Reinaldo
Coelho
Da
Reportagem
O projeto do Conjunto do Mucajá foi dividido em duas etapas. A
primeira, já concluída, foi a construção dos apartamentos e entrega para aos
moradores. A segunda, consiste na urbanização da área de risco, de onde estes
cidadãos foram retirados, sendo que lá será construída a área de lazer dos moradores. Cerca de 20 famílias ainda residem naquela localidade e aguardam pela
indenização da Prefeitura de Macapá. Deste montante, sete famílias ainda serão
sorteadas para ocupar os apartamentos vagos.
Para acompanhar os serviços de perto, mais uma vez o prefeito Roberto
Góes, esteve no local e afirmou que os trabalhos na área serão permanentes até
a conclusão das obras de urbanização. “Estamos acompanhando os serviços de
perto para que tudo esteja pronto dentro do previsto. Esta semana vamos
trabalhar na retirada dos entulhos e em seguida já estaremos com equipes da
vigilância sanitária que vai trabalhar a prevenção da dengue e leptospirose”,
disse.
A previsão para retirada total dos entulhos é até esta terça-feira, (24).
O Secretario de Obras do Município Carlos Aragão, disse que o trabalho será em
ritmo acelerado, pois o período chuvoso pode atrapalhar. “Nosso esforço será
para terminar até o inicio da próxima semana, mas sabemos que as chuvas podem
atrapalhar, pois a área é muito frágil e as máquinas precisam trabalhar com
muito cuidado, entretanto não vamos medir esforços para terminar o serviço o mais
rápido possível”.
Os trabalhos da Vigilância Sanitária estão previsto para serem iniciados
na próxima quarta-feira, dia 25, e vai abranger toda a parte baixa do Mucajá. A
dengue e a malária serão monitoradas. As fossas abertas deverão ser tapadas
para que o terreno possa ser entregue à empresa que deve começar as obras ainda
este mês. Com isso, a prefeitura dá segurança também aos moradores da parte de
cima, visto que a área de baixo está tomada por entulhos, servindo de
esconderijo para ladrões e viciados.
Custos da obra
O prefeito Roberto Góes, destacou que os recursos disponíveis para a
urbanização da parte baixa do Mucajá, somam R$ 2 milhões. Após realizar a
limpeza do local, a Prefeitura de Macapá abrirá processo licitatório para a
contratação da empresa que ficará responsável pela execução das obras. “Os
moradores do Mucajá já foram muito marginalizados e o nosso objetivo
não é apenas entregar os apartamentos, mas também acompanhar estas famílias e
fazer uma participação ativa junto à comunidade. Além da urbanização desta
área, nós vamos fazer um levantamento de quantos moradores estão desempregados.
O intuito é destinar dois empregos a cada três criados pela Prefeitura”,
afirmou Roberto Góes.
O prefeito determinou a Secretária Municipal de Assistência Social e
Trabalho (Semast), Cleuma Duarte, que proceda um levantamento de todos os moradores, destacando
aqueles que estão fora do mercado de trabalho. De posso desses dados, o
prefeito chamará empresas e instituições parceiras para garantir ao menos um
posto de trabalho em cada apartamento.
Segundo a secretária da Semast,
Cleuma Duarte, após concluir o estudo social, será realizada uma reunião para
determinar quem são as pessoas que terão oportunidade de receber apartamento no
conjunto Mucajá. “Os critérios obedecidos por essas famílias são os mesmos já
utilizados: número de membros e renda de até três salários mínimos. Essa determinação
da prefeitura será em conjunto com o Ministério Público, para que se possa
indicar as famílias que ocuparão os sete apartamentos vagos do conjunto
Mucajá”, detalhou.
Como será a urbanização
O secretario Carlos Aragão, que é o “coringa” do governo de Roberto
Góes, destacou que desde o início da administração do PDT, em Macapá, o foco
principal é a melhoria de condições de vida dos munícipes, e é o que vem acontecendo
até agora. Com referência as obras que serão realizadas na parte baixa do
Mucajá, Carlos Aragão, relaciona. “Serão
construídos: um complexo esportivo e de Lazer, com Quadra de futebol, praça com play graund e terá uma área
comercial, visto que muitos moradores tinham pequenos comércios onde moravam, como
batedeiras de açaí, barracos de venda peixe e camarão, corte e costura, salão
de beleza e mini-box. Também estão previstas a construção de uma estação de
captação de água. Tudo será urbanizado para poder ser integrado à parte de
cima. O importante é dar dignidade e segurança às famílias”,
Convivência social no condomínio
Os principais pontos destacados
pelos síndicos , foram quanto às regras de convivência em um condomínio. Sem
trabalho, muitos moradores estão comercializando produtos em seus apartamentos,
o que tem gerado certo transtorno em alguns prédios. Há casos de pessoas que comercializam
peixe, camarão e até criam pequenos porcos nos apartamentos.
Quanto aos percalços que alguns
moradores do conjunto têm enfrentados, a moradora Lucimar da Costa Baía, de 68
anos, afirma que o Conjunto Habitacional do Mucajá é um verdadeiro paraíso e o
que falta para os demais moradores, é a prática da boa vizinhança. “Cada um
sabe da sua obrigação, e se todos se unirem, nós não teremos mais problemas. A
Prefeitura de Macapá nos tirou do meio do lixo e dos ratos, e nós só temos é que
agradecer. Eu faço a minha parte e colaboro com toda a comunidade”, disse
Lucimar.
Problemas na estrutura dos blocos
O prefeito Roberto Góes ,explicou
que até março, a empresa Dan Herbert, responsável pela construção do conjunto,
estará fazendo reparos e auxiliando na adequação da estrutura dos apartamentos.
A partir desta data, os apartamentos serão oficialmente de responsabilidade dos
moradores.
O engenheiro João Paulo, da
empresa Dan Hebert, responsável pela construção do Conjunto Mucajá, questiona
as informações passadas por alguns membros do Corpo de Bombeiros, sobre
supostas condições de risco na estrutura do conjunto.
Ele afirma que a questão foi
política e que alguns problemas relacionados a rede de esgoto, paredes e bombas
d’água, são decorrentes de má utilização por parte de alguns moradores. “Alguns
moradores, por falta de costume na manipulação, esquecem torneiras abertas, o
que causa infiltrações para outros apartamentos.”
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