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Manifestantes da marcha contra a corrupção |
Dando
continuidade à mobilização nacional, ocorreu em Macapá a “Marcha contra a
corrupção”, neste sábado (21).
Organizada por parte da sociedade civil brasileira, a marcha busca sensibilizar a população numa união contra a corrupção. Este ano, algumas das reivindicações da marcha foram: o enquadramento da corrupção como crime hediondo; o fim do foro privilegiado; fim do voto secreto no Congresso e o julgamento imediato do Mensalão, esquema de corrupção investigado em 2005.
Organizada por parte da sociedade civil brasileira, a marcha busca sensibilizar a população numa união contra a corrupção. Este ano, algumas das reivindicações da marcha foram: o enquadramento da corrupção como crime hediondo; o fim do foro privilegiado; fim do voto secreto no Congresso e o julgamento imediato do Mensalão, esquema de corrupção investigado em 2005.
Em Macapá, assim
como em outras capitais, a marcha foi declarada como apartidária, um passo
importante para afastar aqueles que tentam defender - ou em alguns casos,
limpar o nome - os partidos do qual fazem parte. Apesar da maciça divulgação na
internet, nem foi preciso a organização do evento dizer que poucas pessoas
compareceram: foi notória a fraca participação da população amapaense na marcha,
e a maioria participante era de jovens. Por quê? Será que é porque o evento
somente foi divulgado na internet?
Acredito que
não. Grande parte da população se deixa levar pela crença de que “protestar não
adianta”. Ainda há o estereótipo de que quem participa de uma manifestação,
marcha ou protesto não é nada mais que um “revoltado”. É realmente lamentável
que ainda se pense assim. Essas mobilizações são, indiscutivelmente, o primeiro
passo a ser dado em busca da transformação da realidade. As pessoas que delas
participam tentam mostrar que querem mudança do quadro de mazelas existentes no
país, que querem uma sociedade mais justa e democrática. Em Macapá, 300 pessoas
de um total de mais de 500 mil demonstraram que querem mudança. Sim, somente 300
pessoas participaram da marcha contra a corrupção. É um número insignificante
se comparado ao total da população da capital.
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Manifestantes tentando acordar Macapá |
Alguns podem
dizer: “Uma andorinha só não faz verão”. Eu desacredito. Toda e qualquer
manifestação pacífica tem seu significado, importância e seus resultados. Nada
é em vão. No caso da marcha, 300 “andorinhas” tentando “fazer verão” são muito
importantes e o ato certamente terá sua eficácia, mesmo que em longo prazo. É
claro que se toda a população se juntasse o resultado seria visto mais cedo.
Mas é que a sociedade sofre de uma espécie de cegueira ou catarata e não consegue perceber a relevância dos protestos, das marchas e das manifestações. Preferem mesmo é ficar em casa, assistindo tudo pela televisão, falando que tem corrupção em todo o lugar e que Macapá é um buraco, que é isso e é aquilo. Como diriam os manifestantes: “Acorda, Macapá!”.
Mas é que a sociedade sofre de uma espécie de cegueira ou catarata e não consegue perceber a relevância dos protestos, das marchas e das manifestações. Preferem mesmo é ficar em casa, assistindo tudo pela televisão, falando que tem corrupção em todo o lugar e que Macapá é um buraco, que é isso e é aquilo. Como diriam os manifestantes: “Acorda, Macapá!”.
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