O exemplo positivo de Parintins: a cultura como instrumento de avanço social
O município de Parintins, no Estado do Amazonas, tem cerca de cem mil habitantes e fica
à margem direita do majestoso Rio Amazonas. Há quarenta e seis anos realiza o festival
folclórico de Parintins em que os bois bumbás Garantido e Caprichoso se apresentam num
espetáculo empolgante. Há dezessete anos esse espetáculo passou a ser realizado na arena
do bumbódromo, local com capacidade para trinta e cinco mil pessoas. São três noites de casa
cheia. Turistas e nativos se misturam no intraduzível espetáculo cultural.
Os investimentos no espetáculo são altíssimos. O Governo do Estado do Amazonas fomenta o
espetáculo com a cifra de um milhão e meio. A cola-cola e o Bradesco, juntos, investem quatro
milhões. A natura, volvo, vivo e outros menos cotados completam o vultoso investimento.
Três mil empregos diretos são gerados durante o evento. A Prefeitura se encarrega da infra-
estrutura da cidade. Há milhares de micro-empreendedores que tem a missão de abastecer o
mercado com variados produtos do evento.
A cidade Garantido, nome da quadra de ensaio do Boi Garantido, comporta aproximadamente
dez mil pessoas, número que bateu no teto durante a festa do título. A cervejaria Kaiser
colocou quatro carretas de chope para garantir o evento. A Rede Bandeirante de televisão
cobriu tudo, inclusive a apuração. Um espetáculo monumental que, sem dúvida, guardadas as
proporções, rivaliza com o carnaval carioca.
Durante o festival folclórico de Parintins não se observa nenhum membro da imprensa,
do governo, da sociedade civil, da igreja, dizendo que o Estado do Amazonas não tem
que investir em boi bumbá e que os bois tem que “andar com suas próprias patas” e não
se valer do dinheiro público. Interessante. Se o boi bumbá fosse realizado no Estado do
Amapá certamente não cresceria como cresceu no pequeno município amazonense porque
encontraria intransponíveis muros da moral postulando para que o Estado não investisse em
cultura, porquanto, além de retirar investimentos da saúde, da educação e da segurança,
estimularia vagabundos a viver nas “tetas do papai governo”.
Exemplo disso é o carnaval. Aqui o carnaval é um grande espetáculo, gera emprega e renda,
promove inclusão social, incentiva o turismo, incrementa a cultura, enfim, mas alguns
iluminados insistem em desestimular o governo a fazer investimentos no evento, formulando,
com suas cabeças ocas, que as escolas de samba tem que “andar com as próprias pernas” e
que o Estado deveria se afastar da organização. Uma pena! Se se pensasse como o caboclo
parintinense a cultura já teria contribuído de forma mais efetiva para o desenvolvimento do
Estado.
O problema é que aqui na terra do equinócio tem alguns lampadinhas que a primeira
manifestação do governo em fomentar a cultura como instrumento de desenvolvimento
social, logo insistem em pedir prestação de contas e a “orientar” que se deixe as entidades
culturais “andar com as próprias pernas”, isto, é sem qualquer investimento público.
Quem não falar assim não é paladino da moral e isso é charmoso. São, na verdade, uns
bobalhões de galocha que pensam menos que um caboclo sitiado na selva amazônica que
com sua humildade franciscana consegue ver na cultura uma verdadeira ferramenta de desenvolvimento sustentável.
Parintins acena para todo o mundo que fomentar a cultura é, de fato, um grande passo
para um projeto de nação, como dizia Leonardo Brant em sua obra “O Poder da Cultura”.
Realmente, lá se observa uma sociedade atenta para seus valores, melhores indivíduos,
grandes empreendedores. Aqui no Meio do Mundo, por enquanto, vamos perdendo de
zero. Não tem governo, não tem sociedade civil, não tem imprensa, não tem empresas,
não tem indivíduos, sorvendo a experiência de fazer da cultura um instrumento saudável
de desenvolvimento sustentável. Aqui, na cultura, ainda se come caroço de pupunha que,
segundo a sabedoria popular, reduz a capacidade de raciocínio ou a insossa bisteca de Zé
Miguel, filosofia “sumana” que orienta que em tempos de crise quem deve morrer é a cultura.
Salve Parintins!
RABISCOSa
Evandro Gama foi nocauteado por forças ocultas e pediu o boné. Disse que aqui tem uma imprensa que persegue e desestimula. Lula, quando apertado, falava a mesma coisa. Só não entregava o boné////O estranho foi O Gov. Camilo aceitar sua saída como se aceita a saída de um ponteiro esquerdo. Fez cara de quem não fará falta. Pra lá////Prefeito Roberto Góes anuncia mais investimentos em asfalto. Agora vai. Do Palácio do Governo não espera mais nada. E tome mudança...////Será que o Governo ainda insistirá em não renovar o contrato da LMS e trilhará pelo caminho tortuoso dos caixas escolares? Duvido.//// Mais um chute
na cultura. Mandaram parar o evento da FEFAP. Estava perturbando o sono reparador do “Homem”. A Polícia Ambiental cumpriu missão e mandou parar o evento. Como diz o Carlos Bezerra: Ditadura é quando tu mandas, democracia é quando eu mando. Já pensou se o Barcellos faz isso? Pode, Juvenal?////A Dan-Herbet, a maior fabricante de buraco retinho, bonitinho do mundo, tem mandado ver no Laguinho. É cada buraco. De novo: Prenda as máquinas Prefeito, casse os alvarás, enfim. Peia é com peia. Talião neles!!!.////E o Parque do Forte ainda é um lugar bonito? Não mais. Uma pena...////Seis meses de gestão e três secretários sucumbiram. Um por “piti” e dois por supostas práticas não republicanas. E tome mudança..////Mais uma Lobato: O cara pediu condenação em medida de segurança de seu cliente. Exame neles!!!////E o Secretário da cultura onde anda? Alguma quadrilha junina descontente. Não que é isso...Tudo “vida boa”////E o PDT hein, aquele partido da “oposição”, vai bem? Algum discurso inflamado, não? Ah! Somente a garganta. Tudo bem, entendi.////Domingo é clássico São José X Ypiranga. Prenúncio de casa cheia.////O Governador Camilo foi nocauteado no SINSEPEAP (é assim mesmo?) Parecia eleição para uma majoritária.
Dinheiro tem...////Moisés Souza não esconde de ninguém que já está traçando metas para o futuro. No trote, vai arrumando as garrafas ///// Roberto Góes me pergunta pelo festival junino. Espatifado, meu Chefe, muito espatifado////bye
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