Todos os
homens, indistintamente, têm suas crenças, valores, ética, moral, tudo de
acordo com aquilo que reputam convenientes para suas sobrevivências. Nesse
particular, todos somos iguais, e por isso indivíduos, isto é, seres humanos
dotados de singularidade. A deputada Cristina Almeida (PSB), como parte desse
universo, também elegeu o conjunto de atributos singulares que a torna única no
planeta. Contudo, o mundo de Cristina Almeida abriga uma singularidade dentro
da singularidade que atinge todos os mortais. Observemos.
O mundo
de Cristina Almeida possui uma linha imaginária que o divide em dois
hemisférios: o hemisfério do bem e o hemisfério do mal. Acima de sua linha do
equador está o hemisfério do bem onde ficam os que pensam e agem como ela ou
companheiros ideológicos. Do outro, está o hemisfério do mal onde habitam os
que não comungam com suas idéias.
O
hemisfério do bem de Cristina Almeida é interessante. Nele habitam os iluminados,
os probos, os incorruptíveis, os éticos, os bem-nascidos. Por mais que se tenha
algo provado contra eles, ainda assim, permanecem puros, incapazes de fazer o
mal e signos culturais do que é bom. Foi o caso, por exemplo, de seus criadores
políticos, que apesar de serem condenados em todas as instâncias judiciais,
eram considerados ícones inconstratáveis das virtudes. Tudo que estava
processualmente provado contra eles, para ela, era invenção dos partidários do
mal. Já seus adversários, ou os adeptos do mal, basta um simples indício de
ilicitude para declará-los sumariamente culpados, mesmo que em seu desfavor não
tenha sido prolatada qualquer sentença. Contra eles pugna pelo rigor da justiça
e, se possível, pelo afastamento de seus cargos políticos, por isso, sempre
subscreve o impecheamant dos desafetos.
O
partido de Cristina Almeida está no poder, mas ela parece não se dar conta
disso e age como se na oposição
estivesse. Critica até os talos os governos anteriores pelos malfeitos administrativos como se ainda
estivessem no poder, esquecendo-se que
quem pode mudar é o Governador do bem que ora ocupa a cadeira do setentrião e
que tem como propósito efetivar o anunciado “governo da mudança”.
Recentemente
a Deputada Cristina Almeida alcançou o grau dez em sua ira que beira o
preconceito. Em plena sessão na Assembléia Legislativa tachou seus pares de
estarem boicotando a vontade do governo pela lentidão imprimida no processo
legislativo que trata do projeto de lei que visa autorizar o executivo a
contratar emergencialmente servidores para a saúde e educação, afirmando,
dentre outros despropósitos, que o
intento era prejudicar a governabilidade, sempre deixando claro que aquela casa
tinha um passado pouco recomendável, pois, no passado, aprovava rápido os
projetos dos governos do mal. Pronto. Estava estabelecido o conflito. Eis que
surge a Deputada Sandra Ohana e na defesa das prerrogativas dos mandatários do
povo pediu moderação nas acusações e convidou-lhe a um exercício de postura modesta,
trazendo como instrumento de convencimento o poema “modéstia” do parnasiano
Olavo Bilac. Foi um choque. A beleza estética do poema e a força de convencimento
de sua mensagem revelaram a intenção da Deputada e socióloga Sandra Ohana de
eliminar do mundo de Cristina Almeida a linha imaginária preconceituosa que
divide o mundo entre o bem e o mal.
A
Deputada Sandra Ohana foi pedagógica e veemente no pito parlamentar. Ensinou à
colega Deputada, com didática irretocável, que a Assembléia Legislativa é uma casa
de debates e que o instrumento de adesão a qualquer idéia é o convencimento. A
arrogância, lecionou, é um péssimo caminho para esse desiderato. A batalha do
turbante da arrogância preconceituosa de Cristina Almeida com a saia elegante
da modéstia de Sandra Ohana deixou uma bela lição: ainda é possível vencer
batalhas usando como baioneta a força de um poema e voz suave de uma mulher,
vítima potencial de preconceitos. Cristina Almeida, como militante do movimento
negro, deveria refletir e colher de sua luta a sábia lição de que o preconceito
é um mal que degenera, que enfraquece, que exclui e que causa dores
irreparáveis. Sua linha imaginária é preconceituosa, repugnante e (in)
sustentável. Como diria o bom laguinhense “Bomba d’água”: - Que é isso minha parenta?
RABISCOS
A lei da Ficha limpa, braço normativo do Estado
ditador, vai para o ralo e só vale para as próximas eleições. Assim falou Fux.
Certíssimo!////Assim, os fichas sujas ganham tapete vermelho e assumem
mandatos. Foi só um ralho. Juízo, heim!!!////Presidente Moisés sereno,
prestigia parlamento sem agredir executivo no caso dos contratos
administrativos, uma verdadeira trapalhada do setentrião, Pode, Juvenal?////Movimento
em Ação, programa cultural da Rádio Diário (90.9 fm), pilotado por Heraldo
Almeida, das 16 às 18h, é a voz da cultura amapaense. Excelente pedida////Tem
um vereador que é conhecido pelos colegas como Rolando Lero, pela tagarelice
intelectual que ostenta. Quem será Juvenal?////Guardas Municipais fazem greve e
provam que não fazem falta e só produzem barulho. Querem, por que querem o tal
PCCR inconstitucional até as tripas, meu caro.////Roberto Góes insiste na
parceria com GEA. Será que virá?////Comandante Aragão é o 01 de Roberto Góes.
Tem velocidade, meu caro////Carlos Sérgio assume EMTU e faz coletiva. Tinha
jornalista atento e sério a sua excelência ouvindo o que se fez. Jair Andrade
surpreende e dá show. Taí um bom quadro////Deputado Valdeco jura que tem
fidelidade canina ao Presidente Moisés e este acredita. Coisas de evangélico////Dalto
Martins depois de perguntar ao MP faltou só os universitários, diz que mandará
projeto de lei dos contratos à Presidência. Coisas do Brigadeiro////LIESA
prepara eleições. Vamos concorrer tentando mudar a postura e a pauta. A sorte
está lançada////Tribuna Amapaense vendendo como banana. Roberto Gato miando de
orelha a orelha.////Roberto Góes me pergunta sobre a guarda municipal. Não faz
falta, meu caro, parece não existir, fux neles////bye
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