O fim destas férias foi para mim algo penoso. Deixou-me triste dizer adeus à praia e à diversão despreocupada. Confesso que, ao longo desses dias, não ocupei minha mente com nada desconfortável ou desagradável, foram poucos os pensamentos dedicados à escola e aos desafios do último semestre.
Contudo, devo reconhecer que o retorno à rotina traz certos pontos interessantes. É momento, por exemplo, de se jogar de cabeça nas últimas preparações vestibulísticas, e sonhar mais intensamente com o futuro, com uma carreira brilhante, quase a ponto de tocá-los com as mãos.
Sei que nem todos os meus amigos leitores se encontram no marco decisivo da vida em que estou: a saída da escola rumo a um universo novo na faculdade. Mas, aqueles que padecem comigo, sabem bem de nossos estômagos gemedores e mentes fervilhantes. Pois bem, chegou o momento de voltar a isso.
Sei que nem todos os meus amigos leitores se encontram no marco decisivo da vida em que estou: a saída da escola rumo a um universo novo na faculdade. Mas, aqueles que padecem comigo, sabem bem de nossos estômagos gemedores e mentes fervilhantes. Pois bem, chegou o momento de voltar a isso.
É inevitável desesperar-se, ainda que silenciosamente. Admiro alguns seres evoluídos, que conseguem lidar numa boa com as provas e mastigar a concorrência. Mas acho que uma dose de agonia é fundamental no coquetel de outras drogas que acometem o vestibulando.
Além de experimentar tal agonia, há também algo maior com que devemos lidar: a escolha profissional. Ela é tão importante quanto, de fato, ingressar numa universidade. Pode-se até mudar as opções e transitar entre cursos e cursos ao longo da vida, mas tomar uma decisão, e prosseguir, é fundamental.
Além de experimentar tal agonia, há também algo maior com que devemos lidar: a escolha profissional. Ela é tão importante quanto, de fato, ingressar numa universidade. Pode-se até mudar as opções e transitar entre cursos e cursos ao longo da vida, mas tomar uma decisão, e prosseguir, é fundamental.
Há algum tempo, li um texto que dizia: "Ao escolher o que quer fazer da vida, opte por algo que lhe dê tesão". Sim, tesão. Tem que ter amor pela causa, sentir paixão, entregar-se totalmente... É assim que os melhores chegam ao topo: fazendo tudo com humilde excelência, porque fazem o que gostam.
Inspirada por tal frase, se alguém me perguntasse agora: "O que quer da vida?", eu diria sem vacilar: "Escritora!". Porque amo, como outros amam dentes, animais, aviões... Mas, inevitável, há temores, frustrações também. No Brasil hoje, assim como é triste viver de humor, também é triste viver de livro.
São tão poucos os que vingam... Poucos, comparados à quantidade de pessoas que desejou também vingar, crescer, brilhar, sem êxito. “E eu, será que um dia vou entrar nesta notória minoria?”. “E os outros, que não entraram, por quê? Será que não amaram seu sonho o suficiente para agarrá-lo?” Viver de sonho não é fácil... Mas é tão lindo sonhar!
Meus caros, se eu continuar falando só de temor, simplesmente esquecer os prós em favor dos contras, estarei pisando em cima de meus próprios ideais. Apesar de todas as dificuldades, ainda acredito que cada um deve cultivar e buscar suas metas, até mesmo as mais “impossíveis”. Se não der certo, paciência... De tudo se tira alguma experiência, e o nosso alvo, um dia alcançamos. Às vezes, o segredo é não mirar diretamente.
Assim, aos que enfrentam os mesmos dilemas que eu, elencados de modo tão tortinho ao longo deste texto-desabafo, só me resta dizer: entreguem seus sonhos a Jesus, acima de quaisquer empecilhos escolares, frustrações pessoais, fantasmas do mercado de trabalho ou grana escassa. Se o fizerem, nos encontraremos lá na frente, e apertaremos as mãos, como bons amigos integrantes da charmosa e notória minoria de verdadeiros vencedores! Eu tenho fé. Fiquem com Deus.
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