quarta-feira, 25 de julho de 2012

Dossiê - A militância "caroço de pupunha"


Houve tempo em que discutir política era um ato nobre e exigia dos interlocutores um mínimo de conhecimento. Os militantes políticos, então, eram homens iluminados que dependendo da orientação se conhecia pela vestimenta. Não decepcionavam porque conheciam suas orientações políticas com arrimo nas teorias e programas. Raros eram os que se metiam na vida política sem um mínimo de conhecimento do que pretendiam com a conquista do poder. Quando o mundo ficou dividido entre esquerda e direita a coisa ficou mais clara e, assim, direitistas e esquerdistas eram conhecidos a distancia e não sentavam na mesma mesa sem que um entrevero intelectual não fosse viável.

Hoje a coisa anda braba. Militante político se conhece pelo tanto que conhece do adversário naquilo que é desinteressante para o jogo democrático e pelo que desconhece de política. Sua prática é a desonra reiterada aos adversários mesmo que nada disso seja verdade. O que antes era um atributo das "marocas" e "fifis" hoje é capital do novel militante. Sua labuta diária no campo político se resume em saber alguma fofoca corriqueira sobre o adversário para proferir nas rodas e nas redes sociais. É uma mudança e tanto. Não se conhece mais os políticos pelas propostas, mas pelos adjetivos nada lisonjeiros que são produzidos nas "usinas" de maldades dos militantes toscos.

A juventude não lê os clássicos da literatura política e não se importa com o conteúdo programático dos partidos. Interessam-se menos ainda com as propostas elaboradas para persuadir o povaréu. O caldeirão de mediocridade é alimentado pelos políticos que hoje são forjados nas "sopas" semanais que patrocinam sem qualquer pudor ou nas "mesas" de discussão onde o que prolifera são estratégias montadas para como desmoralizar os adversários. Nada de conteúdo político que acene para uma peleja ética. Assim vai se produzindo a militância, cujos líderes jamais folhearam um resumo da base teórica da agremiação que acompanham.

Triste ver a militância travar batalhas sangrentas nas redes sociais, sede dos embates políticos modernos, sem qualquer conteúdo. A sorte é que os caracteres são poucos para tanta balbúrdia e mediocridade. A pobreza vai do português ao raciocínio onde os que têm algum conteúdo são massacrados pela horda nada gentil que domina o pedaço. É pernamancada pra todo lado, onde os melhores são o que mais ofendem e proferem o maior número de palavrões. Estes não raro, são os fiéis, logo arrebatados pelos partidos e candidatos como "quadros" importantes.

Não há sinais de mudança. Os partidos que deveriam preparar a militância para fazer propaganda de suas propostas hibernam na maior parte do tempo e se recusam fazer quadros preparados para o embate ideológico com cursos de formação política e, assim, vamos caminhando para o embate dos militantes "caroço de pupunha", cuja rudeza não convence nem o picolezeiro descrente e distraído da esquina. Os partidos distribuem mais bandeiras e praguinhas aos militantes do que orientação política e ética.

O saldo disso tudo é uma sociedade politicamente ignorante e pragmática que escolhe seus representantes não pelo convencimento dos agentes políticos, mas pelo tanto de favores que pode vir a ter. Isso, os militantes "caroço de pupunha" andam com as folhas de anotação de "demandas" na mão, instrumento vil da prática política moderna, sem gastar muita saliva e exercitar a mente, apenas prometendo que voltarão com a demanda atendida, fazendo de todos nós reféns das escolhas originadas das folhas amarrotadas e das mentes "zeradas" que no mais das vezes produzem assembléias e câmaras mudas e medíocres em desalinho com as suas essências, subvertendo o valor social dos parlamentos. Se aparecer algum militante "caroço de pupunha" em sua porta nesta eleição, como dizem os laguinhenses, "dê na cara".

Rabiscos
E não se faz mais militante político como antigamente. Agora basta o cara  saber ofender o adversário e operar uma mídia. Pronto ta dentro./////segundo consta os "lideres" agora ensinam "como ofender o adversário", eitcha..../////Candidatos todos alinhados não deram ainda a grande largada na campanha. É olho no olho. Égua!!!/////Cristina Almeida parece que vai retificar declarações de bens na Justiça eleitoral. Tava pobrezinha, pobrezinha, mas promete (palavra de escoteiro) campanha de 6 milhões de reais. Eita, caramba!!!/////Cristina foi multada em 15 mil reais por propaganda antecipada. Se usar o patrimônio declarado fica só com 5 mil reais de bens. Faça isso não senhora Justiça. É preconceito/////segundo fontes "inidôneas", claro, há um fight pela vaga do TCE entre o amigo Azolfo Gemaque e Jardel Nunes. Será? Quem será o predileto?/////E não é que meu nome saiu na lista de imprensa da ALAP, como "jabazeiro". Por que, hein? Ei, irmão, sou advogado, não enche!!!/////Carlos Lobato preparando contestação contra as ações por danos morais no exercício do jornalismo. Ele diz que não "afroxa". Conheço o polemista. É isso mesmo/////E agora sou "jabazeiro" aos olhos de adversários! Ta jabá. Tem um barbudo assistindo tudo de mansinho. O dono da rinha!!!!!/////Tem um gordinho pedindo para eu perder a calma e soltar um direto, só pode!!! Vai pedir voto, mágico!!!/////Junior Favacho vai conduzindo com cautela a ALAP durante a ausência de Moises Souza. Tem sido criterioso!!/////Prefeito Roberto foi à Brasília sentar à mesa com Sarney. Pauta: projetos habitacionais e outras "coisitas". Deu uma dor-de-cotovelo numa galera, hum, ah! se deu /////E a imprensa PINK, aquela que bajula até os talos, lê meia página do almanaque abril e se acha, como vai? Vocês alguma vez já foram citadas em listas de jabazeiros como eu, heim, babys? Hum, não, vocês  são profissionais, né lindas?/////E quem diria eu, um lamacento, agora jabazeiro, hein Silas Assis? O que dizem os "profissionais"? Será que noticiando colegas que ganham bem, graças a Deus? Na mosca. Ora vão trabalhar, vagabundos!!!/////Roberto Góes me pergunta se degustei um "jabá" algum dia. E como, meu caro, com feijão, então/////bye

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