segunda-feira, 19 de março de 2012

Artigo do Tostes

Abertura de fossas no passeio público



por José Alberto Tostes



Muito tem se discutido sobre a necessidade da sustentabilidade de nossas cidades, e tem sido recorrente a preocupação com o meio ambiente, tanto no cenário nacional como internacional, tem sido  diversos os eventos que tem promovido a reflexão a respeito do uso racional dos recursos naturais e principalmente a destinação final de lixo urbano doméstico, entulhos e resíduos sólidos.

No cenário local, especificamente a cidade de Macapá, ainda estamos distante de qualquer perspectiva que se possa pensar sobre a sustentabilidade, este termo ainda é algo direcionado apenas no debate das universidades, faculdades ou alguns órgãos públicos vinculados ao meio ambiente. É preciso verificar que nos últimos anos, a falta de controle e fiscalização urbana da cidade, provocou uma série de irregularidades que podem ser percebidas por qualquer pessoa, em vários bairros da cidade de Macapá.


Um destes problemas que pode ser considerado extremo, quanto aos danos para a sociedade, é o grande número de fossas que estão sendo construídas no passeio público, ou seja, na calçada, tudo isso, com a permissividade do poder público. O resultado desta situação tem sido verificado em vários locais que exalam mau cheiro, prejudicando sensivelmente a qualidade de vida urbana em nossa cidade, diversos fatores contribuem para isso, tais fossas não são construídas dentro de um padrão técnico recomendado, tudo acaba virando um grande depósito de recebimento de águas servidas, de resíduos fecais e água da chuva, e para piorar a situação, em  muitos bairros tem sido realizado pelos moradores a ligação clandestina de águas servidas diretamente para a via pública, contribuindo para que o mau cheiro se torne recorrente na paisagem urbana da cidade de Macapá.

Tais fatos são graves, é preciso ações urgentes para combater este cenário de irregularidades que poderão ser acentuados, não somente nos bairros periféricos, mas também nas áreas centrais, hoje se concentra os investimentos na construção de prédios,  onde poderá ocorrer rapidamente a saturação da rede de esgoto primário. As condições existentes retratam a escassez de investimentos em rede de esgoto primário, o Amapá apresenta a menor taxa de rede de esgoto primário da região norte do Brasil. Em vários bairros, a situação está se tornando um  problema de saúde pública, como o bairro dos Congos, onde, há um grande número de poços amazonas abertos, próximos de fossas, tem sido um costume incorreto da população, a cada fossa a céu aberto que se esgota, os cidadãos abrem outra, e assim sucessivamente, sem nenhuma orientação técnica. A cidade de Macapá exala mau cheiro em vários trechos.

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