará.
O ministro da Saúde atribui a queda no número de casos graves à organização da rede pública de saúde em todo o país, a ampliação no fluxo de atendimento e, sobretudo, ao diagnóstico precoce. “Contribuíram para essa redução o esforço dos profissionais de saúde e o controle dos focos do mosquito pelas equipes de vigilância”, afirmou Padilha.
Embora o ministério tenha atingido a meta de reduzir os casos de dengue, o fato não significa que as ações devam ser amenizadas. O secretário Jarbas Barbosa destacou a importância das ações das secretarias estaduais e municipais no combate à doença no país. “O grande desafio foi a idéia de integrar o combate ao mosquito com ações de saúde e vigilância”, reforçou.
No início deste ano foi publicada a portaria 104/2011, que estabeleceu a obrigatoriedade da notificação imediata dos casos graves e óbitos por dengue pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. O sistema mais sensível permitiu a orientação da assistência nos estados e municípios com informações em tempo adequado.
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