por José Alberto Tostes
Muito tem se discutido sobre a necessidade da
sustentabilidade de nossas cidades, e tem sido recorrente a preocupação com o
meio ambiente, tanto no cenário nacional como internacional, tem sido
diversos os eventos que tem promovido a reflexão a respeito do uso racional
dos recursos naturais e principalmente a destinação final de lixo urbano
doméstico, entulhos e resíduos sólidos.
No cenário local, especificamente a cidade de
Macapá, ainda estamos distante de qualquer perspectiva que se possa pensar
sobre a sustentabilidade, este termo ainda é algo direcionado apenas no debate
das universidades, faculdades ou alguns órgãos públicos vinculados ao meio
ambiente. É preciso verificar que nos últimos anos, a falta de controle e
fiscalização urbana da cidade, provocou uma série de irregularidades que podem
ser percebidas por qualquer pessoa, em vários bairros da cidade de Macapá.
Um destes problemas que pode ser considerado
extremo, quanto aos danos para a sociedade, é o grande número de fossas que
estão sendo construídas no passeio público, ou seja, na calçada, tudo isso, com
a permissividade do poder público. O resultado desta situação tem sido
verificado em vários locais que exalam mau cheiro, prejudicando sensivelmente a
qualidade de vida urbana em nossa cidade, diversos fatores contribuem para
isso, tais fossas não são construídas dentro de um padrão técnico recomendado,
tudo acaba virando um grande depósito de recebimento de águas servidas, de
resíduos fecais e água da chuva, e para piorar a situação, em muitos
bairros tem sido realizado pelos moradores a ligação clandestina de águas
servidas diretamente para a via pública, contribuindo para que o mau cheiro se
torne recorrente na paisagem urbana da cidade de Macapá.
Tais fatos são graves, é preciso ações
urgentes para combater este cenário de irregularidades que poderão ser
acentuados, não somente nos bairros periféricos, mas também nas áreas centrais,
hoje se concentra os investimentos na construção de prédios, onde poderá
ocorrer rapidamente a saturação da rede de esgoto primário. As condições
existentes retratam a escassez de investimentos em rede de esgoto primário, o
Amapá apresenta a menor taxa de rede de esgoto primário da região norte do
Brasil. Em vários bairros, a situação está se tornando um problema de
saúde pública, como o bairro dos Congos, onde, há um grande número de poços
amazonas abertos, próximos de fossas, tem sido um costume incorreto da
população, a cada fossa a céu aberto que se esgota, os cidadãos abrem outra, e
assim sucessivamente, sem nenhuma orientação técnica. A cidade de Macapá exala
mau cheiro em vários trechos.
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