sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Desperta, ó tu que dormes!

Aline Colares

Há certo tempo tenho lido um livro o qual antes já havia ouvido muitos comentários bons acerca dele. Ele é bem direto quanto às realidades espirituais e muitas vezes precisamos disso para que nos despertemos do nosso sono profundo. O livro foi escrito por Richard Baxter, sendo publicado pela primeira vez em 1658 com o nome “A Call to the Uncorverted” (Um Chamado ao Não Convertido). Este foi reimpresso muitas vezes, na forma de torná-lo mais facilmente legível e compreensível ao nosso século. E foi isso que John Blanchard fez, revisando-o e publicando-o com o nome “Convite para Viver”. Apesar das modificações, o livro permanece essencialmente o mesmo, o autor original é do século dezessete e o presente autor do século vinte, entretanto, a mensagem permanece atual.
Passando rapidamente meus olhos nas páginas iniciais, onde nestas o autor faz uma breve introdução acerca do desprezo dado a Palavra de Deus, novamente veio à minha mente a responsabilidade que tenho diante de Deus em ter sido chamada para servi-Lo e também  lembrar dia após dia da missão em falar do Evangelho a tantas pessoas que precisam do Senhor, conhecê-Lo de fato e de verdade, obedecendo assim a Sua ordem de “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16: 15).
O nosso caminho é determinado através do nosso ponto de partida. Se você me perguntar do que se trata a vida cristã, direi que não é baseada em prodígios e sinais, mas é o poder de Deus que age sobre nossos corações, os transformando e santificando. A pergunta que devemos fazer a nós mesmos, não é em como conseguiremos vencer ou como poderemos ultrapassar os obstáculos com um número menor de arranhões, e sim pensarmos antes de tudo, em como podemos fazer a vontade de Deus a cada dia mais. Não importa em qual área estamos com dúvidas, seja esta espiritual, emocional, familiar ou profissional, a resposta sempre será Deus. Buscarmos novas alternativas para nos completarmos é a prova de que não conhecemos nem um pouco Deus.
O evangelho, pela maioria, sempre foi rejeitado, o céu não atrai e o inferno já não inspira medo. O que podemos fazer por homens que tratam a Palavra de Deus assim? Como diz John Blanchard “Não podemos fazer mais do que repetir a mensagem, e rogar-lhes que a aceite.” Como você se posiciona em relação a toda essa frieza e descaso espiritual que existe em nossos dias?  Qual é o rumo da sua vida? Você está muito envolvido com seus bens terrenos e posição social? Está gastando sua vida em afundar sua consciência em prazer auto-satisfatório, sem qualquer preocupação de estar agradando a Deus? Será que ao deitar até o levantar, a sua motivação é estar se santificando na presença de Deus a cada dia? Ou está elevando os pecados em seu coração? Você nunca para e pensa sobre sua alma? Nunca para e pergunta se está preparado para apresentar-se a Deus no Dia do Juízo? Sim, haverá um juízo, “assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca [...] assim será a vinda do Filho do homem. Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.” (Mateus 24: 38-39b e 42).
Haverá um julgamento à espera de cada um de nós, pois se não houver, as palavras da Bíblia então não têm qualquer significação, o que sabemos que ela não o é. Todos nós teremos de comparecer neste tribunal de Deus e receber nossa sentença eterna, não há escapatória. Teremos de prestar contas de cada privilégio que nos foi concedido. E somente aí, muitos entenderão que nós criaturas somos tratados por Deus como indivíduos responsáveis que terão de prestar contas. Deus mantém um controle completo e infalível dos nossos pecados! E neste grande Dia, todos os que não estão justificados com Deus “irão estes para o castigo eterno” (Mateus 25: 46).
Neste livro, John Blanchard, diz “Sua vida está se passando e a morte chegando; e quando a morte chegar não haverá tempo para mudar de idéia e endireitar seus caminhos. Você está apenas a uma batida cardíaca da morte, do juízo, e da condenação. Mais uns dias, um pouco mais de diversão, mais honras ou riquezas ou prazeres ou bens, e todas estas coisas se acabarão. Então você se apresentará nu diante de Deus, sem uma palavra para dizer em sua defesa.”
Infelizmente, algumas pessoas pouquíssimo se importam com estas coisas, acredito que porque imaginam que Deus se importa pouco com elas, ou então, por não darem a mínima para Deus. Será mesmo que o Criador não se importa com aquele a quem criou? Em um dos meus textos anteriores tive a oportunidade de mostrar com que grande amor e sabedoria Ele nos fez e tem sustentado você e eu. Será mesmo que Ele não se importa que você viva ou morra? Ora, se Ele se importa com seu corpo, certamente se importa com a sua alma, pois assim Ele mesmo disse “Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que haveis de morrer, ó casa de Israel?” (Ezequiel 33: 11).
Que os crentes meditem a esse respeito e sintam-se consolados e animados em continuar o seu serviço ao Senhor e que os não-convertidos meditem sobre isso e temam, arrependendo-se de seu pecados e voltando seu caminho para Deus. “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará” (Efésios 5:14).
Quem os julgará será o próprio Cristo, cujo evangelho agora desprezam, e cujos convites graciosos recusam-se a ouvir. Quão grande perplexidade sofrerão se persistirem na incredulidade e morrerem em seus pecados! Arrependei-vos e voltem-se para Cristo!


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