Com a criação da Base do Amapá, o
Estado poderá trabalhar no desenvolvimento urbano e rural com mais eficiência.
Abinoan Santiago
Na
última terça-feira, 13, o Amapá recebeu a visita do representante do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
do Rio de Janeiro, Marcelo Maranhão, com o intuito de ajudar na elaboração da
Base Cartográfica e de participar da reunião com técnicos e gestores públicos. A oficina palestrada por Maranhão foi realizada em
turno integral no auditório da Escola de Administração Pública (EAP) com a
presença de profissionais do governo estadual e federal: Agência de
Desenvolvimento do Amapá (ADAP), Instituto de Meio Ambiente do Amapá (IMAP),
Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), Instituto de
Estudos e Pesquisas do Amapá (IEPA), Secretária Executiva de Indústria,
Comércio e Mineração
(SEICOM), Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (INCRA), Instituto
Chico Mendes, Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Secretaria
de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), Ministério Público e IBGE. Essa foi a última oficina, onde se
tornou possível potencializar as informações dentro da Base e de sensibilizar
técnicos e gestores dos órgãos afins, quanto à necessidade do levantamento
prévio dos dados existentes no Estado.
A vinda do
representante do IBGE ao Estado foi de suma importância em relação à Base
Cartográfica, pois devido a sua longa experiência em elaboração de Bases em
outras unidades da Federação, Marcelo Maranhão analisou o produto
final da oficina anterior, que ocorreu no último dia 06, e ainda realizou
apresentações de produtos cartográficos, diferentes escalas e redes geodésicas
que poderão ser utilizadas nesse processo de elaboração. “A
presença dele é muito importante por que a gente pode avançar mais em relação à
discussão e metodologias necessárias para que possamos escolher o processo mais
adequado. Ele explicou que o nosso Estado é coberto por nuvens contínuas
durante todo o ano todo. Então a partir do momento que temos essa situação é
difícil até as imagens para que possamos construir uma Base Cartográfica. E
outro ponto positivo em relação a presença do representante foi a discussão das
diferentes metodologias que o IBGE está aplicando na elaboração das Bases”,
frisou o Secretário de Meio Ambiente, Grayton Toledo. Marcelo Maranhão ressaltou
a palavra de Toledo, “o Governo do Estado junto ao IBGE/RJ
está construindo um entendimento sobre quais as melhores alternativas do
mapeamento cartográfico. No entanto, quem vai definir as necessidades é o
próprio Estado. Apresentamos as tecnologias disponíveis para se fazer
cartografia: Fotografias aéreas, imagens de satélites e imagens de radar”
O IBGE/RJ é o maior do país junto à Diretoria de Serviços Geográficos
(DSG) do Exército, é responsável pela normatização e homologação cartográfica
nacional e deverá avaliar a criação e execução da Base com todas as normas
cartográficas e qualidades técnicas.
O que é a Base Cartográfica?
A
Base Cartográfica tem como objetivo principal o de representar elementos da
superfície terrestre através de um sistema de projeção (mapas), ou seja, ela é
um instrumento que representa através de símbolos gráficos uma realidade no
terreno. Segundo Toledo, com a criação dessa Base, o Estado poderá realizar
trabalhos de planejamentos em relação ao desenvolvimento do Amapá, tanto em
nível rural quanto urbano. Essa Base é essencial tanto na Zona Rural quanto na
Urbana. De acordo com a diretora da EAP, Izabel Cambraia, uma Base Cartográfica
concisa, confiável e atualizada é indispensável para os eixos do governo que
utilizam ferramentas de georeferenciamento, mapeamento digital na elaboração e
execução de políticas públicas.
Os
mapeamentos das áreas rurais podem proporcionar ao administrador da terra, a
ferramenta adequada para o planejamento do uso do solo e a correta verificação
da obtenção da Justiça Fiscal na arrecadação do Imposto Territorial Rural (ITR). Além
disso, podemos descobrir, qual o
potencial e a situação das estradas de comunicação, de onde vem a
eletrificação, a telefonia, como anda a produção dos municípios, caso eles
sejam produtores de algum elemento comercial.
Na
área urbana, a contribuição da cartografia se refere à tributação. Com essa
Base, podem-se identificar os comércios, indústrias e prestadores de serviços
irregulares e clandestinos, provocando um acréscimo imediato na arrecadação do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza
(ISS), igualmente na questão do Imposto Predial e Urbano (IPTU), pois a
cartografia também corrobora com a identificação de construções, loteamentos irregulares e clandestinos.
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