sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Artigo do Gato: Humor mulambo do CQC

O Dr. Vicente Cruz se levanta, ergue sua caneta que constrói coisas belas e grafa: respeitem nossa honra, sulistas! Escarneçam outra “sociedade, não a nossa.”
Me associo a este protesto.Não precisamos de detratores externos, a sociedade amapaense já está tão escarnecida que não precisamos de ninguém para fazer isso, muito menos de vocês, piadistas da desgraça alheia. Xô daqui. Saiam de retro. Roupa suja se lava em casa. Nesse caso, nas eleições.
O “Custe o Que Custar”, (CQC), que a BAND exibe todas as segundas-feiras, tira sarro de A a Z Brasil afora, mas nós estamos muito debilitados psicologicamente. No final do ano passado, antes da eleição do segundo turno, fiz um desabafo com relação os efeitos da Operação Mãos Limpas. Escrevi: Uma nuvem negra não paira só na cabeça dos envolvidos diretamente no problema, mas também percebo que o amapaense anda meio que de cabeça baixa. Desmoralizado. A Polícia Federal deu uma pisada na nossa honra. Invadiu a residência do governador, uma Casa edificada para abrigar a mais alta autoridade do Amapá. E não importa quem estava dentro. Era o Pedro Paulo, mas poderia ser outro. O que conta, é que aquela Casa é a do governador do nosso Estado. Amanhã poderá ser ocupada pelo Camilo Capiberibe e será respeitado como tal. Não importa se você votou nele ou não. Ele é o governador. Pode ser o Lucas Barreto, mas a liturgia do cargo e do respeito por parte dos concidadãos do Amapá, será a mesma. Respeito.
Porra! Parece que deram uma tapa na cara da mãe da gente bem na nossa frente e todos ficamos impotentes. Não reagimos. Mãe é mãe. Pode ser uma mulher de predicados duvidosos, mas é a mãe da gente, poxa vida.
O Amapá, tratado no texto acima de forma metafórica, ou seja, comparado a mãe da gente, que tem e deve ser amada e respeitada, sempre, não pode virar o objeto da construção de piadas humilhantes. O “iluminado” Rafinha Bastos, em uma de suas apresentações de “stand up”, fez a seguinte piada ao tomar conhecimento que uma criança no Amapá fumava 12 cigarros por dia. O tabagista precoce tinha apenas 2 anos de idade. “Eu também tentaria suicidar-me se tivesse nascido naquele....”
O Chico Anísio, uma unanimidade do humor nacional, não resistiu e disparou a piada com a nossa preferência eleitoral pelo senador José Sarney, afirmando em rede nacional, que Sarney havia engordado seu patrimônio comprando mais uma fazenda. Desta feita de burros, no Amapá. Chico não respeitou o eleitor amapaense.
O jornalista goiano Rogério Borges, escreve uma crônica e chama o Amapá de Abstração, como se o Amapá não existisse de forma concreta.
Os jornalistas sulistas se abalam para cá, todas as vezes que acontece um problema em nossa aldeia, e daqui fazem uma cobertura jornalística sem esmero e compromisso com a verdade. O desembargador Gilberto Pinheiro, foi vítima dessa irresponsabilidade, e a promotora  Rosemeire Cardoso de Andrade e o juiz Petrus Soares, concordaram que o que novel jornalista João Carlos Magalhães não havia injuriado e nem caluniado o magistrado amapaense, apenas narrou fatos, usando linguagem policial. Piraram? Pois é, o jornalista da Folha de São Paulo, João Carlos Magalhães, disse que a irmã do desembargador era sua amante, e que ele, o desembargador, pagava casa para a suposta amante com dinheiro público, e ainda assim, a promotora não viu transgressão da lei de imprensa, e muito menos danos morais em favor do desembargador. Da Folha de São Paulo pode. Vá um repórter tucujú cometer essa barrigada, que com certeza será condenado a pagar uma pequena fortuna à vítima da calúnia e difamação, pois R$ 10 mil, pra jornalista, é fortuna, senhores e senhoras.
Dr. Vicente Cruz, um dos mais brilhantes advogados do Amapá e de reconhecido conteúdo intelectual, está mais uma vez corretíssimo. Precisamos fazer exercício de alto estima. Por que nossas mulheres têm de ser feias; nossa música de péssima qualidade; nossas paisagens, naturais e construídas desapreciáveis; nossos políticos bandidos; nossa imprensa de segunda, e nossa sociedade servir  pauta para os abutres do sul, que esquecem de olhar o próprio rabo.
Vamos levantar a cabeça, empinar o nariz e ter orgulho do açaí, do Marabaixo, do rio Amazonas, da Fortaleza, Curiaú, Fazendinha, Lagoa dos Índios e de tudo que temos de histórico e, principalmente, do nosso povo e de nossa história. Quantos aos bandidos! Não devemos nos orgulhar, devemos execrá-los da vida pública com a nossa consciência, que está sim, em maturação. Agora, seguindo o exemplo do Rafinha Bastos, que afirmou que se nascesse no Amapá também tentaria o suicídio, ele que é gaúcho de nascimento, pode escolher um Estado da Federação para nascer, e ao se aprofundar na história, teria obrigatoriamente, que tomar a mesma decisão, o suicídio, pois mau caráter existe em todo lugar, inclusive no Rio Grande, terra de pessoas queridas e amáveis, mas que teve que assistir nascer um rapaz que não sabe o limite da boa piada e da agressão gratuita e repugnável a um ser humano, que ainda nem sequer veio ao mundo exterior, que o Rafinha Bastos e outros CQC’s poluem.
Vamos nos orgulhar da nossa história. Tiro o chapéu para os paraenses, lá o Pato no Tucupi vale, e o Remo e Paysandu, então são os melhores times do Brasil, e lá tem Jader Barbalho e quetais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...