segunda-feira, 23 de julho de 2012

Você viveria sem um aparelho celular?

por Gabriel Fagundes

Há quem afirme que só é possível viver bem no século 21 se você estiver conectado, ou melhor, "linkado" com as tecnologias que a cada ano se renovam. De fato, presenciamos um  tempo de febre de redes sociais, um tempo onde não há mais dúvida de que a era dos computadores e notebooks parece já ter sido consolidada e, embora a palavra de ordem do momento seja 'tablet', existe um aparelho que mesmo com o surgimento de outras inúmeras parafernálias modernas tem ganhado força a cada ano, e alcançado um público cada vez maior de pessoas, não importando a classe destas. Sim, estamos falando dos aparelhos celulares.


Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) indicam que no Brasil já existem mais celulares do que pessoas: para uma população formada por mais de 190 milhões de cidadãos (segundo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE] de 2010), já são 245,179 milhões de assinaturas de serviços de telefonia móvel no país, ou seja, em média são 125,29 celulares para cada grupo de 100 pessoas.

No Brasil já existem mais celulares do que pessoas. 
para uma população formada por mais de 190 milhões 
de cidadãos (segundo censo do IBGE de 2010), já são 
245,179 milhões de assinaturas de serviços no país



Para embasar a preposição de que os celulares realmente estão acessíveis a todas as classes, a equipe do Tribuna Amapaense percorreu a rua de um dos bairros mais pobres de Macapá, o bairro Pedrinhas, e visitou cerca de 10 residências para fazer um questionamento sobre a posse e uso de telefone celulares. Dos 10 cidadãos entrevistados, todos responderam positivamente quando questionados se ele/ela ou algum familiar que mora na casa possuía celular. Todos os 10 também argumentaram que o motivo maior para possuírem celulares é por causa do trabalho ou para o uso no exercício das respectivas profissões. Um exemplo é caso do senhor Manoel Baía Gomes, 41, vendedor, que disse que das cinco pessoas que moram na residência dele, duas possuem celular. "Eu inclusive vendo o meu produto por celular, aí facilita bastante", disse Manoel.


Algumas curiosidades
Segundo informações do Portal Terra, na Inglaterra foi feita uma pesquisa que indicou que um em cada oito britânicos disse que o parceiro passa mais tempo utilizando o aparelho celular do que conversando com ele. O Portal diz: "Muitas pessoas admitiram checar telefonemas nos celulares, mesmo durante uma conversa. Os homens mostraram que mantêm o celular ao alcance por 17 horas diárias. Já as mulheres disseram que passam 15 horas com o celular em local de fácil alcance. Além disso, 16% dos pesquisados afirmaram dormir com um smartphone ao lado. Mesmo os casais apaixonados atendem ao telefone quando estão juntos. Em uma noite típica, os britânicos gastam 48 minutos em telefonemas, enviam uma média de três e-mails, 12 mensagens de texto e duas fotos. Ainda postam três mensagens e duas atualizações de status no Twitter". 


O site do jornal Folha de São Paulo (www1.folha.uol.com.br) publicou estudo da União Internacional de Telecomunicações, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) para o setor de telecomunicações, que concluiu que o Brasil tem a 4ª telefonia móvel mais cara do mundo. As informações disponibilizadas no site sugerem que "O valor cobrado do brasileiro não apenas está entre os mais altos como também é um dos que mais pesam no bolso. Os gastos com telefonia celular representam 5,7% da renda bruta do brasileiro, enquanto no Japão, que tem o pacote mais caro, eles significam 1,4%. Isso quer dizer que o impacto da tarifa no dia a dia do brasileiro só perde para 40 países (numa lista de 161), a maioria africanos". Ainda assim fica a pergunta: você viveria sem um telefone celular?


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