segunda-feira, 4 de junho de 2012

Atleta do Passado - Edson Vidal, o "Peixe agulha"


Por Gabriel Fagundes

Nascido em 25 de setembro de 1942, no município de Amapá, Edson Vidal Guilherme é um dos grandes nomes do atletismo amapaense. Mais conhecido como "Peixe Agulha", garante que nunca soube a razão do codinome. Alguns diziam que era pela forma veloz com que ele nadava e corria. "Foram inúmeras medalhas e troféus, além da conquista de vários campeonatos como velocista em 100 e 200 metros, além de vários torneios de salto em altura. Na época não tinha ninguém para bater o Peixe Agulha como velocista", lembra com orgulho Edson Vidal.

Formado aos 18 anos em Iniciação Agrícola na cidade em que nascera, Edson Vidal contou um pouco de sua bela história de vida. "Decidi deixar meus pais e minhas 12 irmãs na cidade natal, e buscar novos horizontes aqui na capital. Em Macapá, me dediquei aos estudos e ao trabalho." O "Peixe Agulha" foi também educador e contou como foi a experiência. "Foi o professor Luis Vieira que me proporcionou a prática de cursos de férias para especialização na área de Educação Geral de 1ª a 5ª séries primárias. Passei 10 anos dando aula em comunidades do interior. Em seguida, com o apoio do professor José Figueiredo de Sousa, o Savino, me graduei em Educação Física no Núcleo de Educação do Amapá."

Sobre o atual estado da educação no Amapá, Edson Vidal se diz insatisfeito: "Tudo está muito diferente. Não existe mais respeito. As coisas, no geral, não estão funcionando muito bem. Hoje o aluno faz o que quer na sala de aula e o mais espantoso é que se o professor falar mais alto perde o emprego. Antigamente, se o aluno desrespeitasse os mais velhos voltava pra casa com a mão inchada. A palmatória comia no centro. É preciso que o estudante hoje seja mais responsável, seja mais perseverante, tenha fé e acredite em si mesmo que tudo dará certo no final", declarou.

Atualmente com 69 anos, o "Peixe Agulha" garante que se considera um vencedor no atletismo e fora dele, também. "Foram muitas conquistas e hoje só restam saudades. Nunca me arrependi de nada do que fiz como atleta, nem mesmo como educador", recorda o desportista e professor.

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