sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Vicente Cruz: A verdade sobre a verba indenizatória da Assembléia Legislativa e o discurso patife


O filósofo Arthur Schopenhauer garantiu seu lugar entre os clássicos com a publicação de sua suma filosófica “O Mundo como Vontade e Representação”. Depois disso, com o objetivo de reforçar seu sistema filosófico, publicou vários adendos. Um dos mais importantes, contudo, ficou no rascunho e só foi publicado depois de sua morte. Trata-se de “Dialética Erística” uma análise dos principais esquemas argumentativos que os filósofos pilantras lançavam mão para persuadir o público de que focinho de porco é tomada. Um verdadeiro manual de patifaria, “não para uso dos patifes e sim de suas possíveis vítimas, isto é, nós, o povo”, afirma o filósofo Olavo de Carvalho no livro “Como vencer um debate sem precisar ter razão” que reproduz as estratégias e as comenta. São 38 estratagemas que resumem a malícia humana e suas precauções contra a argumentação desonesta.


Exemplo atual da patifaria e da malícia humana viu-se com os comentários feitos acerca da verba indenizatória instituída pela Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Estado do Amapá para reembolsar eventuais despesas dos deputados com gastos inerentes a atividade parlamentar. Os comentaristas mesquinhos, partidários e idiotas logo afirmaram que a tal verba indenizatória passara a integrar os subsídios dos Deputados e que isso era uma vergonha, visto que receber cem mil reais é “ilegal, imoral e indecente” e que tais verbas, como sempre, deveriam ser melhor investidas na saúde, na educação e na segurança, verdadeiro bordão dos “sem-pensamento”, utilizado para qualquer insatisfação que envolva investimento público.
Ora, a verba indenizatória, como o próprio sugere, trata-se de vantagem em pecúnia eventualmente concedida ao deputado que fizer gastos com a atividade parlamentar dentro de um restrito número de hipóteses, cuja comprovação é requisito para o recebimento, e que não pode ultrapassar ao limite de cem mil reais. Assim, a verba indenizatória não integra o subsídio do Deputado e seu recebimento depende da efetiva comprovação da despesa. Contudo, os adversários políticos do Presidente da Assembléia Legislativa logo tacharam o ato de ilegal, imoral e indecente, porque deputado não pode receber cem mil reais todo mês de verba indenizatória, carimbado no contracheque, por ofender princípios basilares da Administração Pública.
Essa afirmação é um exemplo acabado da “dialética erística” desvendada pelo filósofo alemão, eis que revela a clara intenção do debatedor de ganhar o debate a ferro e fogo, isto é, por meios lícitos e ilícitos, mesmo que não tenha um punhado de razão. A  verba indenizatória, já se disse, só poderá ser paga se o parlamentar efetivamente comprovar a despesa e a ética na utilização do valor depende de cada deputado que aferirá dentro de seu juízo valorativo. É esse seu importante fundamento e conteúdo ético que deve ser avaliado isoladamente em cada deputado que utilizar o benefício. Desse modo, se determinado deputado fizer uso desregrado da verba indenizatória e sem pertinência com a atividade parlamentar e ainda assim recebê-la, aí sim, cabe a crítica. Todavia, fazer crítica ao instrumento concessivo sem alusão a qualquer caso concreto e afirmar que todos recebem mensalmente a tal verba indenizatória é patifaria argumentativa e tirania insolente da malícia humana feita com o propósito de se tornar o dono da razão e ganhar o debate a qualquer custo e jogar, ainda, seu opositor na lama.
Há de se crer que alguns que criticam a verba indenizatória não devem conhecer seu fundamento legal e seu conteúdo ético. Para outros, contudo, isso pouco importa porque seu objetivo malicioso é vencer o debate mesmo que para isso tenha que se valer da discussão vazia, torpe, idiota, insolente, ultrajante e maldosa. Deixemo-nos, então, dizer o que querem porque “ser idiota é dos direitos do homem” e pensemos na orientação fundada de Voltaire quando se deparava com situação semelhante “A paz vale ainda mais que a verdade”. O resto, meu caro, é geléia geral e discurso patife.
RABISCOS
Só maldosos podem afirmar que a verba indenizatória cai no contracheque do parlamentar todo mês. São do tipo que o que vale é difamar, caluniar e injuriar em nome do jornalismo ético. Uma pitomba. Isso tem nome patifaria argumentativa aprendida no berço///E o cara afirma sua gogologia com uma convicção samaritana, Pode Juvenal?////E  a merenda regionalizada quando cunhou para o incremento da agricultura familiar neste ano, hein, já da para aferir?////E partiu Leonai Garcia, polemista inveterado que não receava em defender a ferro e fogo suas idéias. Marcou posição em vida. Amava o Boêmios e o Laguinho. Saudades eternas///Encontro Dep. Dalto Martins na PMM. Alguma causa municipal, Deputado? Eitsha....///Por que a LIGAJAP é a preferida de Zé Miguel quando o assunto é convenio, hein? Depois vou contar um pouco da história dessa entidade//// Agora quem faz buraco asfaltado é a CAESA e a ADAP, coisas do PAC (pronúncia bem homo, por favor!).  Prefeito, mais uma vez, mande essa turma tapar os buracos direitinho, mas bem direitinho mesmo como diz o “malaco” que frauda carnaval e anda meio desaparecido da quadrilha...////Prefeito Roberto recebe premio nacional de Prefeito Destaque em gestão pública municipal, dia 9, Rio de Janeiro. Povaréu atento, reconhece/// Mais uma vez, só para reforçar: se o número de buracos feitos pela CAESA representar água, então teremos um dilúvio na cidade. Se não, teremos o maior projeto de buraco do mundo com direito à premiação////Prefeito Roberto anuncia na próxima semana investimento para o carnaval. LIGAJAP NÃO, já disseram algumas escolas. Não precisa!!!///////Fernando Canto anda pavulagem com seu conto “O Bálsamo” em francês. Enquanto isso, vou ganhando a aposta.  A propósito, você já foi vítima da “dialética erística” de alguns arautos da moralidade? Eu, já! Mas prestigiei o silêncio///Boêmios já nos trabalhos para o carnaval 2012. Compra de materiais na agenda/// E disse o advogado Gesiel, aporrinhado com o CQC: “Abespinhado ainda com a reverberação luctífera dessa chalaça mofa com meu rincão”. Égua, que é isso, Dr.? ////E a imprensa PINK, aquela que bajula até os talos, lê meia página do almanaque abril e se acha, como vai? Já fez alguma crítica a verba indenizatória, não? Huum, então, falem. É bom pro ego!!!///Deputado Moises Souza continua azeitando o rifle. Por enquanto se defendendo dos bolinhos de lama dos adeptos da dialética erística..////Roberto Góes me pergunta pela verba indenizatória. Não fiz gastos, meu caro, logo não conheço seu cheiro....////bye

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