segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Alfabetização: Luz da esperança iluminado o caminho do saber


Escrever sobre esse assunto trás emoções bastante forte porque trata-se da infância – a criança. É a nossa felicidade termos entre nós, a criança, na qual depositamos todas a nossa esperança para o futuro melhor que precisamos ter.
A complexidade do mundo infantil assosia-se ao processo global, físico, biológico e cultural, conduzindo à interpretação dos limites das suas expectativas, das suas curiosidades, das suas arquiteturas, mergulhadas nas suas indagações, buscando encontrar as devidas respostas para seus momentos de dúvidas existentes no seu mundo interior.
A criança, desde cedo deve ser tratada como ser pensante, portanto, é um ser de afetos, precisando de cuidados e relações amistosas dentro do seu próprio meio. A fase é bela, esplendida, plena, da satisfação, movendo esperança para a criança que deseja conhecer um mundo diferente, a exemplo: o mundo das palavras.
Alfabetizar por excelência, oportuniza criar condições favoráveis para encaminhar a criança ao mundo do saber, ao mundo do conhecimento.
A área do conhecimento é imensurável, repleta de experiências ricas de conteúdos possibilitando preencher o espaço que abrange a fertilidade da mente infantil.
O aprender é contínuo, gradativo, alcançando ao poucos o progresso, evoluindo por meio das observações, das comparações, associando o que enxerga com o que sente, com o que ouve e com o que escuta. São muitos os fatores inseridos nesse processo, inclusive, especialmente, os sensoriais, emergindo como se fosse um botão de rosa e desabrochar no tempo certo. É segredo de todo o processo de alfabetização, o fluir no momento certo, sem precisar ter pressa, há diferença de criança para criança, cada um com os seus limites de aproveitamento. Consolidar a realização do milagre; ler para aprender, escrever para saber.
Cada criança precisa obter sua liberdade mental, sem bloqueio por menor que seja, para assumir sua criatividade, conforme o mundo da sua fantasia que alimenta sua mente. É apaixonante participar da alegria demonstrada pela criança, quando consegue realizar o que pensa, o que cria, o que vem da sua imaginação. Todo professor alfabetizador tem a singularidade de afeto, de paciência, de conduta ética e estética, para conduzir a criança alfabetizando ao mundo da beleza pura, promovendo a situação de destaque. E o desabrochar completo, cujo aroma transforma o mundo de sua imaginação, para a convivência no seu mundo exterior.
Enquanto vou escrevendo, relembro de colegas alfabetizadoras, encontrando sua auto-realização no valor que desprendia durante o seu trabalho. “In Memoriam”, faço a citação dos nomes de Maria Mendes Simões, Olinda Antunes Ribeiro, Elza Tavares Magalhães, Josefa Maria de lima Lobo, Eudóxia Monteiro – professora Doquinha (essa professora desbravou o analfabetismo dos índios de Cassiporé ao Oiapoque; a mesma tinha verdadeira paixão de trabalhar na área indígena). Estão entre nós, a professora Maria Cardoso Leal, Zoraide Coelho Nascimento, Loiolita Nascimento Gama, tantas outras, as quais no momento, não relembro os nomes completos. Todas merecem nosso respeito.
Vivi, convivi com muitos desses momentos. Muitas emoções, porque é maravilhoso e gratificante, alfabetizar e estimular a criança a aprender a ler e escrever, porque o ensinamento da leitura é simultânea ao da escrita, abrindo o leque de conhecimento para tal, alcançar a literatura infantil, através da luz do saber.
  Na gestão da professora Annie Viana da Costa, juntamente com sua equipe, implantou na E.E. Princesa Izabel, o pólo experimental “Núcleo de Alfabetização”, onde cada turma de alunos seria alfabetizada com métodos diferentes. Na época, no método eclético – o da abelhinha – o de silabação, o método alfabético, o da palavração e outros, com as orientações da professora Arcinoé Manso Flexa e Elizabete Cordovil, anteriormente, participaram no Rio de Janeiro, de cursos de especialização sobre métodos de alfabetização. Foi um trabalho vitorioso; entretanto não houve continuidade. Ainda nessa gestão, foi realizado o ”Encontro de Alfabetização”, cuja programação foi centrada nos métodos e técnicas de alfabetização e, bem como a avaliação dos trabalhos realizados pelo “Núcleo de Alfabetização”. Todo o trabalho referente ao ensino, ficou sob os encargos da professora Maria Inerine Pinto Pereira, como Diretora do Departamento de Ensino.
Vale expressar que a prática educativa é permanente; não há ponto final; é uma sequência por toda vida. “O importante é estimular o aluno para obter o gosto de perguntar, pesquisar; obter alegria de criar, a paixão por aprender, com a possibilidade de criar seu mundo”.

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