Àqueles que acompanharam a edição passada do Jornal Tribuna Amapaense, perceberam que nessa coluna (Boas Palavras) eu, Aline, não fui a ocupante do espaço, e sim a Kamila Azulay.
Há não muito tempo pensei na possibilidade de convidar alguém a fim de multiplicar o trabalho de evangelismo que é realizado através deste jornal impresso, e mais, poder mostrar a vocês, leitores, um estilo novo de abordar determinado assunto, seguindo a mesma perspectiva cristã na qual é baseada esta coluna. Vamos nos ajudar, tentar caminhar de mãos dadas. Cada uma com o seu jeitinho e limitações, mas ambas com o mesmo alvo: Anunciar as boas novas! Orem por este novo projeto, orem por nós, pois além da responsabilidade que é comunicar a Palavra de Deus, há também a dificuldade e o cansaço que, muitas vezes, chegam àqueles que dedicam-se à escrita. Quero disponibilizar os nossos e-mails, no intuito de recebermos sugestões de temas, críticas e/ou elogios. São estes: alineecolares@hotmail.com e kamila.azulay@yahoo.com.br. Não deixem de acompanhar-nos!
Sem mais delongas, vamos conversar sobre corrupção; impunidade. Antes de pensarem "ah, esse assunto de novo, não..." e virarem esta página, me redimo concordando com a fatiga de muitos em discutir e ouvir sobre isso (que diga nós, brasileiros). Mas, peço-lhes que fiquem. Não vamos alimentar mais ainda a nossa insensibilidade a um assunto tão comum, mas tão sério.
Corrupção é o câncer do Brasil, e uma coisa que ouvimos nos nossos dias é as pessoas reclamarem sobre a impunidade que existe aqui, principalmente na política, onde vemos infindáveis escândalos com os mesmos personagens e parece que nada acontece e que a justiça, realmente, é cega. Entretanto, eventos recentes têm causado uma certa euforia em muitos brasileiros, os quais anseiam pelo término do julgamento do Mensalão que, segundo o senador Álvaro Farias (PSDB-PR), é um importante julgamento que pode significar o início do fim dessa cultura de impunidade que provoca indignação na parte decente do País. Bom, eu espero que sim...
Não irei deter-me à história da corrupção brasileira e nem explicar o que foi o Mensalão, mas trago duas perspectivas. A primeira é que a impunidade não existe apenas no senado, este defeito também está em nós, que reclamamos sem parar, mas que saímos impunes em várias situações consideradas normais, desobedecer às leis ambientais ou de trânsito, por exemplo.
Infelizmente, em nossos dias muitos que se dizem frequentar a igreja e serem servos fiéis a Deus não têm estado tão distantes da realidade política brasileira, no que diz respeito à impunidade. Vemos pessoas dirigindo-se à igreja para ouvir "coisas boas", aquelas que façam cócegas aos seus ouvidos, afinal, promover o bem-estar é o essencial. Querem um Deus que os deixe impunes sem que seja necessário que MUDEM de vida e BUSQUEM a vontade dEle. Temos então uma segunda perspectiva.
Há tantos mundanos que se consideram homens religiosos, mas que fazem de Cristo apenas um servo dos seus interesses egoístas, e buscam os céus apenas como uma "reserva" para quando nada mais lhes restar na terra. Tais homens são apegados a certas coisas deste mundo que lhes são tão queridas, ao ponto de não poderem abandoná-las nem mesmo pela esperança da glória!
Existe um relato na Bíblia o qual diz que quando Jesus chegou ao templo em Jerusalém encontrou na casa de Seu Pai tudo fora de ordem e fora de curso (Mt. 21: 12-12). Havia comércio, vendedores, cambistas, animais, etc. E Cristo contemplou tudo aquilo com uma santa indignação, expulsando todos dali, porque viu que a casa de Seu pai estava imunda. Ele precisou purificá-la, retirando tudo que a contaminava e gerava iniquidade. Essa conduta do Senhor foi uma das "causas" de o terem crucificado. Ora, ninguém quer limpeza! Ninguém quer ser disciplinado! Querem um Jesus que ande do seu lado, apenas abençoando todos os seus projetos, por mais corruptos que sejam. Entretanto, Deus não tem parte com a corrupção e, tampouco, deixará impune os corruptos. A Bíblia diz que todos nós somos corruptos e merecemos a condenação de Deus (Rm. 3: 23). Você quer essa condenação? Creio que não. E foi por isso que Deus em Sua paciência puniu todos os nossos pecados na cruz através da morte de Seu único Filho, Jesus Cristo.
Deus é justo e se agrada em fazer justiça. Na cruz, Jesus pagou o preço por NOSSOS pecados e nos tornou JUSTOS. Morreu a NOSSA morte para nos dar a sua vida. A corrupção está dentro do homem, mas a retidão é encontrada em Jesus. O pecado é abundante em nossa sociedade, mas a graça de Deus para salvar é superabundante.
A corrupção no Brasil continua, assim como talvez continue o pecado na sua vida. Contudo, Deus continua sendo misericordioso e compassivo, querendo mudar a história do Brasil e a nossa história, para uma nova história, um caminho íntegro e reto, através dEle e por meio dEle.
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