
Os jornais locais, especificamente, noticiam em suas edições diárias e semanais, notícias sobre impugnação de candidaturas de candidatos ao governo municipal - Prefeito de Macapá, e para o legislativo mirim - a Câmara de Vereadores.
É de perguntar-se. É defesa ou ataque? Pois quem impugna a candidatura de candidato X, certamente está protegendo sua horta de eleitores, resultando que, quanto menos concorrente, melhor e mais fácil será a vitória nas urnas.
Porém esse tipo de recurso protetor de si mesmo, traz conseqüências gravíssimas para o eleitorado que fica na dúvida, se confia na competência de seu candidato em conquistar a vitória disputando com um maior número de concorrentes, ou, se eliminando alguns pela impugnação, essas vitória terá o mesmo saber quanto a do primeiro caso.
O certo é que a Justiça Eleitoral fica abarrotada de processos requerendo impugnação de candidato X, sob suspeita de que o X tem um defeito físico ou material, ou ainda, lá pelos idos de 19xxx escorregou na casca da banana e esse fato imputou-lhe certo desagravo social e pessoal.
Portanto a pergunta é: quem impugna quem, ataca ou defende?
IDEALISMO, PATRIOTISMO OU????
Outro fato que causa estranheza, inclusive a mim, e que me desculpem os que forem atingidos por tabela, é um Deputado Federal ou Senador da República que concorre a eleição de Prefeito de Macapá. Neste caso, há de se salientar o valor da remuneração de um deputado ou Senador com a de Prefeito de Macapá. Não sei qual é a real remuneração de um Deputado ou Senador, mas certamente deve ser duas ou três vezes maior que o de Prefeito. Há, ainda, o valor social do cargo de Deputado ou Senador, vez que é reconhecido nacionalmente e pugnam em defesa do povo amapaense e do Estado do Amapá, e o território geográfico do prefeito restringe-se aos limites de seus municípios. Eu acreditaria piamente que trata-se de patriotismo tucujus, se o Deputado ou Senador pedissem exoneração do cargo para o qual foram eleitos, para, enfim, disputarem de igual para igual com os demais candidatos.
CUSTO FINANCEIRO DE CAMPANHA
Entre tantos adágios correntes no linguajar político, destaco dois: o primeiro, " em política, boi voa ". Traduzindo. Em política, pra ser eleito, o candidato faz de tudo, de legal e de ilegal, de acordo com a lei ou ao seu arrepio. Ética e escrúpulo são adjetivos raros em candidatos também raros. O segundo, em política, o candidato " tira leite de pedra". Como os candidatos, em sua maioria, tanto para Prefeito quanto para Vereador, são conhecidos da população macapaense, e, também, são conhecidas suas condições financeiras e patrimoniais limitadas, no máximo de nível médio-alto. Como, então, compreender-se que na campanha para Prefeito, um candidato declara à Justiça Federal que deverá gastar X milhões de reais.
Será que, se eleito, o retorno se dará em quatro anos? A remuneração do cargo de Prefeito é a fonte da juventude financeira do eleito? O desejo de " servir à comunidade e de estar mais perto do eleitor" justifica tanto investimento? O ideal nacionalista tucujus é, acima dos dois casos anteriores, o ideal do candidato? E se o cargo fosse de caráter "voluntário", sem remuneração, haveria tantos candidatos? Será que o valor gasto em campanha não fará falta, amanhã, no orçamento familiar?
CONCLUSÃO PESSOAL
Não tenho nada contra quem se arvora disputar um cargo público, pois vivemos numa democracia participativa, porém é necessário que todos os candidatos ao cargo de Prefeito e de Vereador, limitem-se a disponibilidade financeira real e honesta, agindo com ética e responsabilidade pessoal e política. Que as propostas de trabalho falem mais alto e tragam em seu bojo as soluções para os grandes e graves problemas que afligem nossa Cidade.
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Para reflexão: Eleitor, não seja influenciado pela propaganda política e nem se deixe comprar com material, dinheiro, propostas que não possam ser cumpridas. Vote consciente.
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