domingo, 23 de outubro de 2011

MMA & Jiu-Jitsu Amapaense coleciona vitorias nas modalidades

MMA & Jiu-Jitsu

Amapaense coleciona vitorias nas modalidades


 Gilberto Pantoja, o Gilbertinho, um dos principais lutadores profissionais amapaense representará o estado no Pan-Americano de Jiu-jitsu em Brasília.

John Pacheco
Da Reportagem/Estagiário

O lutador amapaense, Gilbertinho é exemplo de superação no esporte profissional e  representará o Estado em torneio continental. Com o patrocínio do Tribuna Amapaense ele viajará para a capital federal em busca de mais uma conquista para o estado. Será mais medalhas  para a sua galeria de títulos nos mais de dez anos de carreira. Seus principais títulos são o campeonato mundial de Jiu-jitsu em 2008 e o vice em 2009, é também tri-campeão paraense e 11 vezes campeão amapaense.
Para buscar mais essa conquista ele tem que adequar a sua rotina de treinos com o trabalho, e por isso o faz nos três turnos, mas se sente completamente preparado para enfrentar  “cara a cara” os principais lutadores do continente e levar cada vez mais longe a bandeira do Amapá.

O começo
Em conversa com a Editoria de Esporte do Tribuna Amapaense, o lutador Gilberto Pantoja, contou que: “Conheci o esporte através de um amigo, Alan Bahia, que já foi campeão mundial, meu grande exemplo e incentivador nesse esporte. Quando comecei no Jiu-jitsu no Amapá ele ainda era pouco praticado, não havia quase nenhuma referência. Pratico a doutrina e a disciplina não só nos tatames, mas também na vida, pois os valores são semelhantes aos que aprendi com os meus pais. Já treino profissionalmente há dez anos, mas sem incentivo ao esporte aqui, tudo fica mais difícil sem locais públicos para a prática, sem apoio aos esportistas locais, faz com que percamos atletas com grande potencial a cada dia”, afirma Gilbertinho.

A luta de cada dia
Quando questionado se o Jiu-jitsu é a sua única forma de sobrevivência ele responde: “a falta de incentivo não me deixa viver somente do esporte, mas a minha verdadeira luta é conciliar o Jiu-Jitsu, o emprego e a faculdade. Em outros estados é possível praticar o esporte  com ajuda e patrocínios tanto de empresas públicas quanto privadas”. Também uma forma ainda não explorada nesse esporte é a grande presença de público, diz Gilbertinho: “os patrocinadores deveriam visar a audiência local da lutas, enquanto no campeonato profissional de futebol com ingressos a R$ 10 e os estádios não tem sua capacidade máxima atingida, nos eventos de artes marciais com entradas para arquibancada a 40 reais, nota-se que os ginásios sempre ficam lotado, e isso é porquê o futebol é a paixão nacional!”.  
A academia onde treina e trabalha faz parte de uma rede de filiais em todo o Brasil, e em alguns países, como nos Estados Unidos e no Japão, mas Gilbertinho afirma que ela visa muito mais o MMA (Mix de Artes Marciais), esporte também praticado por ele, este sim cada vez mais crescente no cenário internacional.

Nocautes da vida
Como ele não teve um incentivo para iniciar na luta, ele criou um projeto social na periferia do bairro Pacoval o “Asa Aberta” que contava com 150 jovens que aprendiam não somente técnicas de luta, mais também lições de vida e que pouco a pouco estavam ignorando a realidade da violência ao seu redor. O projeto acabou sendo interrompido após a lona de treinamento, ou tatame nas artes marciais, ter sido roubada. E isso acabou impactando os jovens de maneira tão forte que Gilbertinho contou que na semana seguinte após a paralisação três garotos do projeto acabaram sendo reclusos no CESEM (Centro Sócio Educacional de Internação Masculina) por atos Infracionais. Ele explica porque tão rápido os jovens entraram nesse mundo: “na academia também era um lugar onde os jovens expressavam e refletiam seus problemas, o que muitas vezes não ocorria em casa. Mais pretendo retomar o quanto antes, por que a cada minuto que perco um jovem segue o caminho errado”.


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