sexta-feira, 18 de maio de 2012

Potencial Turístico Amapaense: É preciso investir mais

Por Fabiana Figueiredo




O Amapá tem atraído olhares de todo canto do mundo por ser um Estado rico em belezas inéditas e naturais, com grande potencial energético, turístico, mineral, madeireiro, pesqueiro, agropecuário, entre outros. Aproximadamente 72% de suas terras são protegidas, envolvendo áreas de conservação, terras indígenas e quilombolas.
Infelizmente, ao se tratar de turismo no Amapá, pode-se perceber que este segmento ainda é pouco explorado comparado a outros estados. Mesmo que no Brasil onde os índices turísticos vêm crescendo, isso ainda é muito pouco para o potencial turístico que ele oferece por meio de suas belas áreas naturais. É necessário que seja aumentado o investimento neste grande segmento, pois o turismo é, para muitos países, um dos maiores contribuintes para o PIB nacional.
Dentre os serviços prestados com a exploração turística, há a logística operacional como: os meios de transporte, restaurantes e a rede hoteleira que precisam ser melhoradas. Devendo ocorrer o aumento do número de hotéis, pousadas e meios de transportes, assim como a melhoria de ruas e estradas que deem acesso aos visitantes às localidades de atração, como pontos turísticos da capital e do interior. 
Outro serviço a ser trabalhado é o dos taxistas, motoristas de ônibus e vans, cobradores, mototaxistas precisam ser treinados para receber bem o turista: por meio dos cursos de idiomas, de sinais, de relações humanas, entre outros. Na área hoteleira é necessário que se invista na produção de acomodações dignas, ressaltando o verde e o ambiente amazônico, mostrando a realidade da região. Temos grande potencial na área esportiva radical, além da Pororoca, temos rios com corredeiras, e trilhas ecológicas.
O potencial histórico e natural do Estado do Amapá é grande também. Entretanto, o que falta é a exploração desse segmento. Tem-se um grande numero de Turismólogos formados e que precisam ser inseridos no mercado de trabalho, o qual ainda é muito escasso no Estado. As agências de turismo amapaense têm que parar de emitir apenas bilhetes de passagem e começarem a vender pacotes de viagens para o Amapá, ressaltando nossas riquezas turísticas. 

Início de mudanças
Um grande impulso poderá começar a ocorrer nesta semana (16 a 20 de maio), em que o Amapá está sediando o XXXII Congresso Brasileiro de Guias de Turismo (CBGTUR). O evento é realizado pela Federação Nacional dos Guias de Turismo (FENAGTUR) e pelo Sindicato dos Guias de Turismo do Amapá (SINGTUR), em parceria com instituições não-governamentais e o Governo do Amapá, por meio da Secretaria de Estado do Turismo (SETUR). O evento concentra suas atividades no Ceta Ecotel, que é parceiro do Congresso.
O Congresso, realizado anualmente, reunirá guias de turismo de todo o Brasil e de outros países que, durante os cinco dias do evento, participarão de várias atividades como palestras, debates, mesa redonda e programações culturais.
Durante o evento, serão debatidos diversos temas relacionados à formação profissional da área de turismo, a relação do profissional com a preservação e conservação do meio ambiente, acessibilidade e inclusão no turismo, além de promover um intercâmbio de experiências entre os guias. A capacitação do profissional atende assim não apenas às necessidades deste, mas também da comunidade onde atua.
O público-alvo envolve guias de turismo do Brasil e da América do Sul; estudantes dos cursos de formação em guia de turismo, cursos de turismo e áreas afins; turismólogos, técnicos em turismo e profissionais ligados à preservação do meio ambiente e/ou do Patrimônio Artístico-Cultural, gestores e empresários do segmento. Assim, nesse final de semana, chegaram grupos de profissionais de Recife, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, dentre outros estados e países, como França, Argentina e Peru.
De acordo com a presidente do Sindicato de Guias de Turismo do Amapá, Obde Gadelha, a atividade profissional do guia de turismo, na prática, é ser o aglutinador dos diferentes elementos da vida cotidiana local, bem como a vivência rotineira diária do visitante. "É muito comum que o guia de turismo seja citado como o último elo da cadeia turística com o qual o turista lida. O CBGTUR propõe uma nova visão, colocando o guia no lugar ao qual ele pertence", completa Obde. "São mais de 600 guias turísticos que estarão participando do Congresso e que deverão levar as lindas imagens do Amapá para seus Estados" completa a presidente.
Temos que levar em consideração, também, que o Brasil sediará dois grandes eventos nos próximos anos, que irão movimentar diversos setores de atuação de um país; para tanto, deve haver uma grande expansão do Brasil. O Amapá, por sua localização geográfica de fronteira, pode ser tornar um pólo de integração para o turismo nacional e internacional. Dessa forma, o tema escolhido para a 32ª edição do Congresso é: "O Guia de Turismo como Agente de Integração de Culturas".
A Secretária de Turismo do Amapá, Helena Colares, declarou que a realização do evento conta com ajuda de investimentos públicos e privados, e que pode se tirar muito proveito: "Esse trabalho tem que ser feito pela aliança da iniciativa privada em parceria com o poder público e essa aliança tem que se fortalecer cada vez mais no intuito desse desenvolvimento econômico e social para o Estado do Amapá".

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