Esse
é mais um dos adágios populares que minha avó usava na sua regra do “bom
viver”. Ela dizia que o homem ou a mulher, deveria estar preparado para todas
as oportunidades que surgisse na sua frente,pois caso não aproveitasse,
dificilmente a sorte voltaria a sorrir
para o desafortunado.
Tem
muita gente que deve avaliar, e avaliar com muito critério, o processo
eleitoral que se avizinha. Para muitos, a pretensão de irem para o Laurindo
Banha é insana, para outros, a inapetência política é covardia.
Uma
eleição majoritária exige grupo, digo, apoiamento de grupos políticos, pois
ninguém é candidato de si mesmo. Além desse requisito, é necessário uma empatia
com o público eleitor, do contrário, meter a cara é imprudência, teimosia falta
de simancol.
No
processo eleitoral nada acontece por acaso, como na rede social. Uma frase do
tipo “Menos Luiza que está no Canadá”, se torna febre e todo mundo entra na
onda e pronto. Milhões de pessoas entram na rede e usam a expressão. Na política,
só a ciência resolve. Há de se fazer uma pesquisa de intenção de votos, para
saber se o eleitor tem empatia com aquele candidato ,e buscar saber do eleitor
o que ele avalia de positivo e de negativo no sujeito, e então contratar um
profissional de marketing político para fazer um trabalho em cima do político. Isso não é receita para se ganhar eleição, é
pré-requisito para se participar de um pleito majoritário.
No
Amapá, recentemente, vimos uma eleição mudar de rumos. A eleição para o senado
da república e para governo, foi obra e graça da operação Mãos Limpas, que
levou para a prisão Waldez Góes e Pedro Paulo Dias de Carvalho. Camilo
Capiberibe e Randolfe Rodrigues, foram beneficiados, porém, vejam! O
beneficiado Camilo Capiberibe, que faz parte de uma família tradicional da
política local e estava no cumprimento de um mandato de deputado estadual,
havia saído de uma eleição majoritária para prefeito de Macapá, cujo resultado
foi muito parelho com atual prefeito Roberto Góes.
Já
o outro beneficiado, Randolfe Rodrigues, hoje senador, também não veio do nada.
Tem no curriculum dois mandatos de deputado estadual e uma trajetória de luta
social, e uma destacada participação no movimento estudantil do Amapá. Ambos
jovens, bem afeiçoados e com sólida formação acadêmica. Por tanto, embora a
Operação Mãos Limpas tenha mudado o curso da eleição majoritária no Amapá,
beneficiou dois jovens corajosos, pois as pesquisas diziam que Randolfe
Rodrigues não tinha chance para o Senado, ele disputava com raposas felpudas da
política tucuju, como o ex-senador, governador e prefeito, João Alberto
Rodrigues Capiberibe, o senador e ex-prefeito Papaléo Paes, ex-deputado federal
e ex-senador Gilvan Borges, o ex-deputado estadual e ex-governador Waldez Góes.
Teoricamente as chances de Randolfe eram praticamente nulas, porém sua empatia
com o eleitor, aliado a sua boa retórica, fizeram com que os votos de Waldez
migrassem para um jovem, que conseguiu mostrar ao eleitor, que ele era a esperança de uma mudança de
comportamento na condução de um mandato no Senado da República.
Camilo
Capiberibe, que soube se apropriar do discurso da moralidade e da probidade com
o erário, também foi aos poucos caindo nas graças do eleitor, que ansiava por
mudança na condução da coisa pública. Na realidade, os dois beneficiados,
tinham um bom currículum, pois se fossem dois pangarés eleitorais, nem a
operação Mãos limpas lhes favoreciam, aliás, eles não estariam sendo exemplos no
meu texto, com certeza.
Então
este processo eleitoral requer cautela e muito caldo de galinha. Tem gente que
vai entrar na chuva e não vai se queimar, outros possuem chances de acontecerem
e outros precisam deixar de ser caramujo, e acreditar mais no seu potencial,
mas com as costas bem guardada, pois podem entrar na chuva e saírem muito bem
chamuscadas. Não é Vicente Matheus?
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