Por Gabriel Fagundes
Instaurada
em 2003 no Estado do Amapá e gerenciada pelo Ministério da Educação (MEC), a
residência médica encontra-se hoje em uma fase de constante evolução e crescimento.
Tendo a duração de dois anos, a residência é uma formação continuada e proporciona
uma prática essencial a todo profissional, tornando-se de suma importância para
os médicos que procuram, após terminarem a graduação, se especializar em
determinada área.
Residência médica enriquece de experiência profissionais da área |
Para
poder exercer a função de residente médico, o profissional recém-formado deve
primeiro receber carteira do Conselho Regional de Medicina (CRM). Depois, pode procurar
fazer uma das especializações disponíveis no Estado do Amapá, nas seguintes áreas:
Pediatria, Ginecologia/Obstetrícia, Cirurgia Geral e Clínica Médica.
A maioria permanece
no Amapá
O
coordenador da residência médica no Estado, Dr. Aljerry Rêgo, declarou em
entrevista que durante os nove anos de existência da residência, o Amapá já formou
cerca de 65 médicos especializados. “O que mais chama a atenção é que 57% dos
médicos formados aqui continuam no Estado do Amapá. Como o cargo de residente
médico é disputado através de concurso público, que é amplamente divulgado na
internet, recebemos candidatos de todo o Brasil. A maioria dos residentes é de
Belém.”
No
Amapá, a cada ano ingressam na residência médica em média 16 médicos. A
prática, além de dar aos profissionais a possibilidade de adquirir experiência,
é remunerada. “Os profissionais que fazem residência médica recebem uma bolsa
instituída nacionalmente, determinada pelo MEC, que hoje é de R$2380,00. Esse
valor é o mesmo para todo residente, em qualquer lugar do Brasil. Aqui em
Macapá, para o médico que é de fora do Estado, além da bolsa, ele recebe um
auxílio-moradia no valor de R$300,00.”, destacou o Dr. Aljerry.
Não haverá
descredenciamento
Dr. Algerry Rêgo |
Recentemente
foram divulgadas na internet informações de fonte duvidosa, alegando que o MEC
iria retirar a residência médica do Estado do Amapá. Contrariando esse fato, o
coordenador da residência médica, Dr. Aljerry, declarou que houve um erro de
interpretação por parte de quem divulgou a notícia. “O que acontece é que
sofremos, periodicamente, um processo de avaliação feito pelo MEC, que a cada três
ou quarto anos manda uma comissão de médicos de fora para saber se estamos
seguindo todas as regras, para detectar falhas e dar prazos para que essas
falhas sejam corrigidas.”
O
Dr. Algerry aproveitou para falar sobre a atual situação da residência médica
no Estado. “A nossa residência está indo bem, estamos ampliando nosso programa,
mas é claro que temos os nossos problemas e algumas deficiências, como
estrutura ainda não adequada, entre outras coisas, o que é normal. Esse ano
estamos pleiteando junto ao MEC o aumento do número de vagas para Clínica
Médica e Cirurgia Geral. Também estamos pleiteando para 2013, abrir a residência
médica para Anestesia, que é uma carência grande que o Estado tem”, finalizou.
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