sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

PARA ONDE VÃO, AS CELULAS DE GORDURAS QUANDO EMAGRECEMOS?

Gostaria muito de dizer aqui ,que quando emagrecemos as células de gordura desaparecem, vão embora, pra nunca mais voltar, mas infelizmente não é bem isso que acontece.

A gordura no corpo humano, assim como em todos os vertebrados, não pode ficar “solta” no meio dos tecidos. Para que isso não ocorra à natureza criou um tipo especial de célula chamada adipocito.
Os adipocitos, no corpo humano, são totalmente diferentes quanto a sua distribuição, localização, variando de acordo com o sexo feminino ou masculino. A distribuição de gordura no sexo feminino é bem característica, localiza-se no abdômen inferior, nas áreas laterais das coxas (culotes) e nos glúteos. Essa disposição de gordura envolvendo toda a bacia do corpo feminino tem como finalidade a proteção de uma eventual gravidez, pois forma um colchão protetor em torno do útero.
No corpo masculino a gordura, quando excessiva, se acumula no abdômen. Aí encontramos dois tipos de células gordurosas. Uma facilmente palpável que é a gordura subcutânea e outra que se encontra entre as alças intestinais, formando cordões de células adiposas chamadas de gordura visceral.
Esta gordura visceral é a mais perigosa, pois produz colesterol e lipoproteínas que irão formar placas de gordura dentro das artérias coronárias. É consenso unânime entre cardiologistas, endocrinologistas e nutricionistas que o acúmulo de gordura abdominal do tipo masculino é aquela que oferece maior risco de futuro problema coronariano, ou seja, o infarto do miocárdio.
As células adiposas em ambos os sexos produzem uma substância muito importante chamada leptina. Que se dirige ao cérebro onde atua em área especial chamada hipotálamo, avisando que já existe um excesso de gordura acumulada e que o indivíduo deve moderar a ingestão de comida. Esse circuito bioquímico entre a gordura acumulada e o cérebro funciona muito bem para aqueles felizes seres humanos que são, por natureza, sempre magros.
No gordinho parece que a leptina não consegue ter muito sucesso no sentido de comunicar-se com o cérebro, induzindo menor ingestão de calorias. Isso se deve à ausência ou defeito no receptor de leptina no hipotálamo.
O tecido adiposo é a nossa reserva de energia. Ele fornece combustível para que o músculo possa se contrair, utilizando a gordura liberada pelo tecido adiposo.  É o que chamamos de queima de gordura, ou em linguagem médica o gasto energético. A equipe multiprofissional que lida com o problema do excesso de peso está muito interessada em que haja maior gasto energético para propiciar maior queima de gordura. O esquema é bastante simples: quanto mais gastarmos energia acumulada e diminuirmos a ingestão de calorias, maior será a perda ponderal.
Uma pessoa de peso normal possui de 20 a 30 bilhões de células gordurosas, já as obesas, de 60 a 80 bilhões; O número de células é determinado até os vinte anos de idade e não diminui mais. È na infância que as células de gordura se formam, por isso devemos ter muita atenção com a alimentação. Já é comprovado que uma criança gordinha tem uma maior probabilidade de ser um obeso no futuro. A puberdade é o período que mais se desenvolvem as quantidades de células gordurosas. Elas são responsáveis pela produção dos hormônios da transformação de jovens para adultos. As novas células são mais "famintas" que as velhas e forçam o organismo a adquirir mais alimentos para que elas os armazenem em forma de gordura. O futuro obeso tem sua origem na infância e puberdade, e por isso é importante que os pais estejam atentos a alimentação dos filhos. A única forma que o corpo tem para ganhar células gordurosas é através da alimentação, por isso é importante manter o controle. A má notícia é que elas não morrem nunca e, de alguma forma, controlam a vontade de comer. Quanto mais células de gordura você tem, mais fome irá sentir. Por isso é tão difícil emagrecer, a pessoa nunca perde as células de gordura que acumulou ao engordar. Elas permanecem no corpo, e, na primeira oportunidade, quer dizer, na primeira vez que você atacar guloseimas, as células de gordura vão novamente inchar e se multiplicar.
            Quando fazemos  dieta e diminui o número de calorias nas refeições, as células de gordura esvaziam, murcham. O cérebro interpreta esse esvaziamento como uma ameaça à integridade do organismo. O que acontece? Com medo de perder a gordura - que garantiu a nossa sobrevivência como espécie -, o corpo passa a trabalhar mais devagar, a gastar menos energia. É uma conspiração da natureza humana para manter o maior peso que já tivemos.
Para emagrecer e se manter magro é preciso que o cérebro se adapte ao novo peso.  Por exemplo, uma relação entre os meses e os quilos perdidos. Se o indivíduo perdeu 20 quilos, ele vai ter que ter 20 meses de atenção bem rígida, bem forte, para não ganhar peso novo. Só assim o cérebro vai passar a aceitar esse peso atual como o seu peso correto. E, se você relaxar, a matemática é implacável. Míseras cem calorias a mais, em excesso, todos os dias, já se transformam em gordura. Como nove calorias correspondem a um grama de gordura, em um ano você terá consumido 36 mil calorias extras, e vai engordar quatro quilos. É difícil. Se fosse fácil, não precisaríamos falar disso. É uma mudança de comportamento. Nós temos que, realmente, mudar os nossos hábitos. Comer menos e aumentar a atividade física, só assim conseguiremos emagrecer. Não há quem discorde desta recomendação. Ou fazemos exercício e reeducação alimentar, ou então teremos graves complicações de saúde. Então, temos que escolher o que eu queremos. Eu quero viver  com qualidade de vida, com saúde? É importante ter a consciência  que depois que emagrecemos não podemos ingerir  excessos de alimentos, temos continuar a gastar as calorias com exercícios físicos, caso contrário as nossas células gordurosas vão crescer de novamente.

Um comentário:

  1. Plágio? Copiaram? não citaram a fonte.. já vi essa matéria em outro lugar..

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