Editorial

Mau exemplo

Enquanto alguns dirigentes, lutam contra toda sorte de dificuldade para cumprir com suas obrigações, perante os clubes que assumem, e a imprensa se esforça, em convencer a população de que o campeonato amapaense de futebol profissional é de um bom nível técnico, existem pessoas que sujam a água.

É o caso do Clube Atlético Cristal. Um Clube com uma trajetória de respeito no futebol do Amapá. Fundado pela família Figueira, lá pelo fim dos anos 60 (15/11/69), e que disputou no futebol suburbano, segunda divisão, amador  e profissional.

O Clube Atlético Cristal, nas mãos do presidente Manoel Figueira, filho do Policial Civil, Raimundo Figueira, mais conhecido como Vovô ou  Veterano(como gosta de ser chamado), chegou ao ápice, sagrando-se campeão amapaense de futebol profissional em 2009. Um feito, para um clube considerado pequeno. Mas o Cristal mudou de mãos. E aí as coisas desandaram. Hoje o Cristal está na berlinda. Está sendo levado as barras da justiça, trabalhista e cível, em função da dívida que possue com 10 atletas, contratos em outros Estados para disputar o campeonato de futebol profissional deste ano.

São atletas do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e etc. Esses jovens, que acreditaram no que lhes foi prometido, saíram de seus estados e hoje são tratados como bandidos pelo presidente do Cristal Édson Monteiro. Que alegando não ter dinheiro, se recusa a fazer o pagamento dos salários devido aos jogadores, e ameaça, inclusive, abandoná-los a própria sorte caso não aceitem ir embora para seus respectivos estado, com míseros R$ 500 reais na bagagem.

Esse comportamento, aliás, mau comportamento, compromete a credibilidade do futebol do Amapá, Estado que já possue uma má fama além de suas fronteiras, em virtude das sucessivas operações da polícia federal que aterrissa em terras tucujú. O que dirão esses jogadores sobre os dirigentes amapaenses? Claro! Tem-se que separar o joio do trigo. Temos mais trigo do que joio, mas infelizmente, esses oportunistas, que querem o futebol para se auto promoverem politicamente, maculam, enodoam, mancham a bela biografia do futebol do Amapá, de Marcelino, Bira, Aldo, Zezé (Tico Tico), Jason, Celso, Zezinho Macapá, Faustino, Biló, Palito, Alceu, Perereca, Praxedes, Zé Elson, Lelé, Roxinho, Vadoca, Timbó, Ubiracy, Trevisani, Marco Antônio, Haroldo Santos, Pajé, Tiaguinho, Tauíris, Murica, Goto, Fanta, Roberto Foguetinho, Birungueta, Jonas, Castelo, Zé Roberto, Dida. Zequinha, Emanuel, Bandeirantes, Valdirzinho, Rodrigues Chevrolet, Mariozinho, Bilico, Mário Sérgio, Goto, Aldemir França, Léo, Perivaldo, Mareco, e tantos outros craques, que fizeram a história do nosso futebol.

Quem não pode com o pote, não pega na rodilha.