sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Ecometals vai a justiça garantir seus direitos



Roberto Gato
Da Superintendência

A empresa Ecometals Manganês do Amapá, uma das principais prejudicadas com o arquivamento na JUCAP da 5ª alteração contratual da empresa Alto Tocantins, diz que vai impetrar mandato de segurança para garantir seus direitos de dona das ações da Tocantins.


A 5ª alteração contratual, passa ao advogado Antonio Tavares Neto, as ações da Alto Tocantins, e a Junta Comercial, ao receber  o voto do desembargador Gilberto de Paula Pinheiro, relator no processo 0000470-89.2008.8.03.0002, originado na 3ª Vara Cível de Santana,  em função da desistência de Jorge Augusto, do recurso que questionava a veracidade da Procuração, que dava plenos poderes a Neto, extinguiu o processo, sem julgamento do mérito.

De posse da decisão do desembargador, Neto conseguiu, na Junta, o arquivamento da 5ª alteração e, em ato contínuo, a JUCAP publicou Portarias no Diário Oficial do Estado, anulando os arquivamentos das alterações referentes às empresas Ecometals Manganês do Amapá e Ecometals Ferro do Amapá Ltda.
Esses atos estão sendo questionados pelos advogados da empresa como ilegais. O advogado Jean Houat diz que não é função da junta comercial anular alterações. “A Junta tem função meramente de registro e ela não deveria ter realizado às anulações, antes de consultar os prejudicados.” Comentou Jean Houat.

Jean ganhou ações da Alto Tocantins como pagamento de honorários advocatícios que a empresa Alto Tocantins não honrou com ele.

Paulo Chedid Lisboa, responsável pela empresa no Amapá, diz que o ato praticado pela Junta Comercial é, no mínimo, estranho, pois já havia uma resolução do órgão, de número 003/2009-JUCAP, no qual o presidente da Junta à época, senhor José Edson dos Santos Sarges, em função de vários considerando, susta os efeitos da 5ª alteração no parágrafo 1º e, após um acordo, a Junta não consulta ninguém e anula os atos feitos dentro da legalidade.

Paulo Lisboa, afirma que o ato açodado da JUCAP, tem causado sérios prejuízos a empresa, mas que confia plenamente na reversão desse ato engendrado por Jorge Augusto e Neto.

Outro questionamento da empresa, com relação ao procedimento da Junta Comercial, foi em função da informação prestada à empresa de forma desencontrada. A Jucap, conforme fax smiller ao lado, publicou a portaria anulando os atos da 4ª alteração, que dava a Ecometals o direito sobre as ações da Alto Tocantins no dia 1º de dezembro, mas no dia 5 do mesmo mês, a JUCAP informa que o contrato da empresa encontra-se ativo , no entanto, no dia 6 de dezembro, a JUCAP republica a portaria anulando as alterações.


Jean Nunes, presidente da Junta Comercial, afirma que a razão da republicação foi que a portaria ficou ilegível no Diário do dia 1º. Inclusive no rodapé da portaria, está explicando a atitude da Junta. Com relação à informação passada a empresa no dia 5, Jean afirma que não poderia dar outra, em virtude da publicação da primeira portaria ter sido cancelada.

“Vamos abrir um sindicância na Junta Comercial, para sabermos por que não consta na pasta essas alterações na JUCAP”. Finalizou.


Fatos antecedentes

Em 2007, o advogado Antonio Tavares Neto, apareceu com uma procuração assinada por Jorge Augusto e seu sócio, dando a ele, Neto, plenos poderes sobre as ações da empresa Alto Tocantins. Neto, de posse dessa procuração, foi a Junta Comercial registrar a 5ª alteração contratual, que transfere pra ele a titularidade da empresa. Ao tomar conhecimento do fato, Jorge Augusto constituiu o advogado Jean Houat, para impedir que se materialize o intento de Neto. Após levarem a procuração para que fosse periciado pela Polícia Federal, ficou constatado, segundo os laudos, que havia falsificação no documento. Cancelaram a malfadada 5ª alteração. De 2007 para 2001, Jorge Augusto vendeu suas ações para Ecometals, depois para a Durbhay, pagou o Juiz Marcos Miranda com manganês, em função de uma indenização por dano moral (ele disse ter corrompido o juiz), pagou o advogado Jean Houat com ações da Tocantins, e após todos esses anos, ele diz que a assinatura da Procuração é dele e a JUCAP arquiva a 5ª alteração, a mesma que a JUCAP, em 2008, mandou arquivar e a Polícia Federal afirmou com laudos periciais que era falsa. 

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