Rilton Amanajás não vai à reeleição

Por Reinaldo Coelho

Vereador-presidente da CMM não irá concorrer ao 

terceiro mandato

Uma das novas lideranças que vinha despontando no cenário político amapaense, trazendo uma renovação na gestão e novas ideias para o desenvolvimento político e social de Macapá e quiçá do Estado, Rilton Amanajás (PSDB), vereador e presidente da Câmara Municipal de Macapá, decide não disputar a reeleição ao cargo de vereador, depois de dois mandatos consecutivos e uma reeleição garantida.

O parlamentar declarou que o motivo que o levou a abrir mão da disputa eleitoral foi o fato de estar decepcionado com os rumos da política e também cuidados com a sua vida familiar. A decisão é pessoal e, de acordo com ele, tomada depois de uma intensa reflexão sobre os rumos do partido e o da própria vida particular. "Depois de tantos anos na vida pública, preciso me dedicar à família e à conclusão dos meus estudos", explica o presidente, que é professor de Direito Ambiental e está defendendo a tese de mestrado em Auditoria Ambiental.

A desistência de Rilton Amanajás de concorrer em eleições, segundo ele, é temporária. "Não é um adeus. Quando concluir meus estudos poderei me dedicar à vida pública com mais eficiência", acredita ele. "O futuro a Deus pertence", conclui.

Carreira política

Uma das mais promissoras revelações da política no Estado, visto inclusive como potencial candidato a um cargo majoritário no âmbito executivo. Lançou seu nome como pré-candidato a cadeira do Palácio Laurindo Banha a qual desistiu em apoio ao deputado  estadual Michel JK.

Rilton Amanajás sempre teve no magistério sua principal missão e dela não abriu nem mão quando cumpriu seus dois mandatos de vereador de Macapá. Grande desportista e praticante de arte marcial (é presidente da Federação de Karatê e faixa preta em 4º Dan), assim como se dedica a causa ambiental, o seu primeiro cargo público foi o de coordenador de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema) onde depois assumiu a chefia de Controle e Fiscalização.

Evangélico, no final nos anos de 1990 se formou em Geografia pela Unifap e em 2008 em Direito pelo Ceap. Se pós-graduou em Educação e Gestão Ambiental e está defendo tese de mestrado em Auditoria Ambiental pela Funib.

Participou ativamente da militância no PSDB, que o levou ao caminho natural das urnas. Em 2005, foi eleito vereador de Macapá com mais de 4 mil votos e dois anos mais tarde era eleito primeiro secretário da Mesa Diretora. Em 2008 foi reeleito com quase 5 mil votos para um segundo mandato.

Mesmo depois de entrar para a política nunca deixou as salas de aula. Antes de ser professor universitário, passou anos ministrando aulas em cursinhos preparatórios para o vestibular e concursos públicos e também como professor de geografia em escolas. 

Como parlamentar, apresentou projetos sempre voltados ao meio ambiente e juventude, como a lei municipal que garante oportunidade de estágio para estudantes em órgãos da administração pública e obriga a prefeitura a realizar campanhas permanentes de arborização.

Também criou a lei que prevê desconto de 50% na passagem de ônibus aos domingos e feriados, batizada depois pela prefeitura como "tarifa cidadã". A carreira como atleta e desportista o incentivou a criar a lei que permite ao empresário abatimento de impostos sempre que houver patrocínio a atletas.