segunda-feira, 16 de julho de 2012

Atleta do Passado - Léo


Mais um craque da época de ouro do futebol amapaense

Por Dalton John

Na semana em que o único clube amapaense que disputa uma competição em nível nacional entrou em campo e se deu mal, uma reflexão ficou no ar, qual o nível do futebol amapaense? Pedindo desculpas aos cronistas esportivos locais, mas a definição mais contundente ficou por parte do Atleta do Passado desta semana. Hoje morador de Natal, o ex-craque Léo, simplesmente afirmou que por lá não se tem notícia alguma sobre o futebol daqui.

Em visita a capital, Léo relembrou para o Tribuna Amapaense a sua trajetória em mais de 20 anos dedicados ao esporte local, e que marcou seu nome nos principais times da cidade, mas que tem um amor incondicional pelo São José, o mais querido do Laguinho. O ex-craque não se esqueceu de suas raízes, com a família constituída e os filhos criados e que residem em Macapá, Léo está contemplando a terra onde nasceu.

Começou no São José aos 15 anos e, em dupla função, jogava ao mesmo tempo no juvenil e no time principal, isso em meados da década de 1960. "Estava em um momento de renovação na equipe, que vinha em baixa. Nesse time comandado pelo Chefe Humberto, conseguimos ser bicampeões juvenil, na minha estreia no profissional, perdemos de 5 a 2 para o Juventus. Logo depois recebi convite do Macapá, fui jogar para lá mas não me acostumei, estava muito apegado ao São José, tanto que seis meses depois eu voltei", conta.
O tempo foi passando e Léo recebeu um novo convite, mas dessa vez para o Clube Atlético Cristal, jogou por um tempo no alvirrubro e desta vez estava preparado para ir para o Macapá, e por lá ficou até 1987. Ainda teve passagens por Amapá Clube e Oratório, mas com pouca pompa. "Posso considerar na minha vida esportiva, duas façanhas, em 1971, marquei o gol do título do São José e faturamos o bicampeonato, e em 1978 fiz o gol do último titulo amador do Macapá", afirma Léo.     

Léo ao lado de seu irmão Leoremir, outro grande craque
Partiu para Belém, a convite do Paysandu, e no papão jogou meia temporada. Pensando no seu futuro ingressou no exército e foi contratado pelo Clube do Remo, e como era militar não poderia ser empregado como jogador de futebol, o que fez Léo disputar apenas amistosos pelo Leão. "Fiquei seis meses disputando jogos que não valiam para o campeonato, mas fui para o Sport Club Belém e passei a jogar, pois esse time era das Forças Armadas, mas como naquele momento estava pensando no meu futuro, eu estudava mais do que jogava, e surtiu efeito, me tornei professor de matemática e logo depois oficial de justiça, e assim dei uma vida estabilizada para minha família", diz.  

De malas prontas para voltar para o nordeste, o ex-craque exaltou a época em que jogava. "O brilho do futebol estava no espírito. Não jogávamos, apenas brincávamos, pois naquele tempo não haviam olheiros, janelas de transferência, somente quem nos acompanhava era a torcida, que cobrava o máximo da gente", finaliza.   

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