“Gosto mais do Amapá do que
da minha terra natal”
Edmilson José dos Santos
Barbosa
Abinoan Santiago
Na última reportagem da editoria “Sobrevivente” do ano de 2011, o
Jornal Tribuna Amapaense entrevistou um senhor que trabalha fabricando um
alimento que o amapaense não deixa faltar na sua mesa, seja na hora do almoço
ou do jantar, dependendo da aptidão. Quem compra açaí no bairro Santa Rita,
para ser mais específico, na Rua Professor Tostes, sabe o endereço do
verdadeiro gosto da fruta, pois quem o fábrica é um senhor que há mais de doze
anos trabalha nesse ramo. Edmilson José dos Santos é o homenageado da semana,
um homem que gosta de trabalhar, isso não podemos negar, pois enquanto estava
dando entrevista, o mesmo também pegava água para por na batedeira, assim como
tirava e colocava o açaí nas panelas. Seu Barbosa, como é conhecido no bairro
onde mora e trabalha (Santa Rita), tem 57 anos, nasceu num dia bom para os
astros, 11 de Novembro (11) de 1954, segundo os numerólogos, quem nasce no dia
11, são pessoas de ideais e aspirações e que estão sempre em evidência, o que
combinou com Barbosa. O homenageado da semana é filho do casal paraense,
Martinho Barbosa (agricultor) e Maria Rosa dos Santos (dona de casa).
Matrimônio que lhe deram cinco irmãos – Edailton, Darci, João, Manoel e Milton.
Barbosa também construiu a sua família. Possui quatro filhos – 3 homens e 1
mulher, (Enilson, Edvanilson, Zé Maria e Andréa). O “sobrevivente” também se
dedica aos seus netos com muito carinho, são eles: Catriel, Catrine, Ludmila e
Vitor.
A vinda do nosso entrevistado ao Amapá é um pouco curiosa, pois ele
afirma que seus pais não tinham a pretensão de morar em Macapá: “viemos apenas
para passear”. Porém como a terra Tucuju conquista, a família Barbosa fincou as
suas raízes e daqui não saiu mais. Portanto há 33 anos vivem neste rincão,
desde 1978.
Trabalho
Barbosa é proprietário de uma amassadeira de açaí, que leva o
sobrenome da família, ou seja, uniu o útil ao agradável, “Açaí do Barbosa”,
enquanto a entrevista rolava no seu estabelecimento, os clientes não paravam de
chegar para comprar o “açaí nosso de
cada dia” para o seu almoço.
Segundo Barbosa, ele adquiriu a sabedoria da fabricação do açaí com
os seus pais, “meu pai já trabalhava com esse produto”, afirma. O seu genitor
trabalha com açaí até hoje no Bairro do Trem (Avenida Diógenes Silva). Um dos
seus filhos também chegou a trabalhar na sua amassadeira, portanto, essa
tradição de fabricação de açaí é passada de geração a geração pela família
Barbosa.
Antes de ser um micro empresário do ramo alimentício, o nosso
entrevistado também exerceu outras funções. Chegando a viajar para o município
de Laranjal do Jarí em 1978 para trabalhar três anos numa madeireira. Retornou
à capital em 1981 para exercer basicamente a mesma função.
Outro serviço que Barbosa exerceu na estrada da vida foi o de
taxista. Ele conta que foi um trabalho muito prazeroso, “eu gostei de rodar de
táxi na praça, tanto que de vez em quando eu ainda trabalho como taxista”,
frisa. Porém a sua amassadeira ainda é o seu xodó, pois de acordo com ele, a
renda no final do mês é mais vantajosa.
Barbosa também está se aventurando como proprietário de
restaurante. Hoje, junto com um dos seus filhos, administra o restaurante “Tudo
com Açaí” ao lado da sua amassadeira.
Na finalização na entrevista, perguntamos a ele se não tem vontade
voltar ao Pará, ele respondeu: “Gosto
mais do Amapá do que da minha terra natal”
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